quarta-feira, 10 de agosto de 2011

No Paraná, Porto gerido por PMDB tem dívida milionária

O Globo

A CPI dos Portos aberta na Assembleia Legislativa do Paraná revelou uma dívida de R$ 491 milhões em mais de 1.300 ações trabalhistas acumuladas na gestão do ex-governador Roberto Requião (PMDB), de 2003 a 2010.

Durante esse período, a Associação dos Portos de Paranaguá foi administrada pelo irmão dele, Eduardo Requião, e, posteriormente, por Daniel Oliveira de Souza, preso em janeiro, em operação da Polícia Federal que investiga fraudes em contratos e licitações e desvios de cargas.

Para o deputado estadual Douglas Fabrício (PPS-PR), presidente da CPI, as denúncias podem ser desdobramentos do esquema de superfaturamento e licitações viciadas que levou a presidente da República, Dilma Rousseff, a fazer uma faxina no Ministério do Transportes.

Em janeiro, a PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão e prendeu dez pessoas, além de ter descoberto desvios de grãos que renderiam aos denunciados R$ 9 milhões por ano. Na casa de Eduardo Requião, no Rio, foram encontrados armas e R$ 140 mil em dinheiro vivo.

- O ex-governador Requião alardeava que o porto tinha R$ 400 milhões em caixa e que Eduardo estava entre os melhores administradores portuários do país. Hoje vemos que este valor sequer cobre as ações trabalhistas e que o porto de Paranaguá corre o risco de entrar em colapso financeiro.

Procurados pela reportagem, Eduardo e Daniel não foram localizados.

E o Governador à época virou Senador...Estamos bem!!!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Número 2 do Ministério do Turismo é preso em operação da Polícia Federal

Por Andréia Sadi e Débora Santos Do G1, em Brasília:

O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro, está entre 38 presos na Operação Voucher da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta terça-feira (9).

Conforme a PF, a ação visa “combater o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares ao orçamento da União”.

O G1 procurou a assessoria de imprensa do ministério, que disse que ainda não tem informações sobre a operação. Dirigentes do ministério estão reunidos com a consultoria jurídica da pasta para decidir quais procedimentos serão adotados.

Conforme a PF, a operação contou com 200 agentes que cumpriram 19 mandados de prisão preventiva (sem prazo determinado), 7 de busca e apreensão e outros 19 de prisão temporária (de cinco dias prorrogáveis por mais cinco dias), em Brasília, São Paulo e Macapá (AP).

Além do secretário-executivo, foi preso o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, um ex-presidente da Embratur, além de empresários, diretores do ministério e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).

Só em Brasília foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 2 de busca e apreensão e 5 de prisão temporária. Todos os presos temporários serão transferidos para Macapá, segundo a Polícia Federal.

Conforme a assessoria do ministério, o ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), está em São Paulo e chega a Brasília no começo da tarde desta terça.

A Operação Voucher foi realizada pela superintendência regional da PF no Amapá, com o apoio das superintendências regionais em São Paulo e no Distrito Federal.
Investigação

Em nota, a PF afirma que foram detectados indícios de desvio de dinheiro público em um convênio que previa a qualificação de profissionais de turismo no Amapá.

O convênio foi assinado entre o ministério e o Ibrasi em 2009, e de acordo com a PF, não teria tido chamamento público para que outras entidades se candidatassem a oferecer o serviço.

Ainda de acordo com a PF, o instituto - que é uma organização sem fins lucrativos - não tinha condições técnicas de prestar os serviços de qualificação.

De acordo com a PF, houve ainda direcionamento de contratações a empresas que fariam parte do suposto esquema de desvio. Além disso, foi verificada ausência de preços de referência, não-execução ou execução parcial de serviços, pagamentos antecipados, fraudes nos comprovantes de despesas e falhas na fiscalização do convênio.

A roubalheira acontece e ninguém é punido! O povo brasileiro está dormindo no ponto! Por muito menos, Collor sofreu impeachment!