segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dívida externa do país aumenta 43% desde fim da crise

Por Gustavo Pau e Eduardo Cucolo, na Folha:

Passado o impacto mais agudo da crise internacional, a recuperação da economia brasileira provocou um efeito colateral ainda pouco comentado e compreendido: a alta mais acelerada da dívida externa desde o Plano Real. Ou, mais exatamente, desde que, em 1994, às vésperas do lançamento da atual moeda, foi fechado o acordo com os credores para normalizar os pagamentos e reabrir o mercado global de crédito para o governo brasileiro e para as empresas do país. Do final do ano retrasado para cá, a dívida externa conjunta de empresas, administrações públicas e famílias cresceu 43%. A taxa supera a expansão ao longo dos 15 anos anteriores, de 34%.

Se as consequências dessa escalada ainda não estão claras, as causas são fáceis de explicar: no mundo desenvolvido, as taxas de juros despencaram para reativar a produção e o consumo; no Brasil, os investimentos públicos e privados tiveram uma forte retomada.


JUROS ALTOS


O cenário criado após o terremoto financeiro de 2008-2009 estimulou bancos e empresas do setor produtivo a buscar empréstimos e financiamentos no mercado internacional para aplicar e investir no mercado doméstico -no qual a oferta de recursos é escassa e os juros são os mais altos do planeta. A dívida externa, que era de pouco menos de R$ 200 bilhões no final de 2009, chegou a R$ 284 bilhões em maio. A parcela privada da dívida, hoje equivalente a três quartos do total, cresceu R$ 87 bilhões, enquanto a parcela pública da dívida encolheu R$ 1 bilhão. Autor de um trabalho recente sobre o tema, o economista Julio Gomes de Almeida, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), afirma que, embora não haja risco imediato, o salto da dívida ameaça a sustentabilidade do crescimento econômico.


RISCOS


“Esse é um processo insustentável a longo prazo e arriscado do ponto de vista empresarial”, diz Almeida. O perigo mais óbvio da dependência crescente de capital externo é a eventual reversão do quadro favorável atual. A alta dos juros externos ou das cotações do dólar pode tanto criar dívidas impagáveis quanto derrubar a produção nacional. O próprio governo já manifestou preocupação com o crescimento da dívida do setor privado. Em março, para conter esse movimento, houve aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para dívidas com prazo inferior a dois anos. Nos dois meses seguintes, as dívidas continuam crescendo, mas com prazos mais longos
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Isto é o resultado dos anos Lula e cia!. Belo governo, não é mesmo? Enquanto isso, você toma sua cachacinha e faz que não vê nada. Vamos lá otários....

Oposição quer explicação sobre contrato da Petrobras

Rosa Costa, Agência Estado

Parlamentares da oposição vão pedir ao senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) que esclareça os motivos pelos quais sua empresa, a Manchester Serviços Ltda, foi dispensada da licitação em contratos com a Petrobras que somam R$ 57 milhões.

O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), informa que se as explicações não forem convincentes, o partido pedirá ao Ministério Público que analise a "regularidade" dessas contratações. "Tem de haver uma razão, a dispensa da licitação não pode ser entendida como um procedimento normal, corriqueiro", alega.


Reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo revela que a Manchester fez contrato com a Petrobras para atuar na Bacia de Campos, região de exploração do pré-sal no Rio de Janeiro. Os prazos dos contratos são curtos, de dois a três meses de duração, todos eles realizados mediante a "dispensa de licitação".


A Petrobras confirmou o procedimento, mas se limitou a informar que isso ocorreu "em decorrência de problemas no processo licitatório". A empresa é contratada para fornecer mão de obra terceirizada à estatal, incluindo geólogos, biólogos, engenheiros e administradores.


A corrupção sempre continua, não é mesmo?

Empresa de senador leva R$ 57 milhões da Petrobras em contratos sem licitação

Por Leandro Colon, no Estadão:

Uma empresa do senador e ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB-CE), a Manchester Serviços Ltda., assinou sem licitação contratos que somam R$ 57 milhões com a Petrobrás para atuar na Bacia de Campos, região de exploração do pré-sal no Rio de Janeiro. Documentos da estatal mostram que foram feitos, entre fevereiro de 2010 e junho de 2011, oito contratos consecutivos com a Manchester.

Os prazos de cada um dos contratos são curtos, de dois a três meses de duração, e tudo por meio de “dispensa de licitação”, ou seja, sem necessidade de concorrência pública. Eleito senador em outubro, Eunício é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa.


Cerca de R$ 25 milhões foram repassados pela Petrobrás à Manchester em 2010, ano de eleições. A nove dias do segundo turno presidencial, por exemplo, Petrobrás e Manchester fecharam um novo contrato - via “dispensa de licitação” e pelo prazo de 90 dias - no valor de R$ 8,7 milhões. Desde então, já no governo de Dilma Rousseff, novos contratos foram celebrados sem concorrência pública com a empresa do senador, entre eles um de R$ 21,9 milhões (de número 4600329188) para serviços entre abril e junho deste ano.


A Manchester tem sede em Brasília, mas instalou filial em Macaé num sobrado de uma rua sem saída, a poucas quadras da sede da Petrobrás na cidade fluminense. A empresa é contratada para fornecer mão de obra terceirizada à estatal, incluindo geólogos, biólogos, engenheiros e administradores. O diretor da Área Internacional da Petrobrás, Jorge Zelada, e o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, foram indicados no governo passado pelo PMDB, partido de Eunício, e mantidos no governo Dilma.

A Petrobrás confirmou ao Estado os valores e a “dispensa de licitação”. Informou que novos contratos foram feitos com a Manchester sem concorrência pública “em decorrência de problemas em processo licitatório”. Eunício se nega a falar sobre o assunto, sob a alegação de que está afastado das decisões da empresa. Ele escalou o sócio Nelson Ribeiro Neves para se manifestar à reportagem. O senador é dono de 50% da sociedade da Manchester, conforme informação dele mesmo à Justiça Eleitoral e confirmada na Junta Comercial.

Antes de virar senador, Eunício foi deputado federal e ministro das Comunicações do governo Lula. É membro da Executiva Nacional do PMDB. Em julho do ano passado, ofereceu um jantar em sua casa para Dilma com a presença de mais de 300 pessoas. A mesma casa foi palco de homenagem, em dezembro, ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


“Não vincule”. A empresa do senador fornece mão de obra para áreas estratégicas da Petrobrás, que, por ser estatal, não precisa publicar seus contratos no Diário Oficial da União nem no Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo a gerente da empresa em Macaé, são pelo menos mil funcionários da Manchester atuando na gestão administrativa “on shore” (em terra) em Macaé. Procurada pelo Estado na quarta-feira, a gerente da empresa na cidade, que se identificou como Fabiane, fez um apelo para que a reportagem não fizesse a vinculação da Manchester com a Petrobrás. “Só não quero que mencione a empresa. Não vincule o nome da empresa neste momento.”

Os documentos da Petrobrás mostram que um contrato de R$ 4,3 milhões foi feito para prestação de serviços entre 23 de fevereiro e 29 de abril de 2010. Outro de R$ 8,7 milhões referiu-se ao período de 10 de maio a 26 de julho do mesmo ano. De 13 de agosto a 24 de setembro, Petrobrás e Manchester firmaram contrato de R$ 4,3 milhões, e logo depois, entre 22 de outubro e 22 de janeiro, a empresa do senador recebeu mais R$ 8,7 milhões.

O primeiro contrato fechado no governo Dilma com dispensa de licitação ocorreu no dia 26 de janeiro, com vigência até 22 de maio, pelo valor de R$ 8,7 milhões. Entre 18 de abril e 14 de junho, aparece o contrato de R$ 21,9 milhões. As duas empresas ainda assinaram um contrato menor, de R$ 872 mil, vigente de 11 de março a 11 de junho. Por “convite”, a Manchester receberá mais R$ 298 mil para prestar serviços administrativos até fevereiro de 2012.


É vergonhoso este governo...E os otários eleitores continuam a adorar o petismo...Que coisa!

A corrupção nos Transportes - Mensaleiro admite que ministério está a serviço do partido. Ministro tem de ser demitido já!

Como vocês viram, reportagem da VEJA desta semana levou a presidente Dilma Rousseff a afastar a cúpula do Ministério dos Transportes. A revista revelou a existência de uma esquema de mensalão na pasta. O patriota Valdemar Costa Neto, uma das ruidosas estrelas do mensalão também - aquele do PT - emitiu uma nota. que segue em vermelho. Leiam.

Eu a considero uma confissão:


“Brasília, 02 de julho de 2011.

Sobre as afirmações publicadas na edição desta semana da revista Veja, o deputado Valdemar Costa Neto tem a esclarecer:


1 - As relações mantidas com Órgãos da Administração Pública Federal, incluindo o Ministério dos Transportes, são públicas e quase sempre consumadas em despachos e reuniões de trabalho organizadas pelos servidores das respectivas pastas. Sempre transparentes, estas reuniões buscam garantir benfeitorias federais para as regiões representadas por lideranças políticas do PR.


2 - Estas relações, notadamente institucionais, são regulares, decorrem do desempenho das funções de Secretário Geral da legenda partidária, e dizem respeito ao acompanhamento das demandas por benfeitorias federais de interesse das regiões onde o partido tem representação política (vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais e senadores).

3 - A Executiva Nacional do PR apóia a decisão que instaurou sindicância para, no menor prazo possível, ficar provada a inocência dos republicanos afastados, lhes garantindo pleno direito de defesa.

4 - Ninguém está autorizado a discutir qualquer contrato público, em nenhum lugar, em nome do Partido da República. Portanto, caso haja esta ocorrência, tal conduta é criminosa e não diz respeito ao PR.


5 - A apresentação de acusações apócrifas e a falta de qualquer indício, prova ou documento que ampare as afirmações da revista Veja desta semana exige do PR providências enérgicas. Por esta razão o partido ingressará com as medidas judiciais cabíveis contra a revista e os autores do texto que, neste caso, serão cobrados por suas acusações infundadas diante dos Tribunais.


Valdemar Costa Neto


Secretário Geral do PR”


Fonte: Reinaldo Azevedo

A corrupção continua...

Fábio Fabrini, Roberto Maltchik e Cristiane Jungblut, O Globo

Combalido com o afastamento de dois assessores de confiança do gabinete, envolvidos em suspeitas de superfaturamento bilionário em obras e cobrança de propina no Dnit, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, está com o cargo por um fio e, hoje, pode ter seu "dia D" num encontro com a presidente Dilma Rousseff.

Segundo fontes do Planalto, a presidente decidiu mantê-lo, por ora, porque nenhuma prova cabal de seu envolvimento no suposto esquema ainda veio à tona. A demissão poderia aprofundar a crise com outro partido aliado, o PR, ao qual Nascimento é filiado.


— O que ainda sustenta o Nascimento é o PR . Ele só não caiu junto com os outros quatro porque não tem uma prova cabal contra ele — disse um ministro que acompanha o caso.


Nascimento tinha encontro agendado com Dilma amanhã, mas sua situação se agravou com a publicação de denúncias que a presidente já conhecia, e os dois devem conversar ainda hoje. No fim de semana, ele foi chamado, às pressas, a Brasília.


No sábado, conversou com Dilma por telefone, quando ela determinou o afastamento de seu chefe de gabinete, Mauro Barbosa, o assessor do ministério Luiz Tito Bonvini, o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, ligado ao deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), secretário geral do partido que renunciou ao mandado para não ser cassado no mensalão.

Um ministro ouvido pelo GLOBO informou que o afastamento é definitivo e que os quatro não devem retornar aos cargos. Esse interlocutor do Planalto disse que Dilma tem uma lista detalhada das obras, dos aditivos feitos e dos problemas nos preços que levaram o ministro a pedir um aditivo de cerca de R$10 bilhões para as obras do PAC.
A lista foi mostrada por Dilma na reunião que teve com Nascimento. Fontes do Planalto confirmaram que Dilma se queixou dos preços na reunião, como mostrou a "Veja".
Além de desagradar ao PR , outra dificuldade de Dilma para demitir Nascimento é que o senador João Pedro (PT-AM), seu suplente, é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.