quinta-feira, 3 de maio de 2012

Não há, entre todos os réus do mensalão, um acusado de apropriação particular de recurso. Em resumo: cometemos infrações de caráter administrativo e eleitoral. No caso Demóstenes/Cachoeira parece que não é a mesma coisa.

Deputado João Paulo Cunha (PT-SP), réu no processo do mensalão.

Sem vergonhice pura deste deputado. E ainda, é Presidente da Comissão de Constituição e Justiça!

Pobre Brasil: representado por mensaleiros, elegemos os cara-de-pau. Como se as infrações administrativas não fosse fatos graves...

Lewandowski a milhares de quilômetros do processo do mensalão

O ministro do STF, Sr. Ricardo Lewandowski não votou na questão da área de litígio na Bahia porque está na Suíça, representando o STF.

Mesmo tendo que entregar a revisão do processo do mensalão, não se furtou em viajar para a Suíça, representando o STF. Substituto para tal missão não existe, não é mesmo?

Enquanto isto, os brasileiros aguardam ansiosos para o julgamento do mensalão. Sei lá, a Suíça deve ser mais importante, não é mesmo?

Dilma quer atrelar poupança à taxa Selic

Estadão.com.br

O governo decidiu apressar as mudanças na regra de remuneração das cadernetas de poupança para abrir espaço para a continuidade dos cortes de juros.

A presidente Dilma Rousseff quer vincular o rendimento da aplicação financeira mais popular do País à taxa básica definida pelo Banco Central. O importante para o Palácio do Planalto é fixar uma regra simples, de fácil entendimento para a população.

As alterações no rendimento das cadernetas voltaram a ser discutidas com mais ênfase no início do ano, mas nessa quarta-feira, 2, a presidente pediu ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que fechasse novos cálculos. Dilma pode apresentar o estudo nesta quinta em reuniões separadas com representantes do Conselho Político, dirigentes de centrais sindicais e empresários.

Segundo uma fonte da equipe econômica, a alternativa que ganhou maior adesão nos últimos dias é a que relaciona o rendimento das cadernetas à evolução da taxa básica de juros, Selic. A ideia é garantir que a caderneta pagará ao poupador 80% da Selic, que está em 9% ao ano.

País terá banco de dados genéticos de criminosos

Denise Madueño, Estadão.com.br

O País passará a ter um banco de dados genéticos com DNA de criminosos. Depois de passar pelo Senado, a Câmara aprovou ontem projeto permitindo a coleta de material genético de alvos de investigação criminal e obrigando os condenados por crimes violentos e hediondos a serem submetidos à identificação do perfil genético com o armazenamento de seu DNA.

O banco de dados auxiliará nas investigações criminais. A proposta está pendente, agora, apenas de sanção da presidente Dilma Rousseff para se tornar lei. A tendência é que a presidente sancione sem vetos.

No caso em que a pessoa está na condição de investigado, a coleta de DNA ocorrerá quando for essencial à investigação e com autorização judicial. Atualmente, a identificação criminal é feita por meio das impressões digitais e por fotografia.

O projeto inclui, agora, a possibilidade de coleta de material biológico. "Será ampliada a possibilidade de identificação criminal. O material genético colhido na cena de um crime, por exemplo, poderá ser confrontada com o banco de dados permitindo identificar o criminoso", afirmou o deputado, João Campos (PSDB-GO), um dos relatores do projeto na Câmara.

“Chefe de quadrilha” (segundo a PGR) dá dicas de leitura e diz qual é a boa emissora de TV. Faz sentido!

O ex-deputado José Dirceu, cassado por corrupção e “chefe de quadrilha”, agora também dá dicas de leitura. Seus seguidores, ele orienta, devem ler os blogs ditos “progressistas” porque só eles trariam informações isentas sobre o caso Cachoeira, entenderam? Os blogs progressistas são aqueles que pertencem ao JEG — ou à BESTA, na denominação de Fábio Pannunzio.

Trata-se, sustenta o Zé, de resistir ao que ele chama “velha mídia”. No que diz respeito às emissoras de TV, o “chefe de quadrilha” (segundo a PGR) recomenda apenas uma: a TV Record.

Assim, se você considera o Zé um bom orientador de educação moral e cívica e um bom juiz da mídia, faça o que ele recomenda. Do seu ponto de vista, está certo: se eu fosse ele, escreveria a mesma coisa.

O Zé está ficando, à sua maneira, transparente. No mesmo post em que recomenda os blogs do JEG (ou da BESTA) e a TV Record, também pede a seus seguidores que leiam um artigo de Marcos Coimbra, publicado na Carta Capital (!!!), sustentando que o brasileiro não está nem aí para o julgamento do mensalão (cuja existência ele nega) e que isso não tem a menor importância.

Entenderam? Não são os críticos do deputado cassado por corrupção que ligam as chicanas do caso Cachoeira ao mensalão. É o Zé!

Por Reinaldo Azevedo

Pai de Brizola Neto, novo ministro, denunciou na CPI dos Bingos conluio de governo do PT do RS com jogo do bicho

Por Paulo Celso Pereira, no Globo:

Se José Vicente Brizola comparecer nesta quinta-feira à posse de seu filho Brizola Neto como novo ministro do Trabalho, no Palácio do Planalto, o constrangimento será geral entre os petistas presentes. Filho de Leonel Brizola, José Vicente denunciou entre 2004 e 2005 um esquema do governo do PT no Rio Grande do Sul com o jogo do bicho. Vicente presidiu a empresa de loterias do estado (Lotergs) no governo Olívio Dutra e disse ter sido pressionado a levantar recursos junto aos empresários de jogos para as campanhas do PT a senador e a governador.

“Propuseram a mim que eu angariasse recursos, para a campanha majoritária do PT, perante esses concessionários de serviços públicos e, eventualmente, outros operadores de jogos, legais ou ilegais. Como me recusei, pediram-me, então, que eu apenas apresentasse as pessoas. Foi feito isso. Posteriormente, tive a notícia de que a empresa que geria o jogo Totobola teria contribuído com algo entre R$ 100 mil e R$ 150 mil”, contou na CPI dos Bingos no Congresso, em 2005.

A suposta relação entre o governo Olívio Dutra com a contravenção já havia sido explorada em uma CPI estadual, em 2001. No entanto, o Ministério Público rejeitou as acusações contra Olívio Dutra e a maioria dos citados. O depoimento de José Vicente já tratava do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ele afirmou que uma empresa do contraventor ganhara uma licitação de forma “estranha”. O governo gaúcho havia aberto concorrência para terceirizar produtos lotéricos. A empresa de Cachoeira ganhou a licitação, que acabou revogada. O bicheiro entrou na Justiça e obteve ganho de causa em primeiro grau. O estado não recorreu.