quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O CRP na vanguarda...do atraso!


A gestão do CRP não cansa de ser a vanguarda. São “inovadores” em matérias de gestão de uma autarquia pública, além de ações que não promovem nada, não leva a lugar nenhum.
São inúmeros os exemplos que reforçam a tendência dominante ao atraso e à quase nominada má gestão.
As prestações de contas, que devem ser mensais, em obediência ao Princípio da Publicidade (art. 37, CF), inexistem. Nunca foram publicadas na Revista Contato, órgão oficial de divulgação da autarquia fiscalizadora do exercício profissional da psicologia. Alguma coisa foi colocada no site do órgão, mas só as prestações referentes ao ano de 2008 e, de 2009, só até junho. Pena que o TCU (Tribunal de Contas da União) não tem olhos múltiplos...
O demonstrativo de processo licitatório ou, no mínimo, de instrumento de dispensa de licitação para aquisição de imóvel também não foi mostrado aos psicólogos. Será um ato secreto, tão em voga hoje no país?
Aliás, não poderiam ser mostrados mesmo, afinal, compraram um imóvel vizinho à Sede do CRP em Curitiba e não divulgaram aos interessados. Quem passa na região, vê que o imóvel já foi destelhado, encontrando-se em processo de demolição.
Mas o que será que acontece? Um imóvel de porte, com boa metragem, sendo demolido? Para qual fim foi adquirido? Para qual finalidade se prestará?
Recebi, via correio, uma Agenda. Agenda CRP 2010. Papel bonito, belas imagens, calendário, enfim, tudo o que uma agenda comporta. Quanto será que custou?
Em se tratando de modernidade, realmente não é uma ação elogiável, pelo contrário. Será que os idealizadores de tal ação já perguntaram aos psicólogos quantos são os que utilizam agendas? Quantos são os que a adotam em seu cotidiano?
Em tempos de conectividade, com emails, blogs, chats, mecanismos de comunicação imediata (MSN, etc.), será que terá utilidade? Ou servirá como enfeite de estante, para marcar a “ação” desta gestão?
Não podemos esquecer que 2010 é um ano eleitoral para a Psicologia. É o ano onde podem ser renovadas as gestões atuais, ou reconduzidas por mais três anos.
Os psicólogos já pararam para atualizar sua memória e lembrar-se de alguma ação em prol da categoria e da sociedade realizada por esta gestão?
Com certeza, lembrarão do calendário distribuído em 2009 e desta Agenda. E o que mais?
Quando será que a autarquia (órgão público federal) irá partilhar das idéias de inclusão digital? Quando será que, “deixando de ser a vanguarda do atraso”, irá se preocupar de fato e de direito com a categoria profissional e com a sociedade, razão de ser de sua existência?

180% de popularidade...E VIVA O LULA!!! o melhor presidente para os NÃO BRASILEIROS

O melhor Presidente de todos os tempos (palavras de venezuelanos, cubanos, etc):
• Lula dá empréstimo para o metrô da Venezuela e nega para o metrô de São Paulo
• Brasil perdoa mais da metade de dívida da Nigéria . O Brasil vai receber apenas US$ 67,3 milhões da dívida de US$ 150,4 milhões que a Nigéria contraiu com o país, há mais de 20 anos, em financiamentos e seguros de exportações. Os outros R$ 83,1 milhões serão cancelados, conforme acordo assinado ontem (29/12) pelo ministro interino da Fazenda, Murilo Portugal, e pela ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala.
• Brasil perdoa dívida de US$ 52 mi da Bolívia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira o perdão de uma dívida de US$ 52 milhões que a Bolívia tinha com Brasil.
• Brasíl perdoa dívida de 4 milhões de dólares a Cabo Verde. O Brasil vai perdoar ao Estado de Cabo Verde a dívida de 4 milhões de dólares que este acumula junto das instituições daquele país.
• BRASIL PERDOA DÍVIDA DA NICARÁGUA. Havana, 17 de maio (RHC).- O presidente nicaragüense, Enrique Bolaños, agradeceu a decisão do Brasil de perdoar 95% da dívida nicaragüense com esse país, estimada em 141 milhões de dólares.
• BRASIL VAI PERDOAR DÍVIDA DE CUBA. HAVANA - Brasil e Cuba devem assinar acordo para amortizar a dívida do governo cubano com o governo brasileiro, que já chega aos 40 milhões Euros. O pagamento da dívida será suavizada com a redução de 20% dos valores de alguns produtos comprados pelo Brasil. Cuba ainda tem uma dívida com o setor privado brasileiro no valor de R$ 10 milhões. Lula chega em Cuba com presente econômico Pagamento de 20% da dívida de cerca de R$ 134 mi do país com o BB Será facilitado; usina terá R$ 20 mi do BNDES Havana (AF)
• OAB critica perdão de Lula à dívida do Gabão . O presidente em exercício do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Aristoteles Atheniense, criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de perdoar a dívida do Gabão com o Brasil, calculada em US$ 36 milhões. O perdão foi anunciado durante viagem presidencial ao país africano, na semana passada.

• ENQUANTO ISTO NO BRASIL...

• Aumento dos aposentados é vetado...

• Não há verbas para a Escola Pública...

• Não há verbas para a Saúde Pública

• Não há verbas para a Segurança Pública

• O governo gasta, anualmente, mais de 10 milhões de reais com cartões de créditos corporativos distribuidos aos ministros.
E você ainda admira isto?

A Justiça no Brasil


Propaganda política explícita

As propagandas televisivas de órgãos oficiais - Caixa Ecônomica Federal CEF - são, por óbvio, peças integrantes de propaganda eleitoral explícita.

A propaganda exalta o pré-sal e a Olimpíada de 2016, dentre outros "feitos" realizados pelo governo. Mas, de produtos bancários propriamente dito, nada fala. Qual é a razão de ser de um Banco, mesmo que oficial? e, logo em seguida, um anúncio do filme Lula - O filho do Brasil... Até parece que combinaram!

É lógico de se supor que a CEF, outrora um banco oficial, virou um apêndice do petismo, pois até a linguagem que usa em suas peças promocionais é semlehante a utilizada pelo partido.

Onde está o Ministério Público? Até parece que este órgão só trabalhava na gestão do governo anterior...


FHC investiu R$ 22 bilhões a mais que Lula, mostra estudo

Do site Congresso em Foco:

De Eduardo Militão:
Um levantamento feito pela ONG Contas Abertas, que acompanha os gastos públicos da União, mostra que o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) gastou mais com investimentos do que a administração de Lula (PT), ao menos nos sete primeiros anos de cada mandato, considerando-se os valores atualizados monetariamente. Uma das estratégias da campanha eleitoral do PT para a presidência em 2010 será comparar as gestões de tucanos e petistas.
Nos sete primeiros anos da era FHC, foram gastos R$ 149,9 bilhões em investimentos. Na gestão Lula, foram R$ 127,1 bilhões. A diferença é de R$ 22,8 bilhões a favor do tucano. Os dados foram atualizados monetariamente pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal


Um ótimo Natal e um excelente 2010 a todos os leitores deste espaço.

Uma experiência socialista

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca repetiu um só aluno antes mas tinha, uma vez, repetido uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo.' O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas em testes."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas.' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A...
Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam Bs. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média dos testes foi D.

Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um F.

As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.

Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

domingo, 20 de dezembro de 2009

Enquanto isso, na política...


A uma certa instituição de ensino...

Do poder da fala ao retorno de tempos sombrios

Somos conhecedores de que em épocas democráticas e também de livre acesso à informação, aquilo que se fala é a expressão do saber humano, e deve ser preservada e estimulada, até para garantirmos o pleno exercício do Estado Democrático de Direito.
Quando os pensamentos expressam o contraditório à razão dominante, ansiamos respeito e consideração.
Enquanto alunos e, sobretudo, alunos de uma faculdade de DIREITO, onde a aprendizagem promove o pensamento crítico, consciente e benfazejo do sentimento de “justiça”, temos o dever de não calarmos às arbitrariedades, às demandas injustas, aos desmandos e às incoerências.
Em que pese estas considerações, em vários momentos, percebemos que os que ousam ter voz, estabelecer contrapontos ao entendimento dominante, são tidos como “elementos subversivos”, contrários ao status quo, que devem ser calados e severamente repreendidos.
Acadêmicos que divergem da opinião de determinados mestres, que discordam do ensinamento errôneo que lhes é transmitido, são universitários que devem ser neutralizados, nem que haja reprovações absurdas, perseguições infantis e imaturas e, principalmente, proibição de acesso às coordenações, à ouvidoria e à reitoria. Sua voz se torna rouca, sem eco e reverberação. Torna-se um “nada”, um sujeito sem capacidade.
Ora - direis, como tão bem expressou Belchior, nada é eterno!
A nossa caminhada se encarrega, mesmo depois de alguns anos, de provar as situações. São muitos os exemplos de professores ignóbeis que tiveram que se deparar com aquele “nada” dos bancos acadêmicos em posições elevadas, como juízes, promotores, dentre outros.
Não obstante, alguns insistem em praticar uma das mais torpes atitudes humanas: calar a voz do outro! E o fazem com absoluta consciência e clareza, maquiando sua conduta com a suposta boa-fé. Até parece que não acreditam naquilo que ensinam nos bancos escolares...
Como diria Brecht em “A indiferença”, com ligeira adaptação:


Primeiro levaram a verdade,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns conhecimentos,
Mas a mim não me afetou
Porque eu não sou sábio.
Depois prenderam a justiça,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui defensor da mesma.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns colegas, mas como
Nunca fui amigo, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Com algumas ações daqueles que se dizem professores, a liberdade de expressão, insculpida em nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL, vai sendo afrontada e ridicularizada. Espero que a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA não seja maculada por atitudes obscuras, torpes, sem sentido.
É através de pequenas ações que, praticadas diariamente, vão minando a crítica, a capacidade de manifestação e o processo de construção do saber. Torço para que, nesta Faculdade, isso não se torne banal, a ponto de produzir indivíduos medíocres, verdadeiros reprodutores de conceitos e pensamentos tolos.

A verdadeira ressocialização


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Diferenças


Pai paga traficantes para não venderem crack a seu filho

De O Globo:
Um empresário de 52 anos, do Rio Grande do Sul, decidiu pagar a traficantes para que não vendam crack ao filho. Oferece o mesmo valor da "pedra", desde que eles não coloquem o produto na mão do jovem, um universitário de 21 anos, estudante de Direito. E eles aceitam.
Cada vez que o garoto vai em busca de droga, o traficante liga para o pai dele. O empresário vai até a boca de fumo, arrasta o filho pelo braço e, com o outro, paga pela droga não usada. O valor varia - R$ 20, R$ 50, conforme o traficante e conforme a fissura do filho. O traficante também denuncia quando o rapaz está na boca de fumo rival, na mesma vila.
- Gastei R$ 15 mil com ele num ano, um carro zero em um ano e meio. Só nessa vidinha de pagar dívidas contraídas em função da droga, subornar bocas de fumo, financiar tratamento em clínicas privadas - contou o empresário em entrevista ao jornal Zero Hora, da rede RBS.
Fonte: Blog do Noblat

Metas


domingo, 13 de dezembro de 2009

Esqueceram de consultar as "estatísticas"...

Como bem diz o jornalista Sérgio Vaz, prefiro “mil vezes ter de conviver com o reacionarismo idiota, cego e pretensioso de uma Veja e com o poder acachapante de uma Rede Globo, do que viver em um mundo de Pravdas e Granmas.”, em “homenagem” a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom)

O Analista


Sem memória

Assisti o Programa televisisvo do PT agora a pouco na internet. A sensação que tenho é de que o Lula descobriu o Brasil e fez tudo o que existe neste país. Nada do que foi feito antes prestou, só o que o mito fez.

Quanta mentira e empulhação existe em um só “comercial” petista...
Esquecem que queriam o fim do plano Real, mas aproveitam as benesses que ele gerou; esquecem que as bases das inúmeras bolsas distribuídas no governo atual foram lançadas lá, no governo FHC; enfim, querem posar de grandes construtores do país que atualmente existe.
Pior do que a mentira, é a ilusão de que tudo vai bem!
Como sabemos que discurso não pagam contas, cabe ressaltar algumas coisas que o PT realizou, para que todos nós possamos refletir.

O mensalão, que derrubou o Ministro-chefe da Casa Civil, foi invenção do PT;
Os dólares na cueca, foi uma invenção do PT (se bem que copiada pelo DEM do Distrito Federal);
O ano perdido de 2009, com o PIB tendo número medíocre, foi resultado de 07 anos de gestão do PT;
Os déficits na infra-estrutura, como apagão, falta de saúde, de educação, etc, são resultados de 07 anos de gestão do PT;
A doação das refinarias em território boliviano, foi uma ação dos 07 anos da gestão do PT;
A inflação (só quem não compra em supermercado é que não vê), em alta, ocasionando aumento de despesas ao povo, é resultado de 07 anos de gestão do PT;
A estratégia de comunicação do petismo é extremamente eficaz. Usam estatísticas (na realidade,manipulam descaradamente) para tentar vender que o que fizeram foi a melhor coisa que aconteceu ao país.
Esquecem de que estatísticas descrevem apenas situações que já ocorreram e, como dizem, ainda não inventaram estatísticas sobre o futuro.
Só mais um exemplo: enquanto o mundo baixava os juros, no Brasil, com a política “social” do PT, estes permaneceram estratosféricos. Isso só prejudicou o povo brasileiro, como vem martelando há tempos o Vice-Presidente da República. Em suma, prejudicou as exportações brasileiras.
Na política externa, longe do respeito que pensam ter obtido, somos objeto de chacotas e sanções.
Brasileiros barrados em Madrid; exortados a sair da Venezuela; expulsos da Colômbia, além de defendermos líderes terroristas e homicidas estrangeiros. Vexame incalculável.
E ainda, não entenderam a piada do Obama: Lula, esse é o cara! Assumem como se fosse elogio, mas esquecem que os EUA estão rindo da política tupiniquim, com seus desastrados desacertos e impedimentos gerados.
E quem sofre com isso tudo? O povo, como sempre.
Cabe ainda ressaltar o viés totalitário do programa televisivo. Lula quer fomentar a disputa de classes no país, ao melhor estilo cubano. Ricos contra pobres. Quanta demagogia.
Esquece o PT de que a política adotada em seus 07 anos de governo foi o de distribuir migalhas aos necessitados, mas, em compensação, permitir altos lucros aos donos de bancos.
Esquece o PT que o desrespeito ás Leis foi patrocinado por este governo, quando mudou a lei para favorecer uma empresa.
Esquece o PT de que privatizou sim, estradas e empresas neste país. E de nada resolveu. Entregou á iniciativa privada estradas brasileiras, mas elas continuam sem segurança e sem condições de trafegabilidade.
Enfim, esquece o PT de que discurso não paga conta e nem origina respeito.
Parece que a única coisa que o PT não esquece é de que, conforme seu projeto original (consta de seu programa original) ter que fazer tudo para permanecer 20, 30 anos no poder, para conseguir enriquecer os apadrinhados e sindicalistas aboletados em todas as empresas públicas.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Imaginário popular tem 'sangue corrupto', diz psicóloga

De Fernanda Mena:
A corrupção na política é simétrica ao comportamento do brasileiro no seu cotidiano. O remédio não se restringe às reformas institucionais, há anos prometidas, e inclui uma mudança radical no imaginário social sobre a corrupção e o espaço público. É isso o que aponta a psicóloga social Sandra Jovchelovitch, 49, professora da LSE (London School of Economics), no Reino Unido, desde 1995, e autora de um estudo sobre as representações sociais e a esfera pública no Brasil.
Após o conturbado período que culminou no impeachment de Fernando Collor de Mello, Jovchelovitch entrevistou parlamentares sobre o problema da corrupção no país. A maioria buscou causas fora de seu gabinete: culpou o povo, apontou para o "outro". Anos depois, muitos deles eram os protagonistas de novos escândalos de corrupção no país.
O resultado de sua pesquisa, publicado em "Representações Sociais e a Esfera Pública" (ed. Vozes), ela costuma dizer que parece nunca envelhecer. "Cada escândalo é a erupção de algo que está latente. Só irrompe porque é prática constante", avalia. "Invariavelmente, a cada dois ou três anos surge um novo caso de grande repercussão." E a história se repete. Leia, a seguir, trechos da entrevista concedida, por telefone, à Folha.
Como explicar a recorrência de episódios de corrupção no Brasil, como o recente escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda?
A corrupção no Brasil é um problema sistêmico. Ela se alicerça em avatares muito profundos da nossa cultura, o que explica a recorrência dos escândalos e a nossa incapacidade histórica em lidar institucionalmente com eles. Isso está vinculado a uma autointerpretação do brasileiro de que nós somos um povo corrupto, de que a corrupção está na constituição do nosso corpo político e social.
O marechal Floriano Peixoto expressou essa ideia muito bem quando convocou o Exército a invadir Canudos. Ele disse: "Como um liberal que sou, eu não posso desejar para o meu país o governo da espada. Mas esse é um governo que sabe como purificar o sangue do corpo social, que, como o nosso próprio, é corrupto!". Essa ideia do sangue corrupto, da natureza corrupta -que a antropologia chama de "mal de origem" e que a psicologia social investiga como representação no cotidiano- está arraigada no imaginário brasileiro.
(Entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em 07/12/2009)

Medidas populares...


Sem palavras


Favorecidos?


domingo, 6 de dezembro de 2009

O salvador dos corruptos


EXCELENTE! Só falta o povo acordar...

ARTIGO

Ninguém é culpado de nada no Brasil

“Aproxima-se o tempo do mais desprezível dos homens, daquele que já não pode se desprezar a si mesmo.”
Essa é uma passagem sobre “o último homem” de Assim falava Zaratustra, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, no fim do século XIX.
Os homens públicos de hoje espalham propina pelos bolsos e pelo corpo, no suor das nádegas ou dos pés. Mais vergonhosa ainda é a certeza que eles têm da impunidade.
Já não existem bolsos nem sacolas suficientes para carregar dinheiro no alto escalão do governo em Brasília. Evaporaram os espaços para qualquer receio ou pudor.
De tanto viver num país em que o presidente da República não sabe de nada e passa a mão na cabeça de ministros demitidos por corrupção.
De tanto aprender que aqui ninguém é culpado pelo que pensa ou faz. De tanto ver personagens caídos em desgraça que, meses ou anos depois, retornam com pompas, paetês e panetones.
De tanto testemunhar que corregedores, oligarcas, congressistas do alto e baixo cleros, presidentes de Conselho de Ética, ativistas de ONGs, comandantes do MST, prefeitos, governadores, chefes do aparato sindicalista são acusados de atos secretos, malversação, desvio, abuso, nepotismo, criação de cargos e, no fim, inocentados...
De tanto ver tudo isso, não surpreende que o governador de Brasília, José Roberto Arruda, sorria em público.
Quem já foi flagrado dedilhando errado o piano de votação eletrônica não tem medo de caixa de Pandora.
Pode abrir a caixa que quiser. Se o cofre estiver na casa de uma governadora, filha de um todo-poderoso, pode até ser aberto, mas será esquecido. São todos superiores, não podem ser tratados como pessoas comuns. Assim falava Zaralula.
As CPIs são fachadas para alimentar o circo, render manchetes, provocar a ilusão de providências.
O ex-corregedor da Câmara Edmar Moreira continua politicando. Foi seu partido, o DEM – o mesmo do governador Arruda –, que ameaçou expulsá-lo. Edmar dissera uma verdade: “Vamos parar de nos julgar uns aos outros, somos suspeitos pelo vício insanável da amizade”.
Pegou mal, mas só.
O imortal José Sarney, cuja renúncia do comando do Senado foi prevista tantas vezes neste ano de escândalos, permanece o mais incensado parceiro do presidente da República.
Mas foi chamado de “grileiro e ladrão” por Lula, o filho do Brasil, em tempos combativos fora do Palácio do Planalto.
E agora Arruda dá risada... Mais vergonhoso que a propina é a certeza que ele tem da impunidade.
É essa a sensação hoje no país. Ninguém é culpado. Todos se sentem protegidos pela teoria do rabo preso conjunto. Nem os vídeos falam mais por si.
Um dia depois de fazer pouco das imagens, Lula resolveu endurecer. Considerou “deplorável” a corrupção exibida. O PT exigiu impeachment do governador.
Com que moral um partido que abafou um mensalão pode exigir impedimento? Todo mundo faz. Esse é o mantra de Brasília que torna qualquer investigação uma pantomima.
Lembram-se dos 432 apartamentos funcionais que sofreriam reformas de até R$ 150 milhões? Lembram-se do auxílio-moradia embolsado indevidamente até por Sarney “sem saber”?
Lembram-se da verba indenizatória mensal de R$ 15 mil – uma grana extra dos deputados, que haviam prometido prestar contas à população?
Lembram-se dos R$ 8,6 milhões em contas de celulares do Senado pagas com nosso dinheiro no ano passado? O que aconteceu com as promessas de moralização de gastos do Senado e da Câmara?
Estes últimos vídeos são particularmente abjetos. Foram fornecidos à Polícia Federal por um elemento beneficiado com a delação premiada para se safar de mais de 30 processos.
Os maços de dinheiro são atochados dentro da cueca apertada pela barriga, dentro da meia no sapato social, distribuídos por bolsos externos e internos sem a menor cerimônia. As imagens têm o efeito de uma campanha de “deseducação em massa”.
Se, no governo, todo mundo faz e se sente inocente, não importa o partido político, o povão olha e pensa: por que não eu?
Houve quem temesse, após os vídeos, por uma campanha eleitoral enlameada no próximo ano. Que nada.
Se depender dos partidos, será limpa como nunca. Sob todos os telhados de vidro, só quem corre risco de se ferir é o eleitor.

Ruth de Aquino é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

30 anos de petismo...


Passeios antigos...


E o nome é o mesmo!

Lembram-se de Alcyr Collaço, o homem que aparece no vídeo guardando dinheiro na cueca? O Estadão dá a sua ficha na edição de hoje. Segue um trecho:

(…)
Com a ficha suja e os negócios prejudicados em São Paulo, Collaço transferiu-se para Brasília em 2003. Veio pelas mãos do petista Marcelo Sereno, ex-membro da Executiva Nacional do PT e assessor da Casa Civil da Presidência na primeira fase do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Collaço também mudou seu ramo de negócios com a compra do jornal. Chegou a integrar o núcleo operacional de um esquema, engendrado no Palácio do Planalto, para montar uma estrutura de poder destinada a durar décadas, com o PT na cabeça. Idealizado pelos ex-ministros José Dirceu (Casa Civil) e Luiz Gushiken (Comunicação), com o qual Collaço se encontrou algumas vezes, o esquema incluía a construção de uma rede nacional de comunicação, integrada por mídias regionais, financiadas por recursos captados junto a fundos de pensão, entre outras fontes.
Pouco antes de cair em desgraça, Collaço chegou a integrar a diretoria da Bolsa Mercantil e de Futuros de São Paulo. Num primeiro momento, ele atuou na captação de recursos do fundo de pensão Portus, para o qual chegou a indicar diretores. Foi o que levantou a subcomissão de fundos de pensão da CPI dos Correios. “Apurei que ele atuava sob as ordens do Marcelo Sereno, que admitiu ser seu amigo de longa data”, disse o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), relator da subcomissão.
Fonte: Reinaldo Azevedo

E os mensalões continuam acontecendo...


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lembro de uma charge, onde o Lula escrevia na placa: SpTF.

A novela Battisti está no ar, sob o patrocínio petista. Battisti cometeu crimes comuns na Itália e não políticos como entende o governo brasileiro, segundo o STF.
Seu refúgio é ilegal, segundo o STF. Ele deve, portanto, ser extraditado, segundo o STF.

Mas caberá a Lula a última palavra, segundo o STF.

Ora, para que serve um tribunal que terceiriza seu julgamento? Foi a maior patacoada da história do STF. Battisti só poderá ficar no Brasil na condição de asilado político. O governo terá de dizer que ele correrá perigo se for extraditado.

Na Itália, um país democrático, isso soará como uma afronta. E será, de fato, uma grave afronta.
Como lidará o governo brasileiro com essa "patacoada"?

Senhor do Brasil

sábado, 21 de novembro de 2009

A psicologia e sua fúria tributária

Todos os anos ocorre a Assembléia Orçamentária dos Conselhos Prossionais. E na psicologia não é diferente. No CRP-08 a assembleia ocorreu em setembro.

Como é praxe, poucos profissionais se animam a participar, até porque o forte do profissional não são os números... Arrisco a dizer que somente os psicólogos que integram a gestão do momento é que participam.

E, como tem sido padrão nos últimos anos (à exceção da gestão Conexãopsi), os valores aumentam, elevando assim a carga que o psicólogo tem que arcar para poder exercer sua prática.

Nos três anos da gestão Conexãopsi, os valores ficaram inalterados, ou seja, o profissional pagou valores adequados à sua realidade. E o CRP-08, à época, manteve suas ações, investiu em capacitação profissional, expandiu sua atuação, comprou e reformou a subsede de Londrina, enfim, manteve-se ativo e participativo.

Nesta gestão, que assumiu em setembro de 2007 e terminará no mesmo mês, em 2010, os valores foram reajustados, gerando aumento de custos para o profissional pagar. E o que explica esta fúria tributária do órgão? Quais serão os motivos realmente relevantes que justifiquem seu contínuo aumento?

Já saberemos que as justificativas apresentadas versarão desde a "reposição inflacionária" até a necessidade de manter suas atividades... o que, por si só, nada justifica.

A autarquia federal Conselho Regional de Psicologia do Paraná pode, e muito bem, funcionar com valores de anuidade condizentes com a realidade social e profissional da grande maioria dos psicólogos, que lutam incessantemente por melhores condições de sobrevivência.

Sem piso salarial, sem jornada de trabalho estabelecida, muitos se sujeitam a receber salários aviltantes pelo seu trabalho.

Enquanto isso, segue a autarquia elevando valores, estabelecendo ações que não são frutíferas ao profissional e à sociedade. Há um descompasso nesta relação. E, resultante disto, a baixa participação e envolvimento da categora profissional nas ações do conselho. Sem falar nas ações que discutem os valores estabelecidos de anuidades...

Enquanto ficarmos assistindo ao longe essas ações deletérias e não estivermos atentos, partícipes, agindo com a crítica necessária, as ações do órgão representativo serão tomadas entre quatro paredes, por seus dirigentes.

Por isso, é fundamental a participação ativa do psicólogo: cobre, exija, critique, participe!

Aposentados, votem no PT!


Apagões


sábado, 14 de novembro de 2009

Apagão... àquele que só ocorria com FHC....Até nisso os petistas imitam os tucanos


Quem não sabe o que fala, demonstra incompetência!

O presidente, em mais uma de suas metáforas inapropriadas, disse: "Eu já disse várias vezes: Freud dizia que tem algumas coisas que a humanidade não controlaria. Uma delas era (...) as intempéries”.

É o Freud, revirando em seu túmulo, servindo de testemunha da incompetência do governo Lula. Para quem sempre criticou o apagão do FHC, mordeu a língua! Mas em qual dos volumes de sua obra o Freud trata do caso das intempéries? Onde está, Sr. Lula? Se a sua formação de psicólogo de botequim apontar o exato texto onde ele aborda isso, proponho o fechamento de todas as faculdades de psicologia no país: sim, pois aí qualquer um pode citar autores que tratam com profundidade as questões humanas...
Sem investimentos, sem gente competente para gerenciar o sistema, nada irá dar certo. O aparelhamento, o loteamento de cargos estatais para os colegas partidários e ideológicos, enfim, o sindicalismo tentando governar um país há mais de 7 anos, demonstra que não deu certo.
Que Lula é um fenômeno de comunicação, isso ninguém duvida. Mas aí querer imputar a ele a pecha de melhor governante que este país já teve, é querer ir longe demais. As áreas de incompetência pululam por aí. É muito discurso e pouca ação.
Nisso o Sr presidente Lula é parecido com Freud: fala demais, mas não explica nada.

Idade da Pedra


domingo, 8 de novembro de 2009

Caetano esclarece: É com crase..., ou não!


Universidade estabelece o preconceito. Nos tempos atuais, não é de se estranhar...

Com afronta aos Princípios Constitucionais da Dignidade Humana e da Liberdade de Expressão, a aluna foi expulsa da Uniban.

Vejam a entrevista absurda daquele que se diz “assessor jurídico” da instituição.
Que universidade é essa?

Não bastasse o anúncio em jornal, que sataniza a estudante,Décio Lencioni Machado, assessor jurídico da instituição, concedeu a seguinte entrevista à Folha:

FOLHA - Por que a decisão?

DÉCIO LENCIONI MACHADO - Por meio dos depoimentos dos alunos, professores, funcionários e mesmo dela, constatou-se que a postura dela não era adequada há algum tempo. O foco não é o vestido. Tem menina que usa roupas até mais curtas. O foco é a postura, os gestos, o jeito de ela se portar. Ela tinha atitudes insinuantes.

FOLHA - Como assim?

MACHADO - Ela extrapolava, rebolando na rampa, usando roupas que os colegas pudessem verificar suas partes íntimas. Isso tudo foi dito em vários depoimentos e culminou no que ocorreu no dia 22 de outubro. Foi o estopim de uma postura recorrente da aluna.

FOLHA - Por que o anúncio? Não acham que estão expondo a aluna?

MACHADO - A exposição dela vem ocorrendo desde a semana seguinte a 22 de outubro. Ela se utilizou de todos os veículos de comunicação para divulgar [o que aconteceu] e vem declarando que, inclusive, tem interesse em ser atriz. Estamos querendo usar os mesmos veículos, não para expô-la, porque exposta ela já está, mas porque tenho compromisso com 60 mil alunos. Recebemos 4.000 e-mails de alunos, pais, pessoas da comunidade, se queixando da exposição da instituição, em especial do curso de turismo, porque as meninas estavam sendo chamadas de “putas”.

É mais ou menos àquela história de que o estuprador alega no momento da prisão: a vítima é a culpada! Absurdo total! Repugnante. Esta instituição deveria ser fechada e nunca mais “tentar ensinar” algo a alguém.

Desistência


sábado, 7 de novembro de 2009

Baboseiras ministeriais

"Forças do passado, patéticas e desconexas, usam de esmurradas táticas para confundir as pessoas, dizendo que os modelos de oito anos de governo do PSDB no país são semelhantes aos oito anos de governo do PT. Eles morrem de medo de comparar nossos governos com os deles e os nossos projetos com os deles".
Dilma Rousseff
É verdade. A oposição é patética mesmo quando aceita o mensalão, quando deixa acontecer mudança de lei para favorecer empresas ligadas ao petismo...
Mais patético ainda deve ser o povo, quando aceita o desrespeito às leis, à Constituição Federal, patrocinadas por ministros e outros escalões governamentais...
E desconexas devem ser as idéias dessa ministra, quando esmurra o português, quando entrega obras que ainda nem começaram e enche a boca pra falar mal daqueles que são contrários à sua ideologia...
Que medo eu tenho da ditadura esquerdizante idiota!!

Enriquecimento? Ou falta de vegonha na cara?

PORRE COM DINHEIRO ALHEIO

Poleto, o homem dos dólares de Cuba, é indenizado

Comissão de Anistia, órgão subordinado ao Ministério da Justiça, foi criada há oito anos para tentar reparar os abusos perpetrados durante os 21 anos do regime militar. Desde então, já concedeu cerca de 30 000 indenizações, a um custo que ultrapassa os 4 bilhões de reais.
É justo compensar pessoas que perderam o emprego ou tiveram a vida devassada por perseguição política de um estado ditatorial. As concessões sem critério, porém, estão desvirtuando a nobreza do propósito inicial. Na mamata do que está sendo chamado de Bolsa Ditadura, pegaram carona “perseguidos” de todos os tipos.
Na semana passada, mais uma figura curiosa embarcou no trem.
O economista Vladimir Poleto - aquele que admitiu ter transportado 1,4 milhão de dólares de Cuba, em 2002, para robustecer o cofre da campanha do presidente Lula, e que, em seguida, tentou anistiar a própria confissão alegando estar embriagado - também ganhou direito ao seu quinhão. Ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci, o economista revelou que apanhou o dinheiro clandestino de um funcionário da Embaixada de Cuba em Brasília, acondicionou-o em caixas de uísque e rum e transportou-o num avião Seneca para São Paulo, onde funcionava o comitê financeiro da campanha.
A indenização a Poleto é uma das mais esdrúxulas já concedidas pelo governo. No início do regime militar, o economista tinha 8 anos de idade. No fim, estava com 29. De acordo com a ata do julgamento que lhe concedeu indenização, Poleto sofreu perseguição no período de 7 de dezembro de 1984 a 14 de janeiro de 1985. No calendário do governo, 39 dias de perseguição viraram um ano. Mas que tipo de perseguição, afinal, teria sofrido Poleto? Ele argumentou que foi “obrigado” a pedir demissão do Banco do Brasil no fim de 1986, quando os generais já estavam de pijama havia mais de um ano, por ter liderado uma greve. Queria, por isso, receber uma pensão mensal vitalícia de 2 600 reais. A Comissão de Anistia entendeu que Poleto foi perseguido com base em um documento no qual é apontado como “concitador de movimento subversivo”, mas negou-lhe o plano de aposentadoria. O relator do caso, cujo voto favorável à indenização foi acompanhado pelos de outros dois conselheiros, é Egmar Oliveira. Como Poleto, ele é ex-sindicalista. Como Poleto, ele é amigo do ex-caixa de campanha do PT Delúbio Soares. A indenização concedida ao economista com o dinheiro do contribuinte é de 13 950 reais - longe do que Poleto pretendia, mas suficiente para comprar ao menos 200 garrafas do seu uísque preferido.
Por Alexandre Oltramari

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Recursos para presídios estão embargados

Em meio a problemas de superlotação e rebeliões, pelo menos R$ 460 milhões destinados pelo governo federal para a construção e a reforma de presídios estão parados nas contas bancárias de 24 estados e do Distrito Federal.

Relatório da Caixa Econômica Federal obtido pelo Globo informa que os projetos que deveriam ser financiados com esses recursos estão embargados por pendências nas licitações, entraves ambientais e falhas de engenharia, entre outros problemas.
Em alguns casos, o dinheiro mofa nas contas desde 2004, e os projetos não
saem do papel há quatro ou cinco anos, relata reportagem de Jailton de Carvalho, publicada na edição deste domingo, do Globo

Este é o STF....inundado pelos petistas de plantão

CEF deu R$ 40 mil para ‘festa-homenagem’ a Toffoli

Sérgio Lima/Folha
Em 23 de outubro, depois de tomar posse como ministro do STF, Jose Antonio Dias Toffoli foi homenageado numa festa que reuniu cerca de 1.500 pessoas.

Deu-se num endereço chique de Brasília, o Marina Hall, casa de eventos assentada às margens do Lago Paranoá.
A comida foi preparada pelo Sweet Cake, um buffet de boa fama na Capital.

Coube à Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), em parceria com outras entidades da magistratura, organizar os festejos em torno de Toffoli.

Pois bem. Descobre-se agora que um naco da conta foi espetado nas arcas de um banco público, a Caixa Econômica Federal.

Deve-se a revelação ao repórter Frederico Vasconcelos. Em notícia veiculada na Folha, ele conta que a Ajude pediu R$ 50 mil à CEF.

Não levou tudo. Mas a casa bancária do governo federal admitiu ter feito uma contribuição de R$ 40 mil.

Pelo menos um magistrado, o juiz federal Luiz Cláudio Flores da Cunha, do 6º Juizado Especial Federal do Rio, abespinhou-se com o episódio.

Informa que vai levar o caso ao TCU e no Ministério Público. Acha que a Ajufe serviu de escudo para que a Caixa pingasse verbas públicas em festa privada.

"Não posso concordar com a Ajufe transformada em laranja”, disse o juiz Flores da Cunha ao repórter Frederico.

“Não veria problema se a CEF desse dinheiro para um evento cultural da Ajufe. Não poderia haver patrocínio para esse tipo de encontro".

Instado a se manifestar, o presidente da Ajufe, Fernando Mattos, disse o seguinte sobre os caraminguás da Caixa Econômica:

"Qualquer informação sobre a participação da CEF deve ser endereçada à própria instituição financeira".

Toffoli vestiu a toga do Supremo depois de ter exercido o cargo de Advogado-Geral da União.

Terá de declarar-se impedido de julgar os casos nos quais tenha advogado em favor do governo.

Agora, talvez tenha de se abster também de julgar no STF as causas que, eventualmente, envolvam a Caixa Econômica Federal.

domingo, 1 de novembro de 2009

Excelente artigo. Pena que os "esquerdistas de plantão" não saibam ler

Para onde vamos?, por Fernando Henrique Cardoso*

A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio “talvez” porque alguns estão de tal modo inebriados com “o maior espetáculo da terra”, de riqueza fácil que beneficia a poucos, que tenho dúvidas. Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa.
Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio, vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advenha do nosso Príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o país, devagarinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade, que pouco têm a ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de “pequenos assassinatos”. Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira “nacionalista”, pois se o sistema atual, de concessões, fosse “entreguista” deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública. Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares se o processo de seleção não terminou? Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental em uma companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem qualquer pudor, passear pelo Brasil às custas do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso...) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do “autoritarismo popular” vai minando o espírito da democracia constitucional. Essa supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os “projetos de impacto” (alguns dos quais viraram “esqueletos”, quer dizer obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Em pauta, temos a transnordestina, o trem-bala, a Norte-Sul, a transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC, que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no orçamento e minguam pela falta de competência operacional ou por desvios barrados pelo TCU. Não importa: no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: “Minha casa, minha vida”; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo “Brasil potência”. Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU – contra a letra expressa da Constituição – vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o presidente já declarou que em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças) ele resolve sozinho. Pena que tivesse se esquecido de acrescentar “l’État c’est moi”. Mas não esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender “nosso pré-sal”. Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos altos-fornos do Tesouro. Os partidos estão desmoralizados. Foi no “dedaço” que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições, sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são “estrelas novas”. Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.

Ora dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT, que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso, os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina. No Brasil, os fundos de pensão não são apenas acionistas – com a liberdade de vender e comprar em bolsas – mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou “privatizadas”. Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o subperonismo lulista se sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo antes que seja tarde.
*EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Mercosul


Não adianta tentar fugir... tem gente séria neste país.

De Lauro Jardim:

A juíza Pollyanna Alves, da 12ª Vara Federal de Brasília, só vai aguardar até quarta-feira o contato das autoridades citadas como testemunhas pelos réus do mensalão.
Até quinta-feira passada, dez dos 65 arrolados não haviam dado nenhum sinal de vida – ou seja, não ligaram para marcar dia nem hora de seu depoimento, o que é um direito de todas as autoridades.
Como, no entanto, todos já foram oficiados três vezes, Pollyanna Alves decidiu não mais esperar. As testemunhas que não marcarem o depoimento até quarta-feira terão de comparecer em juízo no dia e hora determinados por ela.
Pollyanna está fazendo uso de uma novidade: há duas semanas, o STF determinou que a prerrogativa de a autoridade marcar dia e hora para depor perde a validade se a testemunha demorar mais de um mês. Autoridades ou não, terão de falar. Melhor assim.

Dilma Rousseff joga água fria nos curitibanos

Ministra diz que o Governo Federal não vai liberar dinheiro do PAC da Copa para a Prefeitura de Curitiba construir o metrô.

A provável candiata do PT à Presidência da República, ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não está disposta a facilitar as coisas para o PSDB. Na ânsia de reduzir os holofotes para os tucanos, mirando principalmente o governador de São Paulo, José Serra – que poderá ser seu maior adversário nas eleições do ano que vem –, a petista acabou acertando a população de Curitiba.
Na manhã desta quinta-feira (29), em entrevista à jornalista Denise Mello, da Rádio Banda B, ela jogou um balde de água fria nos curitibanos, ao informar que do PAC da Mobilidade (para financiar a Copa do Mundo de 2014) não sairá o R$ 1 bilhão para a construção do metrô, em Curitiba. “O Governo Federal não tem condições de assegurar a construção desse metrô. O PAC da Mobilidade tem apenas R$ 5 bilhões que terão que ser divididos entre as 12 cidades-sedes da Copa. Se liberarmos R$ 1 bilhão para Curitiba, sobrarão R$ 4 bilhões para dividir entre 11 cidades. E isso não é possível”, disse a ministra.
Sem falar o nome do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), Dilma disse que “se ele quiser construir o metrô, pode pleitear esses recursos no PAC-2, que estará disponível para o próximo presidente (ou seja, só em 2011, quando assume o novo governo)”.
Dilma disse, ainda, que o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, assumiu o compromisso de discutir esse assunto com o Governo do Estado e com a Prefeitura de Curitiba. Ela sugeriu ainda que a cidade esqueça o metrô e ajuste sua rede atual de transporte em ônibus. A Prefeitura de Curitiba contava com recursos do PAC para a construção de 15 quilômetros do metrô, que pretende entregar até o dia 1º de janeiro de 2014, ano da Copa do Mundo.
Ou seja, que o próximo governo arque com a propaganda enganosa do PT. Ninguém merece um governo assim!

Níver do "cara"


Ele é o "cara"


sábado, 24 de outubro de 2009

Aparelhamento total


Credibilidade do Judiciário em xeque

Medido pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a segunda edição do Índice de Confiança do Judiciário (ICJ) revelou piora no sentimento da população em relação à atuação do Poder Judiciário brasileiro. Numa escala que vai de 0 a 10, as instituições que compõem este segmento social receberam 5,6 pontos, no terceiro trimestre ante uma avaliação no trimestre anterior de 5,9 pontos.

Na sondagem feita com 1.616 entrevistados de sete regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Brasília e Porto Alegre), o público deixou claro que considera o andamento dos processos muito demorado e abertura de ações muito cara, segundo o professor Rodrigo De Losso, da Universidade de São Paulo (USP) e um dos elaboradores do trabalho. “A população desconfia bastante do Judiciário brasileiro em várias dimensões entre elas uma bem objetiva refere-se ao custo e tempo de tramitação do processo, custo de entrada na Justiça e também acesso ao Judiciário de alguma forma.
Além disso, tem uma percepção de imparcialidade, de honestidade, capacidade de resolução de conflitos bastante questionáveis”, assinalou.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Lula apresenta programa de FHC com roupagem do PAC…

Por Breno Costa, na Folha:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança hoje, em Ouro Preto (95 km de Belo Horizonte), mais uma franquia do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Desta vez, o foco são as cidades históricas.Apesar da nova roupagem e do maior volume de recursos, na prática o programa é uma reapresentação do programa Monumenta, criado ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2000.
O Ministério da Cultura diz que o PAC Cidades Históricas é fruto do Monumenta, que será “replicado” e “ampliado”.Com previsão de investimentos de R$ 890 milhões em até 173 municípios até 2012, a nova franquia do PAC prevê os mesmos tipos de ações já executadas no Monumenta. De imediato, 32 cidades serão beneficiadas. O resto depende de apresentação de projetos por parte das prefeituras, e da aprovação deles pelo governo.Uma das principais diferenças entre os dois programas é que, agora, os recursos virão diretamente do governo, por meio de um pool de ministérios -Cultura, Turismo, Cidades e Educação-, estatais e BNDES.
No caso do Monumenta, que investiu R$ 250 milhões em 26 cidades desde a sua criação (valor que agora deve ser investido anualmente), a verba vinha de contrato firmado entre o governo e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O contrato expira este ano.O presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Luiz Fernando de Almeida, diz que, agora, os investimentos serão uma “política pública permanente”.
No caso das 26 cidades do Monumenta, as intervenções do Iphan não resolveram todos os problemas. Levantamento da Folha nos últimos relatórios de conservação das ações, de abril, revela que 62% das intervenções ainda apresentam problemas, como infiltrações e ausência de sistemas de prevenção de incêndios. Almeida afirma que soluções são cobradas das respectivas prefeituras. O mesmo modelo será mantido no novo braço do PAC, diz.
O plágio é descarado. E a oposição, fica muda.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A violência que assusta

A violência explodiu no Rio de Janeiro e deu as caras no noticiário. Acontece de tempos em tempos. Daqui a pouco ela submerge de novo.

As horríveis consequências do câncer da droga e do narcotráfico só são notícia em situações muito particulares: quando produzem imagens fortes (como no sábado) ou quando a tragédia vaza dos bolsões sociais em que deveria ficar confinada.
Quando isso acontece, o mercado consumidor e a turma do lado de fora do muro vestem-se de branco e pedem "paz".

Mas, e as Olimpíadas de 2016? De duas, uma. Ou dá-se um jeito definitivo até lá, o que é improvável, ou haverá um armistício. Não é por ser bandido que o traficante é burro. E governantes costumam ser pragmáticos.

O recrudescer da insegurança no Rio chama o debate. Além das estatísticas, que já não são boas, a vida tem revelado outro fato: o tráfico de drogas e a violência que ele produz deixaram de ser um problema só das grandes concentrações urbanas, espalharam-se pelo país. E seguem a rota do dinheiro.

Quanto mais dinheiro, mais crime. Óbvio. Não há comparação, por exemplo, entre as estatísticas de criminalidade na periferia de São Paulo, ou do Rio, e os números do sertão nordestino.

Mas a pobreza não é muito maior no sertão do Nordeste do que na região metropolitana do Rio, ou de São Paulo? E a taxa de criminalidade não deveria ser proporcional ao grau de pobreza, à escassez das oportunidades para ganhar a vida?

Tem algo que não fecha nesse diagnóstico.

Alguns anos atrás, com o governo Luiz Inácio Lula da Silva já de vento em popa, um estudo apoiado pelo Ministério da Saúde procurou desenhar o mapa da violência no Brasil. A conclusão foi interessante.

As regiões mais pobres (semiárido nordestino, Vale do Jequitinhonha) são bem menos violentas do que as áreas metropolitanas, do que a fronteira agrícola do Norte e do Centro-Oeste e do que as fronteiras com o Paraguai e a Bolívia.

Querem mais? O governo de Lula gaba-se de ter feito a maior inclusão social da História do Brasil. Segundo o governo, nunca antes neste país tantos pobres passaram para a classe média e nunca tantos jovens pobres receberam oportunidades de estudo e ascensão social.

Dado que a violência e a insegurança também cresceram, estamos diante de um buraco na teoria. De duas uma: ou o governo Lula não é essa brastemp no campo social, ou então não dá para relacionar mecanicamente mais prosperidade com menos criminalidade.

Este governo melhorou a situação dos pobres, até os adversários reconhecem. O furo na tese está na segunda opção. Só melhorar os indicadores sociais não ataca os problemas da segurança.

É bonito o presidente da República dizer que prefere construir escolas a erguer presídios. Pega bem entre os intelectuais e coloca os críticos na defensiva. Mas é um discurso que, como outros, esgota-se em si, vira fumaça quando entra em contato com a realidade. O país precisa de escolas e precisa também de prisões.

Assim como precisa de uma Justiça que consiga traçar com clareza a linha demarcatória entre honestos e criminosos. Assim como precisa de leis que sirvam para punir proporcionalmente os crimes, de acordo com a gravidade.

Não pode querer paz verdadeira um país que deixa solto o jornalista famoso e influente que, em ato de fria vingança, mata com um tiro pelas costas a ex-namorada. E apesar disso continua a viver a vida aqui fora como se nada tivesse feito de errado.

O país precisa de um governo que seja duro contra o crime e os criminosos, sem "coitadismo" e sem sociologismo barato. Duro com a mesma intensidade que Lula impulsiona iniciativas para melhorar a vida dos pobres. O ideal seria juntar as duas características.
Fonte: Blog Noblat

E a segurança máxima?

O setor de inteligência da Polícia Civil do Rio aponta que a invasão no morro dos Macacos, na zona norte da cidade, foi articulada por chefes da facção Comando Vermelho que estão no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.
A ação, na madrugada de sábado, resultou em confrontos entre traficantes e polícia. Um helicóptero da polícia foi derrubado, 14 pessoas morreram e oito ficaram feridas. A imprensa internacional questionou a capacidade das autoridades do Rio de garantir a segurança dos Jogos Olímpicos de 2016.

domingo, 18 de outubro de 2009

Isto é política?

Lula, em conversa descontraída com ministros mais próximos, há cerca de 15 dias, surpreendeu os presentes ao levar para a roda um fato recente, mas fora da agenda atual: a mão que deu a José Sarney (PMDB-AP) para mantê-lo na presidência do Senado mesmo com o escândalo dos atos secretos que beneficiaram parlamentares e seus parentes mais próximos.
"Quem ganhou fui eu, porque o PMDB vai marchar com Dilma", disse Lula, segundo um dos presentes, ao se referir à aliança que está costurando para a disputa presidencial, com a sua candidata, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Lula tinha nas mãos alguns números sobre o PMDB, todos comprovando o gigantismo do partido. Como sabe que ser governo e apoiar Sarney desgasta e afugenta o voto das grandes regiões metropolitanas, é necessário avançar cada vez mais rumo aos grotões.
E nenhuma sigla é melhor do que o PMDB para esse objetivo. Até se diz que é mais fácil faltar coca-cola numa cidade do que um político do PMDB, partido presente em 84% dos municípios brasileiros.
Tem mais. Somando-se os três minutos do tempo de TV e rádio do PT com os três minutos e doze segundos do PMDB, sem considerar outros partidos e uma nova contagem a ser feita pelo TSE, a partir do número de candidatos, a coligação somaria seis minutos e doze segundos, tempo superior ao de todas as oposições reunidas.
PSDB, DEM e PPS, próximos de formalizar chapa para disputar a eleição presidencial, alcançam, nas contas de hoje, cinco minutos e cinquenta e três segundos.

Se isto é fazer política, o Brasil vai muito mal. Utilizar-se de expedientes que, na vida “normal” seria tido como uma espécie de trapaça é, no mínimo, coisa de gente sem caráter. Em psicologia, diríamos que a pessoa que faz isso (usar os outros para atingir seus objetivos) é um psicopata. O pior é ver que várias pessoas se prestam ao papel de “usado”: o ex-cearense é um deles. Qual seria o nome dado a isto?
Mas, em política, e no Brasil, tudo é possível. Cuecas com dólares, cuecas vermelhas, danças ridículas no plenário, absolvições dos acusados de praticar dados imorais e o desrespeito às leis são atitudes diárias, como se fossem um simples ato, daqueles que todos nós praticamos.
Mas o povo, aquele que não acompanha o dia-a-dia da política e dos políticos, só quer saber dos “benefícios” que lhe trarão. Mal sabe ele que pagará a conta, sempre, dos desmandos dos governantes.
Triste país onde a moral, a ética e a educação, aliados ao respeito às leis e ao próximo não são observados.

sábado, 17 de outubro de 2009

Momento "campanha política antecipada"

E o Superior Tribunal Eleitoral, faz o quê? Dorme? Tira férias?

Presidente do STF e procurador-geral contestam Lula

Por Andréa Michael, na Folha:
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, e o procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, rebateram ontem as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos órgãos de fiscalização e ao Poder Judiciário, a cuja “irresponsabilidade” Lula atribuiu a demora na execução de obras necessárias ao país.
“Não me parece que as críticas sejam devidas. O Judiciário só age por provocação. A União e suas autarquias dispõem de quadros preparados para enfrentar quaisquer questões nas quais, eventualmente, venham a detectar algum tipo de desvio”, disse Mendes.
Em viagem a São Paulo, o presidente do STF afirmou à Folha que “isso às vezes faz parte deste momento de palanque que o presidente está vivendo”.
À noite, em entrevista à rádio Jovem Pan, ao ser indagado sobre o fa
to de Lula estar levando com frequência a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) a eventos do Executivo federal, Mendes disse que o governo parece estar “testando” a Justiça Eleitoral.
Na contramão do que disse Lula, Mendes afirmou, mais cedo, que o Judiciário tem trabalhado para diminuir o divórcio entre o tempo de concessão de medidas liminares (de urgência) e a apreciação do mérito (julgamento efetivo da causa), como maneira de mostrar à sociedade uma Justiça cada vez mais “eficiente e ativa”.
Já no entendimento do procurador-geral, “é natural que o administrador público se sinta incomodado com a atuação de órgãos que, de alguma maneira, levem ao retardamento da execução de projetos”.
Em sua primeira entrevista à imprensa desde que tomou posse, em julho, Gurgel disse que “o Ministério Público não é nem pode ser contra qualquer tipo de empreendimento, seja público ou privado, mas é seu dever exigir a observância das normas”. “Agora, se isso vier a significar o prolongamento do tempo de execução de uma obra, é algo que o próprio legislador constituinte de 1988 quis e devemos respeitar”, disse.
Questionado sobre as reportagens da Folha acerca da ingerência do empresário Fernando Sarney sobre o Ministério de Minas e Energia, atropelando a autoridade do titular da pasta, Edison Lobão, respondeu que, “se houver indício que envolva autoridades com foro especial, isso será comunicado à autoridade competente” -o próprio Gurgel, no caso.

Simplesmente ridículo


Esse senador Suplicy sempre foi afeito a atos e atitudes ridículas. Lembram-se da separação dele, motivada pelo (?) Favre? Pois é, mais uma vez, se expõe à zombaria. No mínimo, é corajoso.
Agora, o Senado Federal quer abrir processo de quebra de decoro parlamentar. Era só o que faltava.
Um Senado que não teve a coragem de punir Renan, Sarney, vai punir Suplicy?
Só se for para confirmar o ditado: "a corda sempre estoura do lado mais fraco..."

Presidência imperial (Editorial de O Estado de S. Paulo

A crescente pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a diretoria da Vale torna cada vez mais claro seu projeto de poder. Não lhe basta chefiar o Executivo da maior democracia latino-americana.

Ele quer presidir também a maior empresa privada do Brasil - e tantas quantas ele considere necessárias para a consumação de seus objetivos.

À primeira vista, seu projeto parece conduzir a uma reestatização, com apoio de pelo menos alguns partidos aliados e também de sindicatos e movimentos ditos sociais, mas não é essa, neste momento, a questão mais importante.

Muito mais do que à ampliação das funções e dos poderes do Estado, as ações do presidente Lula visam ao fortalecimento do seu governo e à centralização de um conjunto importante de decisões econômicas. Centralização, nesse caso, tem sentido literal: concentração de poder no principal gabinete do Palácio do Planalto.
A tendência não é nova, mas ficou mais evidente a partir do agravamento da crise, quando o presidente Lula tentou intervir nas demissões da Embraer e da Vale.
As pressões sobre a mineradora continuaram, depois, quando a empresa anunciou a redução temporária de seus investimentos. O presidente da República simplesmente cobrou explicações do chefe da empresa, como se estivesse tratando com um executivo sujeito a seu comando.
O passo seguinte foi tentar obter o controle da empresa para demitir o presidente Roger Agnelli e determinar a pauta de investimentos. A tentativa só não deu certo, até agora, porque o Bradesco se recusou a vender as ações necessárias à formação de um novo bloco de controle.
O jogo continua. Se der certo para o presidente, ele terá um estímulo a mais para intervir noutras empresas consideradas estratégicas.
A interferência do presidente já é explícita na administração da Petrobrás. Bem antes de se anunciar a descoberta do pré-sal, Lula tentou forçar a estatal a comprar equipamentos pesados de fornecedores nacionais.
O plano só não foi adiante, há alguns anos, porque os velhos estaleiros não tiveram condições de atender a empresa.
Mas as pressões voltaram e a legislação proposta para o pré-sal transforma a Petrobrás em instrumento de política industrial. Manobra semelhante - e mais audaciosa - ocorreu quando o presidente criticou a Vale, recentemente, por encomendar navios a um estaleiro chinês.
No caso da Petrobrás, a subordinação ao Planalto será completada com a criação de uma estatal para comandar a exploração do pré-sal.
Esses fatos dão um novo sentido às investidas do governo, desde o início do primeiro mandato, contra a autonomia das agências de regulação, para sujeitá-las de forma irrestrita aos interesses políticos do Executivo.
As agências foram concebidas para funcionar como órgãos de Estado, não de governo, mas o objetivo de Lula, obviamente, é fortalecer o governo, não o Estado.
Se derem certo as tentativas de enfraquecer o Tribunal de Contas e de afrouxar a Lei de Responsabilidade Fiscal - objetivo permanente de muitos prefeitos e governadores -, o poder de arbítrio do Executivo Federal aumentará tremendamente e os avanços institucionais iniciados nos anos 90 irão para o ralo.
Resta a pergunta: para quem o presidente Lula prepara essa configuração de poder? A resposta parece clara: para si mesmo.
Se o seu sucessor for eleito por um partido de oposição, terá muita dificuldade para retomar a pauta de reformas inaugurada nos anos 90.
Terá de enfrentar a resistência de um funcionalismo engordado e moldado segundo os interesses políticos do atual governo. Terá de enfrentar, além disso, a pressão de grupos articulados para movimentos de rua e para demonstrações de força.
Para isso deverão servir o MST, sindicalistas cevados com dinheiro do contribuinte e a mais nova categoria de pelegos - dirigentes estudantis dispostos a declarar publicamente sua condição de estudantes profissionais sustentados pelo governo.
A moldura perfeita para este quadro é o conjunto, em torno do Brasil, formado por governos com evidente vocação autoritária, todos apoiados pela atual diplomacia brasileira, francamente intervencionista. Não se trata só dos governos de Venezuela, Equador e Bolívia.
A recém-aprovada legislação argentina de controle dos meios de comunicação combina com essa tendência, até agora defendida como perfeitamente democrática pelo presidente Lula e por seus assessores. É uma afinidade cada vez mais clara e mais preocupante.

As mentiras governistas


Como Lula descobriu o Brasil, também cabe a ele o papel de desmentir algumas coisas: Pagou mesmo a dívida brasileira? Ou foi só um "factóide político"?