sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Governo esconde fatos e realidade com intuito eleitoral

DEU NA FOLHA DE S. PAULO

Caixa esconde números desfavoráveis ao governo

Minha Casa, Minha Vida só concluiu 1,2% dos imóveis na faixa de até 3 mínimos
Dados que a Caixa alega não existirem estão em documento obtido pela Folha; programa é uma plataforma de Dilma
Andréa Michael e Daniela Lima

A Caixa Econômica Federal omite dados do programa Minha Casa, Minha Vida desfavoráveis ao governo Lula.

O banco federal alega não haver números consolidados sobre a conclusão de unidades habitacionais financiadas pelo programa, com detalhamento da sua execução por faixa de renda.
Mas os números existem e mostram que, no segmento no qual se concentra 90% do deficit habitacional do país, a conclusão dos imóveis não chega a 2%.

Balanço referente ao dia 30 de junho deste ano obtido pela Folha revela que, para o grupo de renda de zero a três salários mínimos, apenas 1,2% das 240.569 unidades contratadas foi concluído.

O número de unidades já entregues é ainda menor: 565, ou apenas 0,23%.

O Minha Casa, Minha Vida foi apresentado em março de 2009 como programa prioritário do governo federal e é uma das principais plataformas eleitorais da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.

O governo espera assinar contratos de 1 milhão de unidades até o fim de 2010.

Dá para acreditar em pesquisas?

Para reflexão e crítica.
Não confirmei a autenticidade dos dados no TSE, mas tem outra matéria que aborda e critica outras pesquisas e que também merece ser vista:

http://lucioneto.blogspot.com/2010/08/ibope-o-abc-de-uma-pesquisa-manipulada.html

PESQUISA DE ELEIÇÃO
Eu estava muito frustrado pois nunca fui pesquisado por Institutos de Pesquisa, desses que dão resultados sobre eleições.
Acredito que nenhum de vocês tambem nunca foi pesquisado.
Então entrei no site do TSE, para saber os métodos das pesquisas, e encontrei todas pesquisas registradas. Abri onde essas pesquisas foram feitas e descobri....
Nesta que baixei, foram entrevistados 2.500 pessoas, sendo:
Região NORTE/NORDESTE: 840 pessoas (quantos eleitores tem lá?)
Estado de SÃO PAULO: 574 pessoas (Quantos eleitores tem lá?)
MINAS GERAIS: 256 pessoas (2o. maior colégio eleitoral)
Região SUL: 378 pessoas
Rio de Janeiro: 278 pessoas??
Região CENTRAL: 182 pessoas. Ou seja, quase 34% dos entrevistados são do NORTE/NORDESTE.
Bem proporcional não é mesmo?
Agora vejam detalhes:
As cidades de GARRAFÃO DO NORTE, RIACHÃO DO JACUÍPE, BARBALHA, ITAPISSUMA, todas do Norte e Nordeste, foram entrevistadas 14 pessoas cada uma.
Ah... tambem em GARANHUNS, 14 pessoas....
Comparem:
SANTOS, CAMPINAS, RIBEIRÃO PRETO, FLORIANOPOLIS, tambem 14 pessoas cada uma...,
Só essas cidades tem mais eleitores que todo o Nordeste...
E mais: NITEROI, BARUERI, OSASCO, MOGI CRUZES, S.B.CAMPO....7 (SETE) pessoas cada uma....
Além de que BAURU e MARILIA, por exemplo, não foram "escolhidas" para essa pesquisa.
Agora entendo porque a "mãe do PAC" está na frente nas pesquisas.
Vejam o detalhamento das cidades:

Roteiro para registro TRE Nacional 2506 entrev - Job 0984-3/10

UF Municípios Entrevistas

AC MARECHAL THAUMATURGO 14
AM MANAUS 28
AM ITACOATIARA 14
PA BELÉM 21
PA MARITUBA 7
PA ABAETETUBA 14
PA GARRAFÃO DO NORTE 14
PA ALENQUER 14
PA ELDORADO DOS CARAJÁS 14
RO ALVORADA D'OESTE 14
RR BOA VISTA 14
TO ARAGUAÍNA 14
AL MACEIÓ 14
AL ATALAIA 14
AL ARAPIRACA 14
BA SALVADOR 35
BA LAURO DE FREITAS 7
BA AMÉLIA RODRIGUES 14
BA RIACHÃO DO JACUÍPE 14
BA CORONEL JOÃO SÁ 14
BA IBIPEBA 14
BA PINTADAS 14
BA PAULO AFONSO 14
BA BRUMADO 14
BA JAGUAQUARA 14
BA IBIRATAIA 14
CE FORTALEZA 28
CE CAUCAIA 7
CE MARANGUAPE 7
CE REDENÇÃO 14
CE MARCO 14
CE INDEPENDÊNCIA 14
CE BARBALHA 14
MA SÃO LUÍS 14
MA ITAPECURU MIRIM 14
MA SÃO VICENTE FERRER 14
MA VITORINO FREIRE 14
MA TIMON 14
PB JOÃO PESSOA 14
PB MARCAÇÃO 14
PB BELÉM 14
PB LAGOA SECA 14
PE RECIFE 28
PE JABOATÃO DOS GUARARAPES 7
PE SÃO LOURENÇO DA MATA 7
PE ITAPISSUMA 7
PE OLINDA 7
PE SÃO CAITANO 14
PE GARANHUNS 14
PE SIRINHAÉM 14
PE PAUDALHO 14
PI TERESINA 14
PI SÃO JOÃO DO ARRAIAL 14
PI ALVORADA DO GURGUÉIA 14
RN NATAL 14
RN SÃO GONÇALO DO AMARANTE 14
RN NOVA CRUZ 14
SE ARACAJU 14
SE SALGADO 14
840 (NORTE/NORDESTE)
ES CARIACICA 14
ES RIO BANANAL 14
ES ÁGUIA BRANCA 14
MG BELO HORIZONTE 35
MG BETIM 7
MG CONTAGEM 7
MG IGARAPÉ 7
MG RIBEIRÃO DAS NEVES 7
MG SABARÁ 7
MG CACHOEIRA DA PRATA 14
MG TIMÓTEO 14
MG ITAIPÉ 14
MG JOÃO PINHEIRO 14
MG LASSANCE 14
MG UBERLÂNDIA 14
MG ITURAMA 14
MG BAMBUÍ 14
MG CRISTAIS 14

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A mentira vinha de longe...

A burguesia petista!

A Burguesia do Capital Alheio: petistas disputam 274 cargos em conselhos

Por Leonardo Souza e Dimmi Amora:

O enfraquecimento dos “petistas bancários” no governo ensejou uma luta por 274 cargos nos conselhos de 74 empresas nas quais a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) tem participação. Os mais cobiçados são na estrutura societária da Vale, onde Sérgio Rosa, que deixou o comando do fundo de pensão em maio, ainda ocupa a presidência do conselho de administração.

Segundo a Folha apurou, até o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, se candidatou para assumir uma cadeira do conselho da mineradora. O Planalto, contudo, não vê com bons olhos a pretensão de Bendine. Como a Vale é cliente do Banco do Brasil, instituição na qual a companhia tem várias linhas de crédito, analistas do mercado financeiro entendem que a presença do presidente do banco no conselho da mineradora poderia suscitar conflito de interesse.

Além disso, é o presidente da Previ quem historicamente preenche a vaga a que o fundo de pensão dos trabalhadores do banco tem direito. A Vale é a empresa na qual a Previ concentra seu maior investimento individual -cerca de R$ 35 bilhões.
(…)
Pelo menos 12 ex-dirigentes sindicais têm assento em conselhos de 11 empresas em que Previ tem sociedade. Entre as empresas estão o grupo Neoenergia, que controla várias distribuidoras de energia do país, e a Invepar, que tem empresas na área de transportes e logística.

Mentiras de campanha. Mentiras governamentais

Deu em O Globo
Dilma infla dados sobre saneamento

Em entrevista ao ‘JN’, petista disse que governo investiu R$ 270 milhões na Rocinha, mas valor real não chega a 30% disso

Fábio Vasconcellos

Diferentemente do que afirmou a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o governo federal não investiu R$ 270 milhões em saneamento na favela da Rocinha.

Segundo dados da Empresa de Obras Públicas do estado (Emop), órgão responsável pela execução das obras do PAC no Rio, a comunidade será beneficiada com R$ 80 milhões em projetos de saneamento, ou cerca de 30% do que valor citado pela ex-ministra em entrevista anteontem ao "Jornal Nacional", da Rede Globo.

Se forem considerados apenas os recursos repassados pela União, a verba federal para o saneamento na favela é ainda menor. Do total previsto nos convênios para as obras do PAC na Rocinha, cerca de 56% dos recursos são de responsabilidade do governo federal, e 44% do estado.

Na entrevista ao "JN", Dilma foi confrontada com indicadores modestos com relação a saneamento no país. Em sua resposta, a candidata do PT disse que os investimentos apenas na Rocinha se equiparavam a tudo o que tinha sido aplicado por governos passados.

— O Brasil investia menos de R$ 300 milhões no país inteiro. Hoje, aqui no Rio, numa favela, a Rocinha, nós investimos mais de R$ 270 milhões — afirmou Dilma, citando dados errados.

O valor citado pela ex-ministra corresponde, na verdade, ao pacote total das obras do PAC na Rocinha, que prevê ainda projetos de urbanização, construção de uma passarela, centro esportivo — onde Dilma foi anteontem gravar imagens para o seu programa eleitoral — e uma unidade de atendimento médico.

Segundo a Emop, 81% das obras já foram entregues.

O vice-presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Raimundo Lima, disse ontem que a Rua 2 é um dos trechos com maior problema de saneamento na comunidade:

— Estamos acompanhando as obras com expectativa. Muitas ruas tinham sérios problemas de saneamento que, aos poucos, estão sendo resolvidos. Houve ainda intervenções nas ruas Ápia, Dianéia e Estrada da Gávea.

As intervenções na Rocinha na área de saneamento acontecem também na Rua 4, no entorno do complexo esportivo da favela e para atender o Complexo de Atendimento à Saúde (Cias/UPA).

O argumento usado pela candidata do PT para enaltecer os investimentos do governo federal foi semelhante ao apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula, quando esteve no Rio em fevereiro para inaugurar um gasoduto na Refinaria de Duque de Caxias.

Na ocasião, o presidente afirmou que "nos últimos 30 anos, se pegar tudo o que foi investido em saneamento básico para a população, não deu nem a metade do que nós investimos".

Apesar de ter inflado os números do investimento do governo federal em saneamento na Rocinha, Dilma Rousseff esqueceu de projetos do PAC que estão sendo realizados nos Complexo do Alemão e de Manguinhos, e que preveem melhorias no esgotamento e abastecimento de água.

Em Manguinhos, as obras somam R$ 661 milhões, dos quais R$ 297,8 milhões são recursos do Orçamento da União e R$ 363,96 de contrapartida do estado e da prefeitura do Rio.

domingo, 8 de agosto de 2010

Herança maldita de Lula: restos a pagar de R$ 90 bilhões

Valor de ‘restos a pagar’ de 2010 para 2011 será recorde, por causa das obras do PAC; acumulado fica próximo do total de investimentos

Lu Aiko Otta, de O Estado de S. Paulo

Após oito anos de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará a seu sucessor um bolo de pagamentos pendentes de R$ 90 bilhões, segundo estimativa da área técnica.

Será um novo recorde, superando os R$ 72 bilhões de contas penduradas que passaram de 2009 para 2010.

Essas despesas que passam de um ano para outro são os chamados "restos a pagar" e ocorrem porque os ministérios muitas vezes contratam uma obra que não é concluída até dezembro.

Como o governo se comprometeu (empenhou) a pagar a despesa, a conta acaba sendo jogada para o ano seguinte.

Os restos a pagar são uma ocorrência rotineira na administração pública, mas a conta se transformou numa bola de neve por causa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

À medida que as obras vão saindo do papel, o volume de despesas que ultrapassa o prazo de um ano vai aumentando, chegando ao ponto em que os restos a pagar são quase iguais ao total de investimentos previsto no ano.

Dados levantados pelo site Contas Abertas, a pedido do Estado, mostram que em 2009, por exemplo, o governo tinha R$ 57,068 bilhões para investir, mas a conta de restos a pagar das obras contratadas nos anos anteriores era de R$ 50,850 bilhões.

Ou seja, se tivessem sido quitadas todas as obrigações pendentes, sobrariam R$ 6,218 bilhões para investimentos novos.

"A cada ano, o gestor público fica nessa escolha de Sofia: ou paga os restos do ano anterior ou executa o orçamento do ano", disse Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas. "Não tem dinheiro para os dois."

O dado parcial de 2010, até junho, mostra mesmo perfil. O saldo de restos a pagar em investimentos está em R$ 53,7 bilhões, para uma dotação de R$ 63,9 bilhões.

No caso do PAC. há restos a pagar de R$ 30 bilhões, para um orçamento de R$ 24 bilhões.

"É um retrato do momento", disse Castello Branco. Se o ano tivesse terminado em 30 de junho, o presidente Lula estaria legando a seu sucessor uma conta de R$ 53,7 bilhões.

O governo não zera de imediato esse saldo porque, para isso, ele teria que deixar de fazer novos investimentos.

Dossiês com endereço governamental

A máquina petista de produzir dossiês é ampla, bem organizada e atua como um apêndice oficial para satisfazer interesses do próprio governo.
E, o mais surpreendente, ela não é abstrata e tem até endereço comercial: a sede da Previ, o poderoso fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.
Em entrevista a VEJA, o advogado Gerardo Santiago revela que o gabinete da presidência da Previ foi usado como centro de montagem de dossiês para constranger e intimidar adversários do governo.
Ex-diretor e ex-assessor da presidência do fundo, Gerardo conta que, cumprindo ordens superiores, elaborou dossiês contra deputados e senadores da oposição. Entre os alvos dos petistas já esteve até o atual candidato à Presidência da República José Serra.
“A Previ é um braço partidário; é um bunker de um grupo do PT, uma fábrica de dossiês”, acusa o advogado, que garante ter cumprido missões determinadas diretamente por Sérgio Rosa, que presidiu o fundo até maio passado”.