quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ricos e políticos: continuam a ganhar dinheiro público, áquele que falta na saúde, na segurança, etc. mas você gosta disso, afinal, elegeu os dois!

Sem renunciar ao sorriso, Ana de Hollanda, ministra da Cultura, garantiu na semana passada que seu ministério não se sente nem um pouco constrangido em ter de gastar R$ 14,4 milhões com a construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador em São Bernardo do Campo. Imagina!

A prefeitura entrará com mais quase R$ 4 milhões.

O museu servirá para quê? Na teoria para oferecer todo tipo de informação a respeito da luta no final do século passado dos operários das fábricas instaladas na região do ABC paulista. Foi um período de muitas greves por melhores salários e de forte repressão militar. A ditadura agonizava.

Ao fim e ao cabo, o museu incensará o papel de Lula como líder sindical.

Você vê algum problema no uso do dinheiro público para isso? Certamente que não vê. Você gosta de Lula, não é?

Mas você vê problema no uso de dinheiro público para manter o memorial de Sarney instalado num convento antigo de São Luís do Maranhão, não vê? Ali estão os documentos referentes ao seu governo. Você não gosta de Sarney. E assim caminha a humanidade...

São dois absurdos do Brasil: dinheiro público a financiar a imagem de dois oligarcas, de duas pessoas que enriqueceram sendo políticos. Absurdo!

Como sempre: excelente artigo de Reinaldo Azevedo

Tenho algumas perguntas a fazer a Lula, a Kassab e aos vereadores que estão doidos para cair de joelhos.

1: Constituição - A negativa dos petistas em participar da sessão homologatória da Constituição de 1988, uma das atitudes mais indignas tomadas até hoje por esse partido, fará parte do “Memorial da Democracia”, ou esse trecho será aspirado da historia, mais ou menos como a ministra da Mulher diz que aspirava úteros na Colômbia?

2: Expulsões - A expulsão dos três deputados petistas que participaram do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves, pondo fim à ditadura - Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes - fará parte do “Memorial da Democracia”, ou isso também será aspirado da história, como a Universidade Federal de Santa Catarina aspirou a entrevista da agora ministra da Mulher? Em tempo: vi dia desses Soares negar na TV Cultura que tivesse sido expulso. Diga o que quiser, agora que fez as pazes com a legenda. Foi expulso, sim!

3: Governo Itamar - A expulsão de Luíza Erundina do partido porque aceitou ser ministra da Administração do governo Itamar, cuja estabilidade era fundamental para a democracia brasileira, entra no Memorial da Democracia, ou esse fato será eliminado da história junto com os fatos, os fetos, as fotos e os homens que não são do agrado do petismo?

4: Voto contra o Real - A mobilização do partido contra a aprovação do Plano Real integrará o acervo do Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que sempre apostaram na estabilidade do país?

5: Guerra contra as privatizações - As guerras bucéfalas contra as privatizações - o tema anda mais atual do que nunca - e todas as indignidades ditas contra a correta e necessária entrada do capital estrangeiro em setores ditos “estratégicos” merecerá uma leitura isenta, ou o Memorial da Democracia se atreverá a reunir como virtudes todas as imposturas do partido?

6: Luta contra a reestruturação dos bancos - A guerra insana do petismo contra a reestruturação dos bancos públicos e privados ganhará uma área especial no Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que aquilo nunca aconteceu? Terão a coragem, já que são quem são, de insistir na mentira e de tratar, de novo, um dos pilares da salvação do país como um malefício, a exemplo do que fizeram no passado?

7: Ataque à Lei de Responsabilidade Fiscal - Os petistas exporão os documentos que evidenciam que o partido recorreu à Justiça contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, tornada depois cláusula pétrea da gestão de Antônio Palocci no Ministério da Fazenda?

8: Mensalão - O Memorial da Democracia vai expor, enfim, a conspiração dos vigaristas, que tiveram o desplante de usar dinheiro sujo para tentar criar uma espécie de Congresso paralelo, alimentado por escroques de dentro e de fora do governo? O prédio vai reunir os documentos da movimentação ilegal de dinheiro?

9: Duda Mendonça na CPI - Haverá no Memorial da Democracia o filme do depoimento de Duda Mendonça na CPI do Mensalão, quando confessou ter recebido numa empresa no exterior o pagamento da campanha eleitoral de Lula em 2002? O museu de Lula terá a coragem de evidenciar que ali estava motivo o bastante para o impeachment do presidente?

10: Dossiê dos aloprados - O Memorial da Democracia que tanto entusiasma Lula e Kassab trará a foto da montanha de dinheiro flagrada com os ditos aloprados, que tentavam fraudar as eleições - para não variar -, buscando imputar a José Serra um crime que não cometera? Exibirá a foto do assessor de Aloizio Mercadante, que disputava com Serra, carregando a mala preta?

11: Dossiê da Casa Civil - Esse magnífico Memorial da Democracia trará os documentos sobre o dossiê de indignidades elaborado na Casa Civil contra FHC e contra, pasmem!, Ruth Cardoso, quando a titular da pasta era ninguém menos do que Dilma Rousseff, e sua lugar-tenente, ninguém menos do que Erenice Guerra?

12: Censura à imprensa - Kassab, que quer doar o terreno, se comprometeria a pedir a Lula que o Memorial da Democracia reunisse as evidências das muitas vezes em que o PT tentou censurar a imprensa, seja tentando criar o Conselho Federal de Jornalismo, seja introduzindo no Plano Nacional de Direitos Humanos mecanismos de censura prévia?

13: Imprensa comprada e vendida - Teremos a chance de ver os contratos de publicidade do governo e das estatais com pistoleiros disfarçados de jornalistas, que usam o dinheiro público para atacar a imprensa séria e aqueles que o governo considera adversários nos governos dos Estados, no Legislativo e no Judiciário?

14 - Novo dossiê contra adversário - O Museu da Democracia do Instituto Lula reunirá as evidências todas das novas conspiratas do petismo contra o candidato da oposição em 2010, com a criação de bunker para fazer dossiês com acusações falsas e a quebra do sigilo fiscal de familiares do candidato e de dirigentes tucanos?

15 - Uso da máquina contra governos de adversários - A mobilização da máquina federal contra o governo de São Paulo em episódios como o da retomada da Cracolândia e da desocupação do Pinheirinho entrará ou não no Memorial da Democracia como ato indigno do governo federal?

16 - Apoio a ditaduras - O sistemático apoio que os petistas empenham a ditaduras mundo afora estará devidamente retratado no Memorial da Democracia? Veremos Lula a comparar presos de consciência em Cuba a presos comuns no Brasil? Veremos Dilma Rousseff a comparar os dissidentes da ilha a terroristas de Guantánamo?

Fiz acima perguntas sobre 16 temas. Poderia passar aqui a noite listando as vigarices, imposturas, falcatruas e tentativas de fraudar a democracia protagonizadas por petistas e por governos do PT. As que se lêem são apenas as mais notórias e conhecidas.

Por Reinaldo Azevedo

Câmara de SP aprova terreno de R$ 20 mi para o Instituto Lula

Diego Zanchetta e Isadora Peron, Estadão.com.br

Em sessão tumultuada, com troca de farpas entre vereadores e manifestantes, a Câmara Municipal aprovou em primeira votação o projeto que autoriza a concessão de um terreno da Prefeitura no centro de São Paulo, avaliado em R$ 20 milhões, para o Instituto Lula.

Por 37 votos favoráveis, dez contrários e uma abstenção, os vereadores aprovaram a proposta criada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) em fevereiro. Durante quase três horas, cerca de dez manifestantes presentes nas galerias do Legislativo pressionaram os parlamentares a rejeitarem a concessão da área, localizada ao lado da Estação da Luz.

A segunda e definitiva votação deve acontecer em 15 dias, segundo lideranças da base kassabista. O terreno de 4,4 mil metros quadrados vai abrigar o Memorial da Democracia, uma espécie de museu em homenagem ao ex-presidente.

A proposta de Kassab, apresentada em fevereiro, fazia parte do plano de aproximação do prefeito com o PT, em uma estratégia que visava pressionar o ex-governador José Serra (PSDB) a sair candidato a prefeito. E a cartada deu certo. Após o flerte de Kassab com os petistas, Serra anunciou sua intenção em disputar as eleições municipais no início de março.

P.S: Depois ficam brabos que chamem os políticos de LADRÕES! Sim, ladrões, pois terreno público não é para favorecê-los. Bens públicos existem para favorecer a sociedade!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cara de pau é pouco: Isto é sem-vergonhice pura! Veremos o que o STF vai fazer. Vai se render aos petralhas?

Mensalão: João Paulo Cunha procurou cinco ministros do STF

Carolina Brígido e Roberto Maltchik, O Globo

Réu no processo do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) bateu pessoalmente à porta do Supremo Tribunal Federal (STF). Pediu audiência a cinco ministros. Por enquanto, foi recebido por Dias Toffoli em seu gabinete na semana passada.

O ministro confirmou o encontro, mas alegou que o parlamentar o procurou na condição de integrante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Teria ido apenas para entregar o relatório final da comissão de juristas que estuda mudanças no Código Penal.

Porém, João Paulo não relata a comissão, nem recebeu missão para representá-la no STF. Perguntado se trataram do mensalão, Toffoli garantiu que não. Disse que o interlocutor sequer puxou o assunto. Questionado sobre o motivo do encontro, João Paulo reagiu como se o conteúdo da conversa não devesse ser divulgado. O GLOBO perguntou se fora tratar de algum projeto de lei, João Paulo Cunha respondeu com uma gargalhada:

— Para esse assunto (o julgamento do mensalão), o GLOBO não me ouve. Sobre esse assunto eu não vou falar. Não tenho razão. Posso falar de outra coisa — disse o deputado, após ser insistentemente questionado sobre o motivo da visita ao gabinete de Toffoli.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Lula e petistas aumentam pressões sobre ministros do STF no mensalão

Folha de São Paulo

Sob a supervisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, integrantes do PT se lançaram numa ofensiva para aumentar a pressão sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal que julgarão o processo do mensalão.

Parlamentares e petistas com trânsito no Judiciário foram destacados para apresentar aos ministros a tese de que o julgamento não deve ser político, mas uma análise técnica das provas que fazem parte do processo.

O medo dos petistas é de que os ministros do tribunal sucumbam a pressões da opinião pública num ano eleitoral. O mesmo movimento tenta convencer o Supremo de que o julgamento não deve acontecer neste ano.

Um dos petistas que participam da ofensiva disse à Folha que fez chegar a integrantes do STF a avaliação de que não há provas suficientes para condenação do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoino.

Na denúncia que deu origem ao processo do mensalão, Dirceu é apontado pela Procuradoria-Geral da República como chefe de um esquema que teria desviado recursos públicos para os partidos que apoiavam o governo Lula no Congresso.

O foco mais evidente do assédio petista é o ministro José Dias Toffoli, que foi assessor do PT e advogado-geral da União no governo Lula. Emissários do ex-presidente já fizeram chegar a Toffoli a preocupação com a possibilidade de ele se considerar sob suspeição durante o julgamento do mensalão.

Se ficarem impunes, fica definitivamente demonstrado que o crime, neste país, compensa. 

Deus deve estar dizendo: onde foi que eu errei?

O Ministério da Cultura, comandado pela irmã do Chico Jabuti, vai financiar, vejam só, um museu da greve em São Bernardo, uma homenagem a Kim Jong-Lula. O culto à personalidade vai custar R$ 18 milhões aos cofres públicos — R$ 14,4 milhões dos quais saídos do Minc. Quem disse que esse não é um governo que se importa com a cultura? Como a gente sabe, o Instituto Lula teria imensa dificuldade para conseguir esse dinheiro, né?

Eis Kim Jong-Lula, o nosso estimado líder. Na Coreia do Norte, eventos maravilhosos estão associados a datas importantes para a família real comunista - os Kim. Temos aqui a nossa própria estirpe de fabulosos. Lula também está ligado ao maravilhoso e ao milagroso.

A bancada do PT na Assembleia Legislativa da Bahia encomendou para amanhã, uma “sexta-feira 13″, uma missa na Igreja do Bonfim, em Salvador, para orar pela saúde de Kim Jong-Lula. A urucubaca associada à data não assusta os petistas, claro! Estão convictos de que Deus também vota no 13. Yulo Oiticica, líder do partido na Assembléia, é um dos organizadores do evento. Vocês sabem como é: Deus acredita em Lula.

Tática do PT de SP de usar caso Cachoeira para aliviar mensalão irrita petistas de outros Estados

A tentativa da direção do PT de utilizar o caso Cachoeira como contraponto ao escândalo do mensalão divide a legenda. De um lado, o petismo de São Paulo, entusiasta da ideia. Do outro, petistas de outros Estados, avessos à iniciativa.

No ulltimos três dias, seis congressistas do segundo grupo –quatro deputados federais e dois senadores foram ouvidos. Nenhum deles proveniente de São Paulo. Todos reticentes em relação à estratégia verbalizada por Rui Falcão.

Em vídeo veiculado na semana passada, Falcão serviu-se da autoridade de presidente do partido para declarar: “A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão.”

Se ouvisse a bancada que imagina representar, Falcão talvez não se animasse a falar por todos. Embora minoritárias, as vozes contrárias existem.

Um dos petistas que conversaram com o repórter disse: “Essa CPI é uma burrice. A associação com o mensalão é idiotice.” A iniciativa seria burra porque “oferece palco para a oposição num instante em que ela estava na defensiva”. A tática seria idiota porque, “em vez de desviar o foco do julgamento do STF, alimenta o noticiário negativo do mensalão.”

O PT sempre sustentou a tese segundo a qual não houve em 2005 mesada a congressistas, mas caixa dois de campanha. Embora o Ministério Público tenha demonstrado o contrário, a versão vem servindo às conveniências da legenda. “Daí a dizer que não existiu problema, que foi tudo uma farsa, vai uma distância grande. Ofende a opinião pública”, disse um entrevistado.

“O local para discutir o mensalão é o Supremo”, declarou outro. “Quem foi acusado que se defenda.” “Nada disso foi discutido nesses termos”, queixou-se um senador. “Foi tudo feito meio de afogadilho. Nós, do Senado, não pensávamos em CPI. Começaram a falar nisso depois que o Supremo negou o envio de cópia do inquérito da Operação Monte Carlo ao Congresso.” Prosseguiu: “A rigor, não precisamos de cópia do processo para fazer o que tem que ser feito. Já há elementos para cassar o Demóstenes [Torres]. Ele mentiu no plenário. No mais, sempre dissemos que denúncias já investigadas pela PF dispensam CPI. Por que mudar esse entendimento numa hora em que o governo precisa de calma?”

Ouça-se outro senador petista: “Tem gente dizendo que tem que pegar o Marconi Perillo [governador tucano de Goiás, que diz ter avisado Lula, em 2005, sobre a existência do mensalão]. Eu pergunto: E o Agnelo [Queiroz, governador petista do DF], o que fazemos com ele?” Acrescentou: “Outros dizem que tem que pegar a imprensa, que aparece nos grampos do Cachoeira. Eu pergunto: isso vai passar uma borracha sobre o conteúdo da denúncia do mensalão, vai modificar o juízo dos ministros do Supremo? O partido precisa virar essa página.”

Como se vê, Rui Falcão talvez devesse desperdiçar um naco do seu tempo ouvindo “a bancada do PT na Câmara e no Senado”, essa que ele diz defender “uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão”. Os insatisfeitos, por ora, são poucos. Não tomarão tanto tempo. Aos repórteres, os petistas insatisfeitos falam sob a condição do anonimato. Entre quatro paredes, não haverão de sonegar suas opiniões ao presidente da legenda.

Mas, afinal de contas, o que quer essa gente? É simples! Roubar dinheiro público sem ser incomodada por ninguém. E só resta assegurar: continuarão a ser incomodados enquanto o Brasil for uma democracia!