quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dados o atraso de Lewandowski e o ritmo escolhido para julgamento, Peluso deve deixar tribunal antes de conclusão de julgamento, como quer Lula. E aí?

A demora do ministro Ricardo Lewandowski na entrega da revisão do processo do mensalão — ele dispensou ajuda oferecida pelo presidente do STF, Ayres Britto, e ainda se abespinhou — vai produzir ao menos um efeito certo. Se ele concluir mesmo o seu trabalho na segunda semana de junho e dado o ritmo de trabalho acordado pela maioria dos ministros, o caso se arrastará setembro afora, e Cezar Peluso certamente terá de deixar o tribunal antes da conclusão. Ele pode antecipar o seu voto? Pode, sim! Mas não sei se vai fazê-lo. Se não o fizer, serão dez votos em vez de 11. Como Lula quer Peluso fora, a demora terá rendido ao menos um fruto positivo. Mais: número par no tribunal pode levar a uma situação embaraçosa: um empate em cinco a cinco, hipótese em que o presidente vota duas vezes. A praxe, nesses casos, é que esse voto qualificado seja sempre em benefício do réu.

Simplesmente vergonhoso que um ex-presidente mande no STF!!!!!!!

Nova explosão de ira de Gilmar contra o PT, por Ilimar Franco

Ilimar Franco, O Globo 

Reação do ministro Gilmar Mendes (STF) ao documento da assessoria do PT sobre os citados na investigação da PF: 

“Não é um fato normal. É coisa de canalha, de gângster mesmo. Passar isso (o conteúdo das escutas da PF) para a mídia é coisa de fascistas. Eles (os petistas) estavam extorquindo o Toffoli e o Fux (ministros do STF). Oprimindo os dois. Estou indignado com essa estória de Berlim. Não vamos tratar como normal o que não é normal. Estamos lidando com bandidos.”

Estudantes protestam em apoio a professores de universidades federais em greve, quebram vidraças do MEC e conhecem o gás de pimenta pedagógico de Agnelo Queiroz

Pois é… A Polícia Militar do Distrito Federal deu umas bordoadas, temperadas com gás de pimenta, num grupo de estudantes que organizava um protesto em frente ao prédio do MEC, em Brasília, em apoio à greve de professores de 46 universidades federais e dois institutos técnicos. Os manifestantes jogaram pedras contra as janelas e quebraram quatro vidraças, segundo informa o Correio Braziliense. Daniel Iliescu, presidente da UNE, atribuiu a ação a uma minoria. Lucas Brito, no entanto, aluno de serviço social da Universidade de Brasília e membro da Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre (Anel), tem outra versão. Disse ao jornal que a decisão de invadir o MEC foi da maioria, inconformada por não ter sido recebida pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele acusou truculência da PM: “A ação da polícia foi totalmente intransigente; jogaram spray de pimenta e bateram com cassetete. Teve gente que foi parar no hospital”. 

Não! Não apoio essas coisas, de jeito nenhum! Nem greve de professores nem depredação do patrimônio público. Nunca! É contra, seja o governo petista, tucano ou, sei lá, anarco-sindicalista, compreenderam?

 O que me fascina é outra coisa. Onde estão os parlamentares petistas para dar apoio aos estudantes? Quando um grupo de delinquentes políticos ocupou a Reitoria da USP e tentava manter, na base da violência, uma greve contra a vontade da maioria, lá estavam os bravos petistas, prontos para acusar a suposta truculência do governo Alckmin. E olhem que, no caso da Universidade de São Paulo, não se reivindicavam melhores condições de trabalho nem se acusava deficiência da infraestrutura. Os valentes protestavam contra a… presença da PM no campus, entenderam? Era a extrema esquerda se juntado à quadrilha da fumaça contra o estado de direito. Quando a PM decidiu retirar os invasores da Reitoria — meia-dúzia de aloprados —, ninguém sofreu, felizmente, um único arranhão. 

Mercadante criticou de novo nesta terça a greve dos professores. Ele se encontrou com representantes da Andes (Sindicato Nacional dos Servidores das Instituições de Ensino Superior) e disse que o Ministério do Planejamento retoma as negociações no começo da semana que vem. O ministro também comentou a ação dos estudantes, segundo informa a Folha: “É próprio de estudantes participar de manifestação, [mas] quebrar vidro não faz parte de manifestação e não é necessário. Ninguém pediu audiência aqui. (…) Eu imagino que tenha sido ou falta de experiência ou problema de excesso, que às vezes faz parte da juventude”. 

Que se saiba, não deu declaração nenhuma sobre a aplicação pedagógica do gás de pimenta, a que recorreu a PM do Distrito Federal, governado pelo petista Agnelo Queiroz. É que essa substância, quando usada pelas forças do PT, está a serviço, naturalmente, do poder popular e da redenção das massas. Só é a mais pura expressão do reacionarismo quando a polícia está sob o comando de algum adversário do partido. 

Por Reinaldo Azevedo