sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

No governo do PT, aumenta percentual de alunos de 15 a 17 anos fora da escola, depois de redução de 45% nos oito anos de FHC

Como diria meu querido amigo Diogo Mainardi, de quem ando com saudade, “confiem em mim”. Em agosto de 2010, contra a propaganda oficial, tornada senso comum em amplos setores da imprensa, demonstrei os desastres que o governo do PT tem provocado na educação. 

Fernando Haddad, o gugu-dadá do leninismo que não suja o shortinho, é mais fama do que proveito. Escrevi, então, dois artigos. O primeiro trata da falsidades dos petistas no que concerne às universidades federais. No texto a que remete o segundo link, eu informava a tragédia que o petismo patrocinava no ensino de segundo grau: Não! Eu não fiquei só no opinionismo. Divulguei dados. 

Reproduzo um trecho: “Ontem, no horário eleitoral de Dilma, ouviu-se lá: ‘O governo Lula criou o Fundeb’. Uma ova! Mentira! O governo lula mudou em 2007 o nome do Fundef - como mudou o nome do Bolsa Família, que já existia; como mudou o nome do Luz para Todos, que já existia; como, se me permitem a graça, mudou até o nome da política econômica, que já existia…. 

Além de atender ao ensino fundamental (como fazia o Fundef), o Fundeb se propôs também a auxiliar o ensino médio e o ensino infantil. Pois bem. No ensino médio - área afeita aos governos de Estado, mas sob monitoramento do Ministério da Educação, que pode atuar -, o desastre é assombroso. 

Nos oito anos de governo FHC, houve uma expansão de 80%; nos seis primeiros anos de governo Lula, apenas 16%. 

Em 1995, 33% dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos estavam fora da escola. Em 2002, esse número havia caído para 18% - uma redução de 15 pontos percentuais. 

Em 2008, eram ainda 16% - redução de ridículos dois pontos.” 

Acusaram-me de estar produzido textos para servir à campanha eleitoral. Falso! Agora, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulga o seu primeiro relatório sobre a situação dos adolescentes brasileiros entre 2004 e 2009. Nada menos de 20% dos jovens entre 15 e 17 anos estavam fora da escola! VOCÊS ENTENDERAM DIREITO! 

Os petistas chegaram ao governo em 2003, e havia 18% dos brasileiros nessa faixa etária longe dos bancos escolares, depois de uma drástica redução promovida pelo, olhem que coisa!, governo FHC! Quem comandava a área era o competente Paulo Renato. 

Seis anos depois, o petismo não só não havia dado continuidade à redução como provocou uma elevação do percentual. Reparem que os dados com os quais trabalhei, então, iam até 2008 — são do Ministério da Educação. Os do Unicef vão até 2009. A situação piorou!

Insisto: nos oito anos de governo FHC, houve uma redução de 45% no estoque de alunos fora do ensino médio. Em seis anos de governo Lula, houve um aumento de 11%! 

Como se vê, eu só relatava fatos! Os petralhas briguem com os números, não comigo! Eis aí, escancarada, a competência do PT na Educação! 

PS - Repararam que, quando os dados são ruins para o PT, ninguém faz o cotejamento com o governo anterior? Uma oposição organizada, estruturada, com um centro de produção de dados públicos — não com centro de produção de intrigas e fofocas — faria um verdadeiro escarcéu com esses números. 

Por Reinaldo Azevedo

Calçada da Fama - O roteiro de Dilma

Comentário do leitor que se assina Jorge Alberto da Cunha Rodrigues 

"A extrema resistência da presidente em demitir um delinquente configura prevarição (pois ela não está cumprindo com seu dever funcional de impedir que cargos públicos sejam ocupados por corruptos). Em países decentes, a prevaricação seria motivo para o impeachment. Como no Brasil impera a impunidade, a presidente nada teme e se sente livre para proteger os inúmeros criminosos que lhe dão sustentação política. Ela segue rigorosamente o roteiro herdado do governo Lula. " 

Fonte: Blog do Noblat

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tratamento a usuário de drogas inclui castigos físicos e preconceito


Relatório de Conselho de Psicologia mostra quadro alarmante no país
Carolina Brígido, O Globo

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou na segunda-feira relatório mostrando a situação de calamidade dos estabelecimentos para internação de usuários de drogas.

Nas visitas, foram identificadas irregularidades como castigos físicos, tortura, falta de higiene, trabalho forçado, preconceito contra homossexuais, obrigação de seguir credos específicos, impedimento de comunicação com o mundo externo, situações de humilhação e falta de alimentação apropriada. Em muitas instituições, os pacientes são proibidos de ter relações sexuais.

O documento foi elaborado após a realização de vistorias em 68 instituições de 24 unidades da federação nos dias 28 e 29 de setembro. As clínicas são privadas, mas algumas têm convênio com o poder público. Normalmente, os dependentes são levados pela família.

Na avaliação do conselho, o modelo de tratamento de dependentes praticado nos estabelecimentos é uma violação à Lei Antimanicomial, que prega a integração social e familiar do dependente ao longo do tratamento, e não o isolamento.

Um dos locais que mais chocou o conselho foi a Casa de Recuperação Valentes de Gideão, em Simões Filho (BA). Segundo os relatos, "os internos, ali dentro, vivem em condições insalubres e desumanas", com excrementos nos cantos e instalações elétricas precárias.

Não há vasos sanitários, apenas valas no chão. O esgoto é a céu aberto. Não há colchões ou roupa de cama. Os pacientes andam descalços, seminus e sujos. Casos de tuberculose são comuns, em decorrência do frio e da umidade.

Na Bahia, terra de "alto" dirigente do CFP por anos.....fazia o que mesmo este senhor? Não viu nada nestes anos todos? Que coisa....isto é cuidar da profissão!