quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Política: a arte de enganar os trouxas

Senhoras e senhores
Tínhamos no Paraná, a figura de um grande combatente da oposição. Com discursos ácidos e denunciativos, Álvaro Dias estava se firmando como um grande oposicionista.
Acontece que, no dia de um comício do Lula no Paraná, Álvaro declarou seu voto na coligação PDT-PT.
Está apoiando Osmar Dias (irmão), Requião, Gleisi do PT e etc.
Perdeu a confiança do povo. Discursos vazios, que são desditos pela prática.
Fala mal do petismo num dia, lá na tribuna do Senado Federal, mas no outro, abraça os mesmos que eram criticados.
Uma pena.
Como sói acontecer, acabou de vez a oposição neste país.
Reinaldo Azevedo estava certíssimo quando falou que existiria o Partido Único.
Por mais que justifique que está apoiando o irmão, deveria tê-lo feito no início da campanha, e não esperar o comício do Presidente.
Perdeu a chance de se mostrar coerente, Senador.
O Paraná irá lembrar disto em breve. Como tem gravado em sua memória os atos que o senhor toma. Totalmente incoerente!
E, só para informar aos que aqui acessam, já estou bloqueado no blog do senador.
Deve ser vingança pela crítica, o que o senador não aguenta ouvir.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA - Personalidades lançam manifesto em defesa da democracia, do estado de direito e da liberdade de imprensa

Brasileiros das mais diversas áreas lançam nesta quarta, às 12h, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, um manifesto em defesa da democracia, do estado de direito, da liberdade de imprensa e dos direitos individuais. Trata-se de um movimento apartidário. Entre os signatários iniciais do documento estão o jurista Helio Bicudo, o historiador Marco Antonio Villa, o poeta Ferreira Gullar, os atores Carlos Vereza e Mauro Mendonça, os professores José Arthur Gianotti e Leôncio Martins Rodrigues e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso.

Abaixo, segue a íntegra do documento. Um bom exercício é confrontar o seu conteúdo com o manifesto que o PT e sindicalistas estão divulgando contra a liberdade de imprensa. De um lado, a civilização democrática; de outro, o flerte bom a barbárie ditatorial.

Leiam e divulgue. Creio que o documento será tornado público para receber adesões:

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.

Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático.

Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.

É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia.

Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.

É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.

Associação de editores de revistas vê com preocupação ataques de Lula à imprensa

No Estadão:

O presidente da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner), Roberto Muylaert, disse ver com “extrema preocupação” as críticas feitas à imprensa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sábado, durante comício em Campinas.

“Vemos isso como um prelúdio, uma amostra do que pode acontecer no próximo governo em termos de liberdades democráticas, já que a liberdade de imprensa é a grande garantia de todas as demais”, disse Muylaert, referindo-se a um eventual governo de Dilma Rousseff (PT).

No sábado, em evento de campanha de Dilma, Lula disse que alguns jornais e revistas se comportam como partido político. “Outra vez nós vamos derrotar nossos adversários tucanos, vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem um partido político”, declarou.


Para o dirigente da Aner, as manifestações de Lula vão além dos “excessos de toda natureza” que são esperados em uma corrida eleitoral. “Aparentemente, a popularidade crescente do presidente da República está fazendo com que ele perca qualquer tipo de autocensura.”


O ataque do presidente coincidiu com um uma série de reportagens a respeito de tráfico de influência e irregularidades praticadas por funcionários ligados à Casa Civil. “Existe uma revista que não lembro o nome dela (sic). Ela destila ódio e mentira”, afirmou Lula, em referência indireta à revista Veja.

No discurso, o presidente afirmou ainda que “eles não se conformam” com o suposto fato de que “o pobre não aceita mais o tal do formador de opinião pública”. “Nós somos a opinião pública e nós mesmos nos formamos.”

A Aner se uniu a outras entidades que já haviam criticado as manifestações de Lula no fim de semana.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcanti, definiu a atitude como “um desserviço à Constituição e ao Brasil”.

Em nota, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) considerou “lamentável e preocupante que o presidente da República se aproxime do final de seu segundo mandato manifestando desconhecimento em relação ao papel da imprensa nas sociedades democráticas”.

Caudilho

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista publicada no Estado de domingo:
“Achei que (Lula) fosse mais inovador, capaz de deixar uma herança política democrática, mostrando que o sentimento popular, a incorporação da massa à política e a incorporação social podem conviver com a democracia, não pensar que isso só pode ser feito por caudilhos como Perón, Chávez, etc. (…) Mas Lula está a todo instante desprezando o componente democrático para ficar na posição de caudilho.”
Certíssimo. Pode-se odiar FHC, mas neste ponto, ele acertou.

Déficit em conta corrente vai a US$ 60 bi, estima BC

Em 2011, o déficit em transações correntes atingirá a casa dos US$ 60 bilhões. Maior do que os US$ 49 bilhões previstos para 2010.

Em relação ao PIB, o déficit vai de 2,49% neste ano para 2,78% no ano que vem. São dados do Banco Central. Vieram à luz nesta terça.

Divulgou-os o Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC. "O cescimento do déficit é gradual, não é explosivo", disse ele.

Em termos nominais, o buraco de US$ 60 bilhões é recorde. Porém, Altamir lembrou que, como proporção do PIB, a cifra é inferior a outras já anotadas no passado.

Segundo ele, o Brasil já amargou déficits em conta corrente de até 6% do PIB. Seja como for, as cifras vão à mesa do próximo presidente com a cara de problema.

Caso Erenice - Piloto confirma propina a Israel Guerra

Jailton de Carvalho, O Globo

O piloto de motovelocidade Luís Corsini confirmou a amigos que pagou propina a Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, para receber um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobras em 2008.

A estatal era uma das áreas de maior influência da ex-ministra. Insistente e desinibido, Israel cobrou pagamento até numa conversa com Ana Veloso Corsini, irmã do piloto, no autódromo em Brasília.

- Ele foi lá pressionar minha irmã porque o dinheiro saiu pingado. Demorou para sair a segunda parte. Ninguém aguentava o cara no vácuo da gente - disse Corsini a um amigo.

Ana teria reagido à pressão e até acusou Israel de estar cometendo crime de extorsão. Mas as queixas de nada adiantaram. O lobista teria insistido até receber o dinheiro. Ana diz que foram pagos R$ 24 mil em espécie e R$ 16 mil em cheque.

O patrocínio foi liberado em duas parcelas de R$ 100 mil. Uma em julho e a outra em agosto de 2008.

Os pagamentos da propina eram feitos logo depois da liberação do dinheiro. Ana diz que Israel exigia o pagamento alegando que tinha compromissos pessoais.

- Ele dizia : "Eu quero receber, se vira. Eu tenho que pagar os pedreiros" - afirmou Ana.

Ela conta que o pedido de patrocínio estava encalacrado. Corsini teria até recebido uma carta com o aviso de que o projeto não teria sido aprovado.

As negociações só deslancharam quando Israel, apresentado a Corsini por um amigo, decidiu encampar a proposta. A partir dali, o contrato teria sido aprovado em dez dias.

- Me dá isso aqui que minha mãe e minha tia resolvem isso - teria dito Israel.

A tia mencionada por ele seria a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, à época ministra da Casa Civil.

A ex-ministra disse que desconhecia as atividades de Israel.

Na tarde de sábado, a Eletrobras negou qualquer irregularidade no contrato com Corsini . Mas, nesta segunda-feira, decidiu desarquivar o processo para analisar as contas.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse ignorar a informação de que Israel Guerra cobrou R$ 40 mil para conseguir o patrocínio da Eletrobras para Corsini. Segundo o ministro, a denúncia será apurada.

- Qualquer denúncia, vamos apurar com rigor e não há possibilidade de esse tipo de conduta para conquistar apoio para atleta, competição, clube, evento ou coisa que o valha.