Alexandre
Padilha, ainda ministro da Saúde, anunciou que o Ministério vai romper o
contrato com a ONG de que seu pai é dirigente — ver posts anteriores. Certo! É
uma decisão de candidato. É sinal, então, de que ele também acha que não pega
bem. Ao fazê-lo, tenta demonstrar que é um homem sensível às críticas, que não
se fecha em sua própria bolha… Era tão evidente que o convênio daria bochicho
que dá para desconfiar de que foi firmado só para ser rompido. Mas talvez não
seja nada disso. Os políticos brasileiros estão tão acostumados a usar o
público como se fosse privado que já fazem as coisas assim, distraidamente.
Querem saber? Não acho isso tão importante.
Não
conheço a tal ONG, mas dou de barato que cumpre o que promete. De resto, nem é
tanto dinheiro assim. A questão é mais, digamos, de princípios. Grave mesmo,
insisto, foi o que o Padilha fez nesta quarta-feira. O seu pronunciamento em
rede nacional de rádio e TV, anunciando uma campanha de vacinação que começa
em… março é um acinte. Tratou-se de campanha eleitoral descarada. Até porque,
como se viu, ele não se limitou ao objeto do suposto anúncio. Tratou de outros
programas da sua pasta, na linha “nunca antes na história deste país”.
Esse
negócio da ONG é café pequeno.
Por Reinaldo Azevedo
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