Produtores rurais do Mato Grosso do
Sul: eles não escondem a cara nem usam máscara. Quem trabalha não se esconde
Produtores
rurais organizaram protesto em nove estados nesta sexta contra a indústria das
invasões indígenas: Roraima, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia,
Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Reproduzo,
abaixo, texto publicado no site da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e
Pecuária do Brasil). Tentei, juro, ter como referência as reportagens dos
veículos de comunicações que decidiram cobrir os eventos. Impossível! Os textos
estão recheados de preconceito contra quem trabalha.
E
não custa notar: protesto de quem produz e recolhe impostos é raro no
país, não é? Nos últimos tempos, quanto mais vagabundo, improdutivo e
subsidiado é o sujeito, mais cheio de razão ele se mostra, não é mesmo? Os
inúteis se tornaram os donos da cultura da reclamação no Brasil. Segue texto da
CNA.
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“Vamos reconstruir cada caibro, cada tijolo, cada pedaço de chão das propriedades destruídas em Mato Grosso do Sul. Reconstruiremos por que aquela área é nossa e produz riquezas”. A fala do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Sistema FAMASUL), Eduardo Riedel, deu o tom dos discursos durante a movimentação “Onde tem Justiça, tem espaço para todos”, realizada em Nova Alvorada do Sul (MS) e, simultaneamente, em outros sete estados brasileiros, nessa sexta-feira (14). Organizada pela FAMASUL e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a manifestação pediu segurança jurídica ao produtor rural e paz no campo.
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“Vamos reconstruir cada caibro, cada tijolo, cada pedaço de chão das propriedades destruídas em Mato Grosso do Sul. Reconstruiremos por que aquela área é nossa e produz riquezas”. A fala do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Sistema FAMASUL), Eduardo Riedel, deu o tom dos discursos durante a movimentação “Onde tem Justiça, tem espaço para todos”, realizada em Nova Alvorada do Sul (MS) e, simultaneamente, em outros sete estados brasileiros, nessa sexta-feira (14). Organizada pela FAMASUL e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a manifestação pediu segurança jurídica ao produtor rural e paz no campo.
Mais
de cinco mil produtores rurais se reuniram na movimentação sul-mato-grossense.
A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, participou da manifestação e foi
aplaudida pelos produtores ao defender a compra de propriedades para a
ampliação de áreas indígenas.
“Temos que dizer compra de fazenda e não
indenização. E compra de fazenda de produtor rural que quiser vender”,
defendeu. Kátia Abreu deu ênfase à violência com que os produtores rurais têm
sido retirados de suas casas durante as invasões. Mato Grosso do Sul tem 66
propriedades invadidas. “Se os índios foram injustiçados, hoje os injustiçados
somos nós”, afirmou a senadora.
Produtores
e lideranças rurais do Paraná, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo participaram
da manifestação em Mato Grosso do Sul. Do Paraná, houve deslocamento de uma
comitiva de 15 ônibus, com 650 produtores. O ato pacífico tem objetivo de
chamar atenção da sociedade e do poder público sobre a falta de segurança
jurídica. Sem interromper o trânsito, os manifestantes distribuíram aos
motoristas, material informativo, adesivos e envelopes com sementes de
hortaliças.
“Estamos
aqui para a sociedade ouvir o pedido de socorro do produtor rural”, afirmou
Riedel. Ao fazer referência às fazendas incendiadas pelos indígenas, o
dirigente justificou que quem produz também tem história na região. “Vamos
valorizar a história e a origem de quem foi prejudicado. Não é justo expulsar
20 mil produtores como ocorreu no Maranhão. Não vamos sossegar enquanto houver
uma propriedade invadida em MS“, disse.
Deputados
estaduais, federais e senadores discursaram durante a mobilização com
afirmações sobre a busca de solução em reuniões semanais com representantes do
Congresso Nacional, Assembleia Legislativa e Ministérios da Casa Civil e da
Justiça.
Por Reinaldo Azevedo