quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Curitibano é o que menos faz sexo... ou mente demais

Pesquisa em dez capitais brasileiras coloca Curitiba em último lugar na freqüência de relações

Cecilia Valenza, enviada especial


São Paulo - A personalidade fechada e conservadora tem reflexos no comportamento afetivo e sexual dos curitibanos. Se comparado a habitantes de outras nove capitais brasileiras, o curitibano é o povo que menos faz sexo. As mulheres da capital paranaense são as que menos diferenciam sexo de amor e as que apresentam menor índice de satisfação em relação à vida sexual. Os homens são os que menos usam preservativo e os que se mostram mais conservadores quanto ao sexo sem envolvimento. Os curitibanos são ainda os que afirmam ter o menor número de parceiras significativas ao longo da vida, mas são os que mais conversam sobre sexo com a família.

Os resultados fazem parte da pesquisa Mosaico Brasil, patrocinada pela Pfizer, que entrevistou 8.237 pessoas em dez cidades brasileiras ao longo de 2008 com o objetivo de traçar um perfil do comportamento afetivo-sexual do brasileiro.

“Tem que ter algo mais”

A presença de sentimento, a insatisfação e a falta de prioridade quando o assunto é sexo são alguns dos aspectos levantados pelas curitibanas ouvidas pela reportagem. Em compensação, o homem não acredita que a afinidade seja um aspecto motivador para um relacionamento. Quanto a conversar sobre sexo com a família, sem problemas. Prática que acaba contradizendo o jeito de ser sisudo do curitibano.

Segundo o estudo, os homens de Curitiba têm em média 2,7 relações sexuais por semana e as mulheres 2,1. Os números estão abaixo da média nacional, que é de 3,1 relações para os homens e 2,7 para as mulheres. Os campeões na cama são os homens mineiros, que têm em média 3,8 relações por semana e as mulheres de Manaus, com 2,7.

Amor é bossa nova

A pesquisa revelou ainda uma mudança no comportamento em relação há algumas décadas. Homens e mulheres estão separando sexo de amor. Os dados nacionais mostram que 61% dos homens e 54% das mulheres distinguem a vida sexual da vida afetiva. Em Curitiba, no entanto, a visão é um pouco mais conservadora: apenas 43% das mulheres fazem essa separação, a menor média entre as capitais. Homens de Fortaleza (65,9%) e mulheres de Manaus (60,4%) são os que mais se destacam nessa distinção.

O estudo apontou também que para 45% dos brasileiros a vida sexual e afetiva é satisfatória. No entanto, quando se separam as duas coisas, quase 30% dos homens e mulheres se dizem realizados apenas afetivamente. Mas o percentual de homens que se diz realizado apenas sexualmente é o dobro do das mulheres, 15,8% contra 8,7%. Regionalmente, os índices mais baixos de satisfação sexual foram encontrados entre os homens de Manaus (10,7%) e as mulheres de Curitiba (7,1%). Os mais realizados sexualmente são os homens de Porto Alegre (18,4%) e as mulheres de Fortaleza (10,7%).

Para a responsável pelo estudo, a professora Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de São Paulo, a pesquisa mostra bem as diferenças culturais e comportamentais das diferentes regiões do Brasil. “O sexo não é um assunto que faz o curitibano perder a cabeça. Em outras pesquisas já demonstramos que o curitibano é o povo mais fiel. Ele valoriza o sexo, mas não tanto como os mineiros, por exemplo”, comenta.

Em relação à qualidade de vida, o sexo apareceu como terceiro item mais importante entre os homens e o oitavo entre as mulheres de todo o Brasil. As paulistanas são as que mais o valorizam, colocando a vida sexual satisfatória como o terceiro indicador de qualidade de vida. Homens cariocas são os que dão mais importância ao sexo. São eles também os que menos vêem problema em ter relações sexuais sem envolvimento (82,7%). Os curitibanos, ao contrário, são os mais conservadores, apenas 65,5% dos homens fariam sexo sem envolvimento. Entre as mulheres, as mais reservadas são as mineiras: apenas 30,9% delas iriam para a cama com alguém que não estivessem envolvidas.

De acordo com o levantamento, os homens de Curitiba são os que menos usam preservativo: 38,7% afirmaram nunca se proteger. O número não é muito distante da média nacional, que revela que 34,2% dos homens não têm esse cuidado. “Isso é preocupante e mostra que o uso do preservativo continua muito aquém do desejado. O hábito de se proteger é algo que tem que ser ensinado desde a infância, é muito mais difícil mudar um comportamento depois de adulto”, observa a pesquisadora. Segundo ela, o uso da camisinha é mais freqüente entre homens homossexuais. “A mulher ainda negligencia mais sobre isso, se o parceiro toma a iniciativa de usar ela não se queixa, até se sente valorizada, mas ainda não aprendeu a cobrar”, afirma.

A repórter viajou a convite da Pfizer.

Igreja critica ação de Lula para conter crise

Folha de S. Paulo

Documento da Igreja Católica intitulado "Análise da Conjuntura", divulgado ontem em congresso internacional em Indaiatuba (SP), critica a ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva frente à crise econômica e diz que "Lula entregará ao seu sucessor ou sucessora um país em situação tão precária quanto a que recebeu".

A análise aponta que "o presidente continua dando força ao agronegócio e à mineração, sem atentar para os danos ambientais", e que isso gerará "a crise ecológica" no país.

"Tudo se passa como se o aumento da produção para a exportação fosse uma solução e não um paliativo que adia a crise econômica, mas antecipa a crise ecológica, que é muito mais grave e que prejudicará mais os mais pobres do que os ricos", diz trecho do texto de dez páginas assinado por padres e teólogos assessores da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Os religiosos indicam que a política industrial do governo "vai no sentido de favorecer a indústria automobilística, como se ela tivesse futuro".

A análise foi feita a pedido da CNBB para orientar bispos. Apesar disso, há uma aviso que diz que "este não é um documento oficial da CNBB".

Supremo abre ação penal contra ministro do STJ

Por Felipe Seligman, na Folha:


O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem abrir ação penal contra o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina, transformando-o em réu. O tribunal afirmou que existem "indícios suficientes" para que ele responda pelos crimes de prevaricação e corrupção passiva.


Ele é acusado de ter participado de esquema de venda de sentença judicial em favor de bicheiros e donos de bingos ligados à máfia dos caça-níqueis. É a primeira vez que o Supremo abre uma ação penal contra um ministro do STJ, segundo a assessoria do tribunal.


Além dos dois crimes, Paulo Medina também foi apontado pelo Ministério Público como integrante de suposta quadrilha, mas os ministros, por 5 votos a 4, rejeitaram a denúncia nesse ponto específico.


Prevaleceu a tese de que para ser membro de grupo criminoso é preciso ter participação "permanente" e "estável" para a realização "de uma série indeterminada de crimes", como afirmou o ministro Ricardo Lewandowski ao votar.


Para o advogado de Medina, Antônio Carlos de Almeida Castro, o fato de seu cliente não precisar responder por quadrilha é uma "vitória", pois "ficou provado que ele não tinha qualquer ligação com esse grupo do Rio de Janeiro", afirmou. Também disse que todas as provas já foram produzidas pela Polícia Federal, mas nenhuma consegue demonstrar que o ministro Medina é culpado.


O relator da ação no STF, ministro Cezar Peluso, afirmou, por sua vez, que uma possível rejeição da denúncia só seria possível se os fatos relatados fossem fruto de uma conspiração contra os acusados.

domingo, 23 de novembro de 2008

Crises

Crise ocorre por falta de governo, afirma Brossard

Por Frederico Vasconcelos, na Folha:

Paulo Brossard, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro da Justiça no governo Sarney, vê "ausência de governo" na troca de acusações entre dirigentes da Polícia Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sobre métodos de investigação na Operação Satiagraha. "Não existe uma autoridade do governo capaz de por ordem"

FOLHA - Como o sr. avalia o desgaste das instituições oficiais, com a troca pública de acusações entre a Polícia Federal e a Abin?

PAULO BROSSARD - Com apreensão e tristeza. Com apreensão, pois não posso entender como dois serviços públicos importantes entram em litígio. E com tristeza, porque qualquer que seja o resultado não será bom.
FOLHA - O que mais o incomoda nesse caso?

BROSSARD - Acho que não é possível que um órgão, como a Polícia Federal, e outro, como a Abin, entrem nesse bate-boca pelos jornais.

FOLHA - Por que, na sua opinião, isso acontece?

BROSSARD - Porque não existe uma autoridade do governo capaz de por ordem. É ausência de governo. É alguma coisa sem rumo. Li declarações de um ministro de Estado dizendo que o inquérito deveria ser refeito. Dias depois, não aconteceu nada. Quando é que se fala sério?

FOLHA - O sr. entende que as provas obtidas pela Abin na Operação Satiagraha podem comprometer a investigação? Elas seriam provas ilícitas, contaminadas?

BROSSARD - Não conheço muita coisa sobre o caso. Mas as provas devem ser licitamente obtidas. Se um órgão do governo recorre a processos ilícitos, onde estamos? Acho estranho que essa coisa se prolongue. O governo tem que ser respeitável. A legalidade foi contaminada no Brasil.

FOLHA - Como o sr. vê as discussões públicas entre juízes?


BROSSARD -
Cada um deve cumprir o seu dever.


FOLHA - Como o sr. avalia a decisão do Supremo de pedir ao Conselho Nacional de Justiça a instauração de um procedimento disciplinar em relação ao juiz Fausto De Sanctis?


BROSSARD -
O Conselho Nacional de Justiça deve cumprir estritamente suas atribuições. Deve cumprir plenamente suas atribuições. Não conheço caso a caso.


FOLHA - O CNJ deve fazer só o controle administrativo do Judiciário?


BROSSARD -
O conselho tem poderes maiores. Sou muito cauteloso e falo em tese. Mas a autoridade, se têm determinada atribuição, deve exercê-la.

Indignação

Opinião de leitor

O que FHC fez e Lula destruiu

FHC/PSDB/DEM - Fizeram vários avanços (Previdência, diminuição dos gastos públicos, privatização, etc). Lula está destruindo tudo.

FHC/PSDB/DEM - Demitia e deixava à própria sorte seus auxiliares que eram pegos com a boca na botija, e ou que mesmo inocentes eram denunciados covardemente por petistas. Lula passa a mão na cabeça de seus aloprados e compra seu silêncio com a impunidade.

FHC/PSDB/DEM - Impunham respeito aos dirigentes latino-americamos. Lula deixa que eles tomem nossas propriedades e ainda os apóia.

Acho que isto basta para provar a idiotice que fizemos em colocar o país na mãos do sindicalismo corrupto e incompetente.

FONTE: Blog do Noblat