quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal


Um ótimo Natal e um excelente 2010 a todos os leitores deste espaço.

Uma experiência socialista

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca repetiu um só aluno antes mas tinha, uma vez, repetido uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo.' O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas em testes."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas.' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A...
Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam Bs. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média dos testes foi D.

Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um F.

As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.

Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

domingo, 20 de dezembro de 2009

Enquanto isso, na política...


A uma certa instituição de ensino...

Do poder da fala ao retorno de tempos sombrios

Somos conhecedores de que em épocas democráticas e também de livre acesso à informação, aquilo que se fala é a expressão do saber humano, e deve ser preservada e estimulada, até para garantirmos o pleno exercício do Estado Democrático de Direito.
Quando os pensamentos expressam o contraditório à razão dominante, ansiamos respeito e consideração.
Enquanto alunos e, sobretudo, alunos de uma faculdade de DIREITO, onde a aprendizagem promove o pensamento crítico, consciente e benfazejo do sentimento de “justiça”, temos o dever de não calarmos às arbitrariedades, às demandas injustas, aos desmandos e às incoerências.
Em que pese estas considerações, em vários momentos, percebemos que os que ousam ter voz, estabelecer contrapontos ao entendimento dominante, são tidos como “elementos subversivos”, contrários ao status quo, que devem ser calados e severamente repreendidos.
Acadêmicos que divergem da opinião de determinados mestres, que discordam do ensinamento errôneo que lhes é transmitido, são universitários que devem ser neutralizados, nem que haja reprovações absurdas, perseguições infantis e imaturas e, principalmente, proibição de acesso às coordenações, à ouvidoria e à reitoria. Sua voz se torna rouca, sem eco e reverberação. Torna-se um “nada”, um sujeito sem capacidade.
Ora - direis, como tão bem expressou Belchior, nada é eterno!
A nossa caminhada se encarrega, mesmo depois de alguns anos, de provar as situações. São muitos os exemplos de professores ignóbeis que tiveram que se deparar com aquele “nada” dos bancos acadêmicos em posições elevadas, como juízes, promotores, dentre outros.
Não obstante, alguns insistem em praticar uma das mais torpes atitudes humanas: calar a voz do outro! E o fazem com absoluta consciência e clareza, maquiando sua conduta com a suposta boa-fé. Até parece que não acreditam naquilo que ensinam nos bancos escolares...
Como diria Brecht em “A indiferença”, com ligeira adaptação:


Primeiro levaram a verdade,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns conhecimentos,
Mas a mim não me afetou
Porque eu não sou sábio.
Depois prenderam a justiça,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui defensor da mesma.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns colegas, mas como
Nunca fui amigo, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Com algumas ações daqueles que se dizem professores, a liberdade de expressão, insculpida em nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL, vai sendo afrontada e ridicularizada. Espero que a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA não seja maculada por atitudes obscuras, torpes, sem sentido.
É através de pequenas ações que, praticadas diariamente, vão minando a crítica, a capacidade de manifestação e o processo de construção do saber. Torço para que, nesta Faculdade, isso não se torne banal, a ponto de produzir indivíduos medíocres, verdadeiros reprodutores de conceitos e pensamentos tolos.

A verdadeira ressocialização