sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Imposto brasileiro subsidia passagens aéreas para o exterior

El País

Nunca os brasileiros gastaram tanto no exterior como no ano passado. Foram desembolsados 25,3 bilhões de dólares, quase 15% a mais que em 2012. A renda e o emprego ajudam a explicar esse fenômeno. Mas também os preços mais atraentes de produtos e serviços fora do país, e que fazem com que a Flórida, nos Estados Unidos, siga entre os destinos mais procurados, mesmo com a alta recente do dólar.

Essa disparidade nos valores já começa, inclusive, na hora de comprar as passagens aéreas, graças a uma carga tributária regional e única no Brasil que acaba subsidiando os voos internacionais. Trata-se de um “colonialismo tributário”.

A expressão foi cunhada pelo próprio ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência, Moreira Franco. Em entrevista por telefone ao EL PAÍS, ele afirma que o alto custo do turismo interno, que passa substancialmente pelo setor aéreo, faz com que o Brasil acabe subsidiando a transferência de recursos para o exterior.

“É uma postura colonial para a transferência de renda para a metrópole. Nós temos infelizmente uma estrutura tributária que penaliza muito os negócios e, sobretudo, o contribuinte”, completa.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Não é qualquer governo que produz estes resultados: é preciso ser muito ruim!

Convenham: não é qualquer governo que consegue produzir uma das taxas reais de juros mais altas do planeta (hoje, o Brasil deve estar em segundo lugar) e um crescimento abaixo de 2%, lutando bravamente para a inflação não sair do controle. E não custa lembrar que já está contratado: depois de 13 anos, o Brasil deverá ter déficit na balança comercial em 2014. Aliás, não fosse a contabilidade criativa de Guido Mantega — que fez uma mandracaria, computando como “exportação” plataformas da Petrobras que nunca saíram do país —, já teria havido um déficit de US$ 5,5 bilhões em 2013. Mas eles estão aí: reinventando o passado e senhores absolutos do futuro. Guido Mantega sabe como fazer. Se não for ele, há o risco de ser Aloizio Mercadante. Jesus! Leiam o que informa a VEJA.com.

Na VEJA.com:

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram de 1,90% para 1,79% a expectativa de crescimento da economia brasileira em 2014, de acordo com pesquisa semanal Focus divulgada nesta segunda-feira. Para 2015, a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou de 2,20% para 2,10%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 2,00% e 2,50%.

Já a projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2014 subiu de 5,89% para 5,93% – bem distante do centro da meta do governo, de 4,5%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 6,01%. Para 2015, a projeção segue em 5,70%. Há quatro semanas, estava em 5,60%. A previsão de inflação para os próximos 12 meses subiu de 6,00% para 6,05%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,98%.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de médio prazo segue em 5,86%. Para 2015, a previsão dos cinco analistas se manteve em 5,80%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 6,19% para 2014 e 6,00% para 2015. Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em fevereiro segue em 0,65%. Há quatro semanas, estava em 0,65%. Para março, a projeção segue em 0,50% há oito semanas.

Ainda que a expectativa de inflação tenha crescido, os economistas mantiveram inalteradas suas previsões quanto a taxa básica de juros da economia, a Selic. Os analistas ouvidos pelo BC esperam a Selic em 11,25% ao ano ao fim de 2014. Para 2015, a mediana segue em 12,00% ao ano. A taxa está hoje em 10,50% ao ano. A previsão para a taxa na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de fevereiro segue em 10,75% ao ano.

A previsão para a Selic média subiu de 10,94% para 10,97% ao ano para 2014 e de 11,75% para 11,79% para 2015. Há quatro semanas, estavam em 10,69% e 11,42% ao ano, respectivamente. No grupo Top 5 a previsão para a Selic no fim de 2014 segue em 11,75% ao ano. Para 2015, segue em 12,25% ao ano.

A projeção para o crescimento do setor industrial em 2014 segue em 1,93%. Para 2015, economistas preveem avanço industrial de 2,89%, ante 2,95% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 2,20% para 2014 e de 2,89% em 2015 para o setor. Os analistas reduziram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014 de 34,95% para 34,80%. Há quatro semanas, estava em 34,80%. Para 2015, segue em 35,00% há nove semanas.


Por Reinaldo Azevedo

Genoino: laudo de junta médica nega aposentadoria por invalidez

Paulo Celso Pereira e Isabel Braga, O Globo

Uma junta médica da Câmara entregou à direção da Casa parecer que recomendava a rejeição do pedido de aposentadoria por invalidez apresentado pelo ex-deputado José Genoino (PT-SP, foto abaixo).

A direção da Câmara confirmou ter recebido laudo na última sexta-feira, mas a junta médica teria voltado atrás nesta segunda-feira e pedido mais tempo para aguardar a chegada de novos exames realizados na semana passada.

A direção da Câmara sustentou que ainda não sabia do conteúdo do parecer médico apresentado pela junta na semana passada, mas servidores da Casa confirmaram que os peritos tinham mesmo feito uma recomendação de rejeição do pedido de Genoino, como noticiou o site Congresso em Foco.

Embora reconheça que Genoino tem limitações à saúde, a junta médica não as teria considerado suficientemente grandes para proporcionar a aposentadoria especial. Agora os médicos vão produzir um novo laudo incorporando nele o resultado de outros exames que o ex-deputado havia feito.