sábado, 9 de agosto de 2008

Notícia alvissareira

O Ministério Público Federal em Minas Gerais informou nesta sexta-feira (8) que ofereceu denúncia contra o empresário Marcos Valério por sonegação de impostos entre os anos de 2003 e 2004. Também foram denunciados a esposa de Valério e dois sócios dele na agência de publicidade SMP&B.

Notícia boa essa. Até que enfim o "operador" foi denunciado em alguma coisa. Será que ele vai sofrer alguma punição desta vez?

É preciso acabar com a impunidade!

Algemas em público

Por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, em primeiro turno, o projeto de lei que regulamenta o uso de algemas em todo o território nacional. A matéria será apreciada em segundo turno pela CCJ na próxima semana. O tema voltou à tona após o episódio em que a Polícia Federal (PF) utilizou algemas para prender o banqueiro Daniel Dantas, investigado pela Operação Satiagraha.

"Quando criei o projeto era para evitar que o pobre fosse humilhado. Sei que os abusos são cometidos especialmente contra os mais pobres. Com essa nova clientela de colarinho branco, isso sensibilizou muita gente e o projeto voltou a ser apreciado depois de quatro anos", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), autor do projeto.

A partir da proposta, as algemas somente poderão ser empregadas caso o preso em flagrante delito ofereça resistência ou tente fugir; em circunstâncias excepcionais, quando o policial julgar indispensável o uso de algemas; ou ainda quando não houver outros meios idôneos para realizar a prisão. Segundo Demóstenes, as novas regras atingiriam, por exemplo, casos como do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que fugiu do Brasil após ser condenado pela Justiça brasileira.

A matéria foi aprovada após o relator substituto, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), acolher cinco emendas, sendo três do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e outras duas assinadas pela relatoria. Entre as emendas, Mercadante propôs acrescentar entre os possíveis usos de algemas as situações “que coloquem em risco atual ou iminente a integridade física dos agentes públicos responsáveis pela diligência”.

“Temos tido vários abusos no uso de algemas. O cidadão acaba sendo punido sem que haja julgamento”, defendeu Mercadante.

Fica configurado abuso de autoridade e expressamente vedado o uso de algemas como forma de sanção ou quando o investigado ou acusado, de forma espontânea, se apresentar à autoridade administrativa ou judiciária.

Pela primeira vez no ordenamento jurídico brasileiro, o uso de algemas poderá ser regulamentado. Desde 1984, a lei de Execução Penal (Lei 7210) prevê que o Executivo regulamente o assunto por meio de decreto presidencial. A falta de previsão legal por parte do Executivo levou o Congresso a legislar sobre o tema. O projeto ficou parado na Casa por quatro anos.

É assim. Mas vamos ver como irão se pomportar os chefões do narcotráfico, os mandantes do PCC e por aí afora. Irão exigir também o cumprimento da Lei?

Até que enfim!

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) propôs ação de improbidade administrativa contra a ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, por uso indevido do cartão corporativo. A ação também pede a devolução de cerca de R$ 160 mil aos cofres públicos. O MPF alega que o cartão foi usado para despesas que deveriam ter sido licitadas, como locação de veículos e hospedagem. Os gastos ocorreram entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007. A ação foi entregue à Justiça no dia 31 de julho, e será julgada pela 16ª Vara da Justiça Federal no DF.

Até que enfim alguém tem a coragem de propor uma ação contra àqueles que usam o dinheiro público de forma errônea e imoral.

Aniversário violento

Do blog Documento reservado


Ao completar dois anos, a Lei Maria da Penha, que joga duro contra os agressores de mulheres, comemora aniversário com um triste índice. Aumentou mais de 100% o número de denúncias de agressões a mulheres no Brasil em comparação com igual período do ano passado. São números assustadores: De janeiro a junho de 2008 foram feitos 121.891 registros contra 58.417 em 2007.

Os dados, divulgados ontem pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, mostram que os estados que mais atendem reclamações e denúncias de agressões são Distrito Federal, São Paulo, Pará e Goiás. 61,5% das mulheres informaram sofrer agressões diariamente e outras 17,8% são alvo toda semana de destratos. A maior parte das agressões (63,9%) são praticadas pelos próprios companheiros. Em 58,4% dos casos relatados, os agressores estavam bêbados ou eram usuários de drogas.