terça-feira, 28 de janeiro de 2014

'O Minha Casa Minha Vida enxuga gelo', diz líder do MTST

Beatriz Borges, El Pais

As manifestações de junho de 2013 foram o gatilho. As ocupações de áreas urbanas para construção de moradias populares dispararam o barril de pólvora da periferia, que encontrou na mobilização popular forças para se impor frente à ineficiência do maior programa já realizado pelo Governo federal pela habitação, o Minha Casa Minha Vida (MCMV), lançado pelo governo Lula em 2009.

A ampliação do centro, empurrada pela especulação imobiliária, foi o estopim do levante. Para citar dois exemplos, os moradores do Jardim Ângela e Campo Limpo, zona sul de São Paulo, acamparam porque já não conseguem pagar o aluguel e se negaram a ir morar mais longe ainda.

Mobilizados através do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, acusam o que chamam de “privatização da política urbana”, que fomentou o crescimento das empreiteiras e construtoras. Entrevistamos Guilherme Boulos, 31 anos, um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que explica como a conjuntura econômica do Brasil nos últimos anos catalisou a onda de ocupações – desde junho, foram oito áreas ocupadas somente em São Paulo, e o papel da Copa do Mundo nesse processo.

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