sábado, 21 de novembro de 2009

A psicologia e sua fúria tributária

Todos os anos ocorre a Assembléia Orçamentária dos Conselhos Prossionais. E na psicologia não é diferente. No CRP-08 a assembleia ocorreu em setembro.

Como é praxe, poucos profissionais se animam a participar, até porque o forte do profissional não são os números... Arrisco a dizer que somente os psicólogos que integram a gestão do momento é que participam.

E, como tem sido padrão nos últimos anos (à exceção da gestão Conexãopsi), os valores aumentam, elevando assim a carga que o psicólogo tem que arcar para poder exercer sua prática.

Nos três anos da gestão Conexãopsi, os valores ficaram inalterados, ou seja, o profissional pagou valores adequados à sua realidade. E o CRP-08, à época, manteve suas ações, investiu em capacitação profissional, expandiu sua atuação, comprou e reformou a subsede de Londrina, enfim, manteve-se ativo e participativo.

Nesta gestão, que assumiu em setembro de 2007 e terminará no mesmo mês, em 2010, os valores foram reajustados, gerando aumento de custos para o profissional pagar. E o que explica esta fúria tributária do órgão? Quais serão os motivos realmente relevantes que justifiquem seu contínuo aumento?

Já saberemos que as justificativas apresentadas versarão desde a "reposição inflacionária" até a necessidade de manter suas atividades... o que, por si só, nada justifica.

A autarquia federal Conselho Regional de Psicologia do Paraná pode, e muito bem, funcionar com valores de anuidade condizentes com a realidade social e profissional da grande maioria dos psicólogos, que lutam incessantemente por melhores condições de sobrevivência.

Sem piso salarial, sem jornada de trabalho estabelecida, muitos se sujeitam a receber salários aviltantes pelo seu trabalho.

Enquanto isso, segue a autarquia elevando valores, estabelecendo ações que não são frutíferas ao profissional e à sociedade. Há um descompasso nesta relação. E, resultante disto, a baixa participação e envolvimento da categora profissional nas ações do conselho. Sem falar nas ações que discutem os valores estabelecidos de anuidades...

Enquanto ficarmos assistindo ao longe essas ações deletérias e não estivermos atentos, partícipes, agindo com a crítica necessária, as ações do órgão representativo serão tomadas entre quatro paredes, por seus dirigentes.

Por isso, é fundamental a participação ativa do psicólogo: cobre, exija, critique, participe!

Aposentados, votem no PT!


Apagões