quarta-feira, 30 de julho de 2008

Para quem tinha saudades



Para quem não tem memória, a inflação foi debelada em 1994, juntamente com a implantação do Plano Real, no governo Itamar Franco.
De lá pra cá, o governo FHC teve o grande mérito de deixar o dragão adormecido ou quase morto.
Mas, no o governo atual do PT, que muita gente ainda credita competência e capacidade governativa, o dragão foi acordado e está a espreita. É esta a "maravilha" de governo que o brasileiro queria? Inflação de volta, saúde no caos, infra-estrutura de mal a pior, entre outras coisas.
Mas eu lembro das campanhas "fascinantes" dos petistas: Não haveria mais fome, não haveria problemas na saúde, na educação... seríamos elevados ao paraíso. Sem falar que continuariamos com a estabilidade econômica mantida.
Onde está o prometido que foi vendido aos brasileiros e não entregue? Os reajustes já começaram, a remarcação está funcionando. E você, ainda vai acreditar no milagre prometido pelos petistas?

domingo, 27 de julho de 2008

Polícia! é para quem precisa.....Polícia!

Do Blog Reinaldo Azevedo

Por Bruno Tavares, no Estadão:

O Ministério Público Estadual (MPE) desarticulou ontem o "departamento jurídico" do Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram presas seis pessoas, incluindo as advogadas Alessandra Moller e Patrícia Galindo de Godoy, apontadas como assessoras diretas da cúpula da facção. As duas agiam a mando de Orlando Mota Júnior, o Macarrão, que exerce o papel de "diretor jurídico" da organização criminosa, apesar de estar preso na Penitenciária de Presidente Venceslau 2, no interior paulista.

A Operação Prima Donna foi desencadeada após quase seis meses de investigações dos núcleos regionais do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em São Paulo, São José dos Campos e Presidente Prudente. Em janeiro, promotores do Vale do Paraíba tiveram acesso a um comunicado - o chamado "salve" - em que a liderança dava as diretrizes para uma ampla reestruturação da facção. O objetivo era aprimorar o recrutamento de pessoas, que havia sido descentralizado com a ida de Marco Camacho, o Marcola, líder máximo da organização, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Um dos pilares dessa reformulação era o fortalecimento do "departamento jurídico". Escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça revelaram que a cúpula do PCC contava com uma banca de 20 advogados. Os defensores estavam divididos em dois grupos - o da capital, subordinado a Patrícia, e o do interior, coordenado por Alessandra. A última palavra cabia a Macarrão, que repassava as ordens por meio de centrais telefônicas clandestinas. Durante teleconferências interceptadas pelo Gaeco de São José dos Campos, as duas aparecem orientando seus clientes sobre como evitar grampos telefônicos e ocultar o dinheiro obtido com o tráfico.

As advogadas foram capturadas em Presidente Prudente. Na casa de Patrícia, os policiais militares que deram apoio à operação apreenderam documentos, computadores, sete celulares e R$ 35 mil em dinheiro. Alessandra estava em um hotel da cidade. Os registros de visitas feitas pelas defensoras em penitenciárias da região oeste do Estado mostram que elas trabalhavam para toda a cúpula do PCC, exceto para Marcola.


Comentário: e no resto do país não deve ser muito diferente. Até quando teremos que ser vítimas do banditismo?

Financiamentos

Do Blog do Noblate Reinaldo Azevedo

União financia universidade para quadros do MST

Em 2003, eram 13 cursos de pedagogia para 922 assentados; hoje são 49 para 3.649 e vão da agronomia ao direito

De Roldão Arruda:

Na sexta-feira, um grupo de 54 estudantes da Universidade Federal de Sergipe vai festejar a conclusão do curso de engenharia agronômica. Até aí não há de nada de novo, uma vez que o Brasil tem formado agrônomos há mais de 100 anos. A novidade está no fato de ser a primeira turma de agronomia no País em que todos os formandos são originários de assentamentos da reforma agrária, a maioria deles ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST).

Mas isso não é tudo. A formatura é apenas um indicador de um movimento muito mais amplo que vem ocorrendo nas universidades públicas brasileiras: a rápida expansão de cursos especiais para jovens e adultos de assentamentos.

Essa mudança começou a ganhar força em 2003 - o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele ano o Brasil dispunha de um conjunto de 13 cursos universitários para assentados - todos na área pedagógica - e 922 alunos matriculados. Hoje são 49 cursos, com 3.649 estudantes, divididos em diferentes áreas: da pedagogia ao direito, passando por ciências sociais, agronomia, geografia e outros. Leia mais em: União financia universidade para quadros do Movimento dos Sem-Terra

A educação é hoje uma das principais preocupações do MST. Além de pressionar o Incra para a criação de mais vagas para os assentados em universidades públicas, o movimento também monta aos poucos sua própria estrutura de escolas. São exemplos disso a Escola Latino-Americana de Agroecologia e a Escola Nacional Florestan Fernandes, que ministram cursos de especialização de nível superior.

A Escola Latino-Americana, montada com recursos oferecidos pelo presidente Hugo Chávez, da Venezuela, funciona no município de Lapa, região metropolitana de Curitiba, e forma pedagogos especializados em agroecologia. Segundo seus diretores, defende uma nova matriz de produção rural, que leve mais em conta questões políticas e ambientais.

O motor da mudança não está no Ministério da Educação, mas no próprio Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mais exatamente numa de suas divisões, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Ele foi criado em 1998, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, com a missão de "ampliar os níveis de escolarização formal dos trabalhadores rurais assentados", e voltou-se nos primeiros anos sobretudo à solução de problemas nas áreas de alfabetização, ensino fundamental e profissionalizante.

No governo Lula o programa ficou mais rechonchudo, em termos de verbas, e mais atento à área universitária. É o que indicam seus números.

Em 2003, o Pronera dispôs de R$ 9 milhões para executar suas tarefas. Neste ano o valor é seis vezes maior, chegando a R$ 54 milhões. Mais da metade - R$ 29 milhões - é destinada ao ensino universitário. Devem ser somados a isso cerca de R$ 4 milhões usados para bolsas de pesquisa para os alunos do último semestre do curso.

Os cursos para assentados podem ser considerados especiais por vários motivos. Em primeiro lugar, as vagas só podem ser preenchidas por candidatos indicados pelas comunidades rurais de origem e desde que eles apresentem um atestado do Incra, comprovando sua ligação com a reforma agrária.

Em segundo lugar, não enfrentam os vestibulares comuns: fazem um concurso à parte, para escolher os mais capacitados entre eles. Além disso, as turmas funcionam com um calendário escolar próprio, que permite aos estudantes alternar atividades acadêmicas com trabalhos no campo. Por fim, a maioria deles conta com alojamentos especiais e ajuda de custo, no valor de R$ 300.


Comentário: Enquanto isso, eu e você, "meros" trabalhadores, que não invadem nada, temos que pagar por nossa educação e especialização. Isto é Brasil, onde premia-se àqueles que berram mais alto e não os que merecem.