quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Velho hábito


Corrida por internações de crack surpreende São Paulo

Gustavo Uribe e Marcelle Ribeiro, O Globo 

O programa do governo de São Paulo para acelerar as internações compulsórias de usuários de droga tem esbarrado na burocracia do próprio governo estadual e na incapacidade para dar conta do número de pessoas que procuram ajuda para parentes e amigos. 

O governo estadual anunciou dispor de 691 leitos para a internação de usuários de drogas, dos quais 360 estão na capital paulista, mas a disponibilidade dessas vagas não é imediata. 

Na madrugada de segunda-feira, no primeiro dia da iniciativa estadual, os dez leitos temporários disponíveis no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) já estavam preenchidos. 

 Nesta terça-feira, membros do anexo do Poder Judiciário, instalado no centro de referência, reclamavam da falta de leitos temporários para a internação de novos dependentes químicos que chegaram ao local. A burocracia em disponibilizar vagas em clínicas de reabilitação, o que poderia desafogar os leitos temporários no centro de referência, também foi alvo de críticas.

Estão demonstrando que, apesar das críticas da imprensa lulopetista, as coisas funcionam, não é mesmo?

Nada muda no Carandiru


Renan já negocia cargos com Collor, Blairo Maggi e Romero Jucá


Fernanda Krakovics e Cristiane Jungblut, O Globo

O provável futuro presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda nem oficializou sua candidatura à sucessão de José Sarney (PMDB-AP), mas já costurou acordos para a formação de um chapão: além dos cargos da Mesa Diretora da Casa, inclui ainda negociação de indicações para as comissões mais importantes.

Os cargos são ocupados proporcionalmente, com base no tamanho das bancadas. Nessa costura, já está certo, por exemplo, que o eterno ex-líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) será reabilitado com um cargo na Mesa.

E que o senador Fernando Collor (PTB-AL), seu conterrâneo, comandará a poderosa comissão de Infraestrutura, hoje com o PSDB. Já o senador Blairo Maggi (PR-MT), ganhador em 2005 do troféu “motosserra de ouro”, do Greenpeace, — mas depois redimido pelos ambientalistas — vai para a Comissão do Meio Ambiente.

Gurgel segura inquérito contra Renan há 2 anos. Então você é o culpado desta praga retornar....

Em 2007, quando renunciou à presidência do Senado para salvar o mandato de senador, Renan Calheiros tornou-se protagonista de um inquérito. Envolve a suspeita de uso de papéis frios para simular renda. Repassado há dois anos ao procurador-geral da República Roberto Gurgel, o processo estacionou. 

O chefe do Ministério Público Federal nem apresentou denúncia nem arquivou o caso. Por quê? Gurgel mandou a assessoria dizer que o inquérito é gordo (43 volumes) e seu tempo, tomado pelo julgamento do mensalão, era magro. Agora, mais liberado, diz que decidirá o que fazer “nos próximos dias”. 

Não é a primeira vez que Gurgel senta em cima de processo rumoroso. Reteve por três anos a Operação Vegas, na qual a voz de Demóstenes Torres soara pela primeira vez nos grampos da PF. Só se mexeu depois que foram penduradas nas manchetes as escutas da Monte Carlo, a segunda operação aberta contra Carlinhos Cachoeira e os sócios do ‘clube Nextel’. 

Se tiver algo a informar ao STF contra Renan, é bom que Gurgel fale logo. Do contrário, pode casar-se com uma encrenca. Dentro de nove dias, o plenário do Senado se reúne para escolher o substituto de José Sarney. Sem dizer que é candidato, Renan é tido como favorito até pelas carpas que nadam no espelho d’água cavado defronte do prédio de Niemeyer. 

Há cinco anos, Renan abdicou do trono do Senado depois que se descobriu que um lobista da empreiteira Mendes Júnior repassava R$ 12 mil por mês à jornalista Mônica Veloso, com que o senador tivera uma filha. No esforço para provar-se inocente, Renan alegou que dispunha de renda para bancar a pensão da ex-amante. 

Levou à vitrine um papelório que supostamente atestaria a venda de cabeças de gado. Em relatório da época, a PF apontara indícios de inidoneidade dos documentos. Sem o título de presidente, Renan reteve o mandato. Mas a investigação policial seguiu seu curso… Súbito, sobreveio o dique de Gurgel. O doutor ainda não se deu conta. Mas seu tempo não passa. Já passou.

A mistura do Movimento Antimanicomial com a Teologia da Crueldade. Quem se ferra é o miserável!

Entidades as mais diversas, sob o guarda-chuva de um conceito, o “Movimento Antimanicomial”, conseguiram acabar com os hospitais psiquiátricos para pobres no Brasil. Essa é mais uma razão por que os desgraçados ficam vagando por aí. 

Mas os discípulos de Foucault estão com a consciência tranquila. Julgam ter aplicado tudo o que aprenderam ao ler “O Nascimento da Clínica” e “Vigiar e Punir”. Foucault, ele mesmo, coitado!, não conseguia controlar nem seus impulsos mais primitivos… 

Sim, meus caros, os ricos continuaram a ter direito a atendimento e internação em clínicas privadas. Note-se: é claro que os hospitais psiquiátricos eram verdadeiras casas de horror, como são muitos dos presídios. Fazer o quê? Extingui-los também? 

Em vez de se exigir que os hospitais psiquiátricos tratassem adequadamente os pacientes, pregou-se pura e simplesmente a sua extinção em nome da “cidadania” e dos “direitos” do doente mental. Reitero: essa gente obteve uma vitória política e não perguntou, em seguida, o que a dona Maria do Capão Redondo ou de Guaianazes faria com o seu doente

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Políticos: São empregados do povo!

No Brasil, é moda idolatrar o governante. 

Lula virou um mito, pois seus adoradores o colocaram em um patamar de super-herói. 

É sintoma de falta de cultura de um país. Políticos não devem ser idolatrados, mas sim cobrados, questionados e criticados em suas ações. São eleitos para nos representarem e fazerem o que deve ser feito. 

Aplausos quando acertam e vaias quando erram. 

Chega de colocarem estes "seres" como superiores a nós mesmos. Vejam que eles são nossos EMPREGADOS e não ao contrário!

Lula mete o pé na porta de Dilma e anuncia golpe; chefão do PT exige o controle da base aliada e quer presidente como mera gerentona de novo. Ela vai aceitar o papel subalterno?

Um prepotente desocupado num ambiente doméstico ruim é a morada do capeta. O sujeito começa a cultivar ideias estranhas. É o caso de Luiz Inácio Lula da Silva, que deve andar tomando umas sovas de pau de macarrão de Marisa Letícia desde que explodiu o “Rosegate”. Consta que a ex-primeira-dama, e parece bastante razoável, não gostou de tudo o que a imprensa andou publicando a respeito das relações do marido com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha. E parece que gostou menos ainda do que a imprensa não andou publicando… O caso, com todos os seus aspectos, vamos dizer, fesceninos, é um emblema da arrogância de Lula e da sem-cerimônia com que ele mete os pés pelas mãos, não reconhecendo fronteiras entre o público e o privado, o decoroso e o indecoroso, o devido e o indevido para um, então, presidente da República. E ele não se emenda. E ele não aprende. Ontem, o Babalorixá de Banânia liderou um seminário sobre integração latino-americana, a que compareceram expoentes do governo Dilma, como o ministro megalonanico Celso Amorim (Defesa) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Já seria despropósito bastante não fosse Lula quem é. A turma foi além e anunciou, sem nenhuma cerimônia, que Dilma, eleita pelo povo, foi expropriada de algumas de suas funções. Lula, o desocupado, decidiu inaugurar um novo regime de governo no país, que a gente poderia chamar de “Lulismo mitigado”. 

Em que consistiria esse regime, ao menos segundo o que foi anunciado neta segunda, como se fosse coisa corriqueira? Lula seria o coordenador político da base aliada e quem se encarregaria de todas as negociações com o Congresso. Na prática, passaria a ser o verdadeiro presidente da República, uma vez que as prioridades de um governo se definem é nesse ambiente. Dilma voltaria a ser, assim, apenas a gerentona, aquela que se encarrega das tarefas executivas. O noticiário político, mais uma vez, voltaria a girar em torno do “homem”, do “mito”… 

O “anúncio” foi feito sem nenhuma cerimônia por Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e um dos chefões do Instituto Lula: “Lula vai jogar toda sua energia para a manutenção e a consolidação da aliança. Fazer uma agenda de conversas, ver quais são as questões, onde estão as disputas, como fazer para compor as forças”. Ora, algo com essa importância requereria uma comunicação formal da própria Presidência da República; teria de ser feito necessariamente no ambiente do próprio governo, não num seminário liderado por um chefe de facção, ainda que estivessem presentes expoentes do primeiro escalão. 

Entendam bem o que está em curso, ainda que a própria Dilma venha a público, a reboque dos fatos, para negá-lo: Lula está usando a força do seu partido e as interlocuções que mantém na base aliada para usurpar uma parcela de poder de Dilma. Luiz Dulci, outro ex-ministro e diretor do instituto emendou: “Ele [Lula] tem um papel político a cumprir na constituição da nossa base política e social para 2014″. Eis o homem que anunciou que seria um ex-presidente como nunca se viu na história destepaiz… 

Lula não se conforma com a condição de ex-presidente da República. Só sabe ser chefe. Estava certo de que Dilma declinaria da disputa pela reeleição em seu favor. Achava e acha que ela lhe deve isso; que o protagonismo exercido até aqui já está de bom tamanho. Mais dois anos, e seria a hora da volta triunfal do Senhor das Esferas… Mas ela tomou gosto pela cadeira, conta com a aprovação da maioria dos brasileiros (e pouco importa se isso é justificado ou não) e é franca favorita na disputa de 2014. Tudo como Lula NÃO queria. 

“Pô, Reinaldo, esse não pode ser um movimento combinado com Dilma?” Se esse absurdo prosperar, restará a ela dizer que sim, mas a resposta certa é uma só: “É claro que não houve combinação nenhuma”, ou o anúncio teria se dado de outra forma. O que os lulistas fizeram ontem foi meter o pé da porta de Dilma e dar um chega pra lá. Já que ela não abre mão da reeleição, terá de devolver a Lula o controle político do país. 

É um momento delicado pra Dilma. É certo que ela governou nestes dois anos atendendo a muitos dos pleitos petistas. Mantém no governo alguns espiões de Lula e está ciente disso. Embora não seja uma figura importante ou querida no partido, comunga das ideias gerais do petismo e coisa e tal. É, sim, fiel a Lula, mas não foi mero títere do antecessor. Governou também com ideias próprias, não necessariamente boas — mas esses são outros quinhentos. 

Lula se cansou dessa realidade e quer de volta o que acha que é seu por merecimento e direito divino: o comando político do país. A reivindicação atende a demandas rasas e profundas do seu caráter. Não concebe o país com outro governante que não ele próprio, enquanto vivo for. Considera-se, de fato, um iluminado e um evento único na história da humanidade. Essa é a dimensão profunda. Nas questões mais à flor da pele, está o seu inconformismo com o Rosegate, que já o fez dormir no sofá algumas vezes — e não no de sua casa… Ele acha que Dilma fez muito pouco para preservá-lo do que considera a maior fonte de desgaste pessoal desde que faz política. O que esperava? Não sei! Não custa lembrar que ele se opôs pessoalmente à demissão de todos os ministros flagrados com a boca na botija. 

Dilma enfrenta a partir de agora o momento mais difícil de seu governo. Conforme o previsto, quem a está deixando em maus lençóis não é a oposição, mas Lula, talhado, desde sempre, para ser o maior desafio da presidente. 

Dilma pode mobilizar a sua turma nessa terça e fazer esse troço recuar, jogando tudo na conta de um mal-entendido. A imprensa, como de hábito, pode ser acusada de distorcer as falas dos petistas e coisa e tal. Mas Dilma também pode se intimidar e deixar a coisa fluir por medo do PT. Nesse caso, seu governou começou a acabar ontem. Ainda que seja reeleita em 2014, ficará mais quatro anos sendo apenas tolerada na gerência. 

Por Reinaldo Azevedo

Processo contra Sandro Mabel por golpe em pagamentos irá ao Supremo

Carolina Brígido, O Globo

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, enviou para o Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito no qual o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO, foto abaixo) é investigado por participar do chamado golpe da creche, que consistia em fraudes no pagamento de auxílio-creche e vale-transporte da Câmara e também na contratação de servidores fantasmas. 

“Constam nestes autos muitos elementos probatórios que dão conta da participação do deputado federal Sandro Mabel em formação de quadrilha, falsidade e estelionato”, escreveu o juiz. Atualmente, Mabel disputa a liderança do PMDB na Câmara dos Deputados. 

O caso começou a ser investigado em 2009 pela Polícia Legislativa. Depois, foi repassado à Justiça Federal. Como havia indícios contra parlamentar, as investigações devem ser conduzidas agora pelo STF. Conforme a Constituição Federal, o STF é foro indicado para processar e julgar membros do Congresso Nacional. O deputado já responde a outro inquérito no STF, por estelionato. O caso tramita em segredo de justiça.

Não sei quem foi o autor, mas é válido chamar a Câmara dos Deputados de Carandiru, tal é o montante de gente enrolada na Justiça....

Pena que não acabam presos e tendo que devolver a grana pilhada...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lula é eleito por internautas o político mais corrupto de 2012

Terra 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi escolhido neste domingo como o político mais corrupto de 2012 em uma enquete online realizada no Facebook. Lula recebeu 65,69% dos votos, totalizando 14.547 pessoas. 

O Troféu Algemas de Ouro - promovido pelo Movimento 31 de Julho, um grupo anticorrupção - chegou este ano à sua segunda edição propondo uma lista de 10 candidatos. A edição anterior foi vencida pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). 

Em segundo lugar na enquete, com 21,82% dos votos, ficou o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO), envolvido no esquema criminoso chefiado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O terceiro colocado foi o o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com 4,55% dos votos.

Pois é....a população elege-o como o mais corrupto, mas o MP, a Justiça, não consegue fazer nada contra ele... Porque será?

E  a oposição? Bem, isto não existe neste país!

Figueiredo estava certo!

As razões de Figueiredo

O empresário Ciro Batelli, veterano batalhador pela legalização do jogo no Brasil, certa vez encontrou o então presidente João Figueiredo no hotel Cad’Oro, em São Paulo.

O general colocou o braço sobre o seu ombro para dar uma explicação e fazer uma confissão:

- Tenho te visto dando dignidade ao que defendes. Não sou contra cassinos. Os milicos não ganham tanto quanto dizem, por isso nunca entrei num cassino. Sou contra por comodidade. Se aprovar, vou ter que dar 419 cassinos para os 419 f.d.p. da Câmara dos Deputados! Por isso sou contra.

Atualmente a Câmara tem 513 Deputados.

Casos de estupro aumentam 157%

O Ministério da Saúde divulgou nesta semana um estudo onde revela um aumento nos casos de estupro no país. O documento foi baseado em dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e mostra que, só entre janeiro e junho do ano passado, pelo menos 5.312 pessoas sofreram algum tipo de violência sexual. Trata-se de uma queda de 28% quando comparado com 2011, mas um aumento de 54% em relação ao mesmo período de 2009. Segundo a pasta, a estatística inclui os casos de estupro, assédio sexual, atentado violento ao pudor, pornografia infantil, exploração sexual e outros crimes sexuais. A cada dez casos registrados, 8,5 são contra mulheres. No caso específico de estupros, de 2009 a 2012, o aumento foi de 157%.

A nova elite do congresso do PMDB e do PT, por Elio Gaspari

Elio Gaspari, O Globo 

Senadores e deputados devem refletir sobre a seleção que vem sendo escalada para dirigir o Congresso e ocupar cargos relevantes no plenário. A cúpula do Parlamento tem algo como 20 posições de destaque, que refletem a essência da liderança das duas Casas. 

Sempre houve casos esparsos, e graves, em que foram escolhidos parlamentares com mais prontuário que biografia. Jamais se chegou ao que se está armando agora. 

Para a presidência do Senado, o favorito é Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele já esteve nessa cadeira (ocupada pelo padre Diogo Feijó) e em 2007 renunciou porque foi revelada uma rede de relações perigosas na qual a empreiteira Mendes Júnior pagava as despesas da namorada com quem tivera uma filha. 

O episódio valeu à senhora a oportunidade de posar para um ensaio de J.R. Duran na revista “Playboy”. 

Para a presidência da Câmara, já ocupada por Ulysses Guimarães, o favorito é o deputado Henrique Alves (PMDB-RN). Mantinha em sua assessoria (paga pela Viúva) o sócio da empresa Bonacci Engenharia, que recebeu R$ 6 milhões em verbas federais direcionadas para obras em 20 municípios do Rio Grande do Norte governados por correligionários. 

Na sede da empresa o repórter Leandro Colon encontrou o bode Galeguinho. 

Para a vice-presidência da Câmara, a bancada do PT escolheu o deputado André Vargas. Há poucos dias, quando o ex-governador gaúcho Olívio Dutra disse que José Genoino deveria renunciar ao mandato, Vargas exibiu a ética do PT 2.0: “Quando ele passou pelos problemas da CPI do Jogo do Bicho, teve a compreensão de todo mundo. (...) Ele já passou por muitos problemas, né?". 

Para a liderança da bancada do PMDB de Calheiros e Alves, exercida em outros tempos por Mario Covas, o favorito é o deputado Eduardo Cunha (RJ).