terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Uma péssima notícia aos bolsos dos psicólogos

Como já é praxe nesta gestão, que está à frente do CRP-08 há alguns anos e foi reeleita em outubro passado, os psicólogos passarão a pagar um valor maior de anuidade.
Reajustada para R$ 340,68 (trezentos e quarenta reais e sessenta e oito centavos), a anuidade é a base de funcionamento do Conselho. É com este valor que se realizam as ações necessárias, se mantém a estrutura de funcionamento e também, mantém uma parcela do Conselho Federal em funcionamento.
Oras, senhoras e senhores, todo ano é a mesma coisa, desde 2007: reajuste! reajuste!
A pergunta que fica no ar é: para que tanta grana assim? Multipliquem o número de inscritos no CRP pelo valor da anuidade e saberão o quanto arrecada esta máquina administrativa... Algo próximo de R$ 5.110,00 (isso mesmo, cinco milhões de reais).
Deve ser por isso que o nível de inadimplência está grande demais, fugindo da média histórica...
Os psicólogos devem estar achando que a autarquia está com os cofres cheios! Mal sabem os profissionais que o Paraná quse ficou no vermelho neste 2010...
E, parte disto, vai para o CFP. 25 % do total vai para o Conselho Federal. O restante, deve ser aplicado no próprio Regional.
Além disso, os psicólogos pagam também o Fundo de Seção, uma grana que é repassada integralmente ao Conselgo Federal (CFP), para que este "auxilie" Conselhos Regionais a manterem suas bases estaduais... Este Fundo de Seção, é lógico, também foi reajustado.
Acontece que, senhoras e senhores psicólogos, estes reajustes são provocados pela via errada.
Explico melhor. Os valores são reajustados por Resolução e referendados pela APAF, em Brasília, em completo desrespeito ao que diz a legislação.
Basta qualquer interessado consultar o artigo 145 da Constituição da República e também, o Código Tributário Naciconal, que verá que é vedado o reajuste deste tipo de Contribuição Profissional pela via administrativa, como fazem os Conselhos.
O que prevê a Lei é que estes reajustes sejam feita pela via Legislativa, ou seja, por Lei.
Mas esta discussão já está acontecendo, pois o MP (Ministério Público) já está atento.
Temos que parar com esta cultura de sempre subirmos os valores que se pagam à autarquia CRP/CFP. Temos que começar a aprender a gerir um órgão de forma eficiente e econômica.

Até as traças continuam as mesmas, porém, mais gordas


Lula vai 'inaugurar' obra de refinaria que terá início em 2017

Em um dos últimos atos de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará na quarta-feira a pedra fundamental da Refinaria Premium II, em São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros de Fortaleza.
O empreendimento, no entanto, só deverá ser iniciado em 2017, após o término do mandato da presidente eleita, Dilma Rousseff, e sequer consta no plano de investimento da Petrobras de 2010 a 2014. A estatal será a executora e financiadora da obra, que também não tem ainda licença ambiental.
Isto é uma piada mesmo.
Enquanto o governo desapropria áreas contíguas à área de instalação da refinaria. pagando valores abaixo do mercado, com a famosa enrolação estatal, o presidente vai lá, inaugurar a "fita da pedra fundamental".
Eta povo besta este brasileiro. Acredita em duendes, em governantes incompetentes, e também, acredita que sempre há um "salvador" para suas misérias cotidianas.

Coisas públicas

Do blog de Daniel Piza

Uma das coisas curiosas nesses oito anos de governo Lula foi a ginástica verbal que aqueles que se dizem "de esquerda", que durante duas décadas sonharam com a chegada da classe operária ao Planalto, fazem para justificar os elogios a um tipo de gestão que tanto condenavam.

Lula manteve o modelo econômico do antecessor, que antes classificava erroneamente de "neoliberal", em todos os aspectos: meta de inflação, câmbio livre, reservas financeiras, estímulos ao consumo, juros relativos entre os maiores do mundo, busca de graus melhores nas agências de risco; nenhuma privatização cancelada ou sequer investigada, e até alguns bancos estatais vendidos.

Estatizações? Poucas. Reforma agrária? Longe disso. Protecionismo maior? Não, mesmo com aumento do déficit externo. Transferência de renda? Os ricos nunca estiveram tão ricos.

Sempre na moda...atualíssimo!


Filhos de Lula são sócios em 2 holdings

Lulinha e Luís Cláudio têm participações em seis empresas, nas áreas de esporte, entretenimento e tecnologia. Único negócio com sede própria e funcionários é a Gamecorp; outros 5 não funcionam nos endereços informados

José Ernesto Credendio e Andreza Matais, Folha de S. Paulo

Dois dos filhos do presidente Lula, Fábio Luís e Luís Cláudio, abriram em 16 de agosto deste ano duas holdings -sociedades criadas para administrar grupos de empresas-, a LLCS Participações e a LLF Participações.

Ao final de oito anos de mandato do pai, Lulinha e Luís Cláudio figuram como sócios em seis empresas.

A Folha constatou, porém, que apenas uma delas, a Gamecorp, tem sede própria e corpo de funcionários.

Seu faturamento em 2009 foi de R$ 11,8 milhões, e seu capital registrado é de R$ 5,2 milhões.

Ela tem como sócia a empresa de telefonia Oi, que controla 35%.

As demais cinco empresas não funcionam nos endereços informados pelos filhos de Lula à Junta Comercial de São Paulo. São, por assim dizer, empreendimentos que ainda não saíram do papel.

As seis empresas dos filhos de Lula atuam ou se preparam para atuar nos ramos de entretenimento, tecnologia da informação e promoção de eventos esportivos.

São segmentos em alta na economia, que ganharam impulso do governo federal -Lula, por exemplo, foi padrinho das candidaturas vitoriosas do Brasil para organizar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Na maioria desses negócios, Lulinha e Luís Cláudio têm como sócios pessoas próximas de Lula.
Um dos mais novos empreendimentos da dupla, a holding LLCS, por exemplo, foi registrada no endereço da empresa Bilmaker 600, na qual os dois não têm participação societária.

A Bilmaker tem como controlador o engenheiro Glaucos da Costamarques, 70, que é primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do presidente Lula.

Os outros sócios da Bilmaker, Otavio Ramos e Fabio Tsukamoto, são sócios de Luís Cláudio, filho do presidente, na ZLT 500, empresa de produção e promoção de eventos esportivos.

Assim como a holding, a ZLT também só existe no papel. Está registrada num endereço no Morumbi onde há só uma casa abandonada.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Gasto com máquina estatal bate recorde

Por Lu Aiko Otta, no Estadão:

Os gastos do setor público com os salários dos funcionários, custeio de máquina e programas ultrapassaram os níveis registrados no início do governo de Fernando Henrique Cardoso, mostra estudo elaborado pelo economista Fernando Montero, economista-chefe da corretora Convenção.

Com a revisão das estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciada na semana passada, ficou-se sabendo que o peso da máquina estatal nos três níveis de governo atingiu um pico de 21,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2009. No final de 1995, essas despesas estavam em 21,1% do PIB, na mesma base de comparação.

“A equipe econômica do governo dizia que o consumo do governo no PIB continuava abaixo de 1995 e que o que estava aumentando eram as transferências, como o salário mínimo e o bolsa família”, comentou.”As novas séries revisadas de PIB desmentem essa afirmação.” Com a alteração de dados pelo IBGE, o consumo do governo ficou 5,7% maior no primeiro semestre deste ano, em comparação com a série anterior. Essa seria, segundo o economista, a principal explicação para o aumento de 1% no valor nominal do PIB na primeira metade de 2010.

A correção das estatísticas, retratando maior crescimento do gasto público, se deve basicamente aos Estados e municípios. Montero acredita que o IBGE obteve estatísticas mais confiáveis sobre o comportamento das despesas nessa esferas administrativas.

“Quando as séries do consumo público são atualizadas nas análises de participação na economia, a trajetória que aparece é um avanço do PIB substancialmente maior que o anteriormente divulgado”, comentou. “O peso deste maior consumo público na economia é um dos desafios para retomar a poupança doméstica.”

Preço. A estatística do IBGE sobre consumo do governo capta despesas tanto com salários de funcionários e outras formas de custeio da máquina como os gastos com programas nas áreas de saúde e educação, por exemplo. Montero reconhece que uma presença mais forte do Estado em algumas áreas é uma escolha da sociedade. “Mas é necessário mostrar que isso tem um preço”, observou.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Complexo de Lula se esconde entre Sarney e ACM

Ricardo Stuckert/PR


Na semana passada, em viagem ao Maranhão, Lula abespinhou-se com a pergunta de um repórter. Vale a pena recordar.

A indagação soou apropriada: agradeceria o apoio dado pela oligarquia Sarney ao seu governo?

E Lula, destemperado: "Eu agradeço [o apoio do Sarney]. E a pergunta preconceituosa é grave para quem está há oito anos comigo em Brasília...”

“...Significa que você não evoluiu nada do ponto de vista do preconceito, que é uma doença. O presidente Sarney é o presidente do Senado...”

“...Colaborou muito para que a institucionalidade fosse cumprida. Você devia se tratar, quem sabe fazer psicanálise, para diminuir um pouco esse preconceito".

Pois bem. Na noite desta sexta (10), de passagem pela Bahia, Lula revelou-se, ele sim, candidato a umas boas sessões de análise.

Ao lado do governador Jaques Wagner (PT), o presidente festejou os êxitos de um programa local, o Topa (Todos pela Alfabetização).

Discursou por quase meia hora. A certa altura, afagou Wagner. Enalteceu-lhe o feito de ter prevalecido na Bahia sobre a oligarquia comandada por ACM. Disse:

“Já imaginou? Um cara galego, lá do Rio de Janeiro, vir aqui pra Bahia e ser eleito no primeiro turno... Derrotar a oligarquia que governava esse Estado...”

“...É por isso que eu acredito em Deus. Eu acredito em Deus, entre outras coisas, por essas coisas que acontecem e não têm explicação sociológica, filosófica”.

Ora, qual a diferença entre Sarney e ACM? Nenhuma. Ou, por outra, uma: Sarney não passou um minuto na oposição.

“O Estado não existe pra atender aos senhores que sempre se serviram do Estado”, disse Lula em Salvador. Beleza.

No poder desde as caravelas, o oligarca Sarney serve-se do Estado há cinco décadas. Nos últimos oito anos, com o diligente auxílio de Lula.

No fatídico pronunciamento, Lula reiterou que, depois de “desencarnar”, vai “continuar na vida política, agora muito mais à vontade”. Correrá o país.

“Quando chegar aqui na Bahia, sem compromissos, sem segurança, sem protocolo, sem crimonial pra encher o saco...”

“...Sozinho, como nos velhos tempos, vou poder tomar um negocinho qualquer –não vou dizer o que é—, sem preocupação com a imprensa...”

“...Sem preocupação com a fotografia, vamos conversar mais livremente, sem preocupação com as palavras”.

Antes de inaugurar a temporada de viagens e de se entregar aos inebriantes prazeres de “um negocinho qualquer”, Lula talvez devesse procurar um psicanalista.

Se estivesse economicamente a perigo, poderia recorrer à psicanálise de grupo, dividindo a conta com o repórter que o inquiriu no Maranhão.

Por sorte, deixa a presidência de caixa alta. Pode bancar um psicanalista individual. Desses que oferecem sofá de veludo e abajur lilás.

Em algum ponto entre Sarney e ACM, escondem-se os complexos de Lula. O tratamento não é garantia de cura. Porém...

Porém, com sorte e boa análise, Lula pode pegar todas as suas deformações e juntá-las num único complexo. O complexo da governabilidade.

Verá que, em dois reinados, presidiu um ponto de encontro entre a maluquice político-administrativa e os malucos com fins lucrativos.

O abandono do rigor na aplicação de verbas federais

Marta Salomon, Estadão.com

O desvio de dinheiro público por meio de entidades de fachada foi estimulado por vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os vetos abrandaram as exigências para o repasse de verbas do Orçamento a entidades privadas sem fins lucrativos, a pretexto de reduzir a burocracia nas parcerias entre o governo e a sociedade.

Em agosto de 2009, Lula vetou dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que cobrava das entidades candidatas a receber dinheiro público a apresentação de cópia de declaração de informações econômico-fiscais emitida pela Secretaria da Receita Federal.

Com o veto a essa exigência, as candidatas ao repasse ficaram obrigadas a apresentar apenas uma declaração de funcionamento "emitida por três autoridades locais".

Reportagens do Estado publicadas na semana passada revelaram que entidades existentes só no papel foram contratadas para realizar eventos culturais sem licitação e com preços superfaturados.

Os gastos foram autorizados por emendas parlamentares. As denúncias já derrubaram do cargo o relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), na terça-feira.

Ainda não se sabe a dimensão da fraude, mas o veto à exigência de comprovação pelo Fisco do funcionamento das entidades facilitou a liberação de dinheiro público. No Orçamento deste ano, R$ 2,7 bilhões já foram pagos, de um total de R$ 4,5 bilhões de gastos autorizados.

Contratadas em grande parte sem licitação, essas entidades têm sido personagens de sucessivos desvios de dinheiro público.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lula investiu menos do que FHC: 0,71% contra 0,83% do PIB. Os números são oficiais!

Tenho cobrado tanto a presença na oposição no debate que, quando um representante do grupo de manifesta, faz-se necessário destacar e comentar. As críticas do líder tucano, João Almeida (BA) ao andamento do PAC estão corretas. O programa, com efeito, é “fantasia” e “mentira”, além de ser uma enorme cratera lógica.

A mentira e a fantasia ficam por conta do fato de que se chama PAC ao que é uma lista de obras — incluindo as das estatais e da iniciativa privada. Aí fica fácil. Como brinco aqui: se você resolver fazer um puxadinho na sua casa, Lula vai lá e estatiza o mérito. Empresa que pegar uma nesga de financiamento do BNDES para tocar algum empreendimento que diga respeito, ainda que remotamente, a infra-estrutura entra no PAC… Fica até parecendo que, não houvesse a marca-fantasia PAC, e as obras não estariam em curso…

Almeida também diz a verdade quando afirma que a média de investimentos federais no governo FHC foi superior à havida no governo Lula. ATENÇÃO! ESTES SÃO DADOS OFICIAIS: ao longo dos oito anos da gestão petista, essa média foi de 0,71%, contra 0,83% da gestão tucana. É claro que, em números absolutos, parece que o governo Lula leva vantagem, mas esse dado só faz sentido se a referência for o PIB. Sob FHC, o governo investiu, proporcionalmente, 14,1% a mais do que sob Lula.

A farsa

Quando se diz que o PAC é uma farsa, não se está negando a existência de obras. Isso é besteira. Alguma existem mesmo. E estariam ali ainda que o marketing fosse outro ou que o programa chamasse PEC, PIC, POC ou PUC. Finalmente, cumpre destacar: se, com a aceleração, 40% das obras não foram realizadas, e se Lula conseguiu investir menos do que o antecessor — apesar das sucessivas crises que o outro enfrentou —, pergunta-se: como teria sido sem a aceleração?

Lula é um prodígio: acelerou para entregar 60% do que prometeu — e olhem que esses são dados oficiais.


Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mais do mesmo

Dilma Rousseff autorizou a formalização de mais dez ministros de sua equipe. Vão abaixo os nomes:

1. Agricultura: Wagner Rossi (atual ministro, do PMDB-SP)
2. Previdência: Garibaldi Alves (PMDB-RN)
3. Turismo: Pedro Novais (PMDB-MA)
4. Minas e Energia: Edison Lobão (PMDB-MA)
5. Secretaria de Assuntos Estratégicos: Moreira Franco (PMDB-RJ)
6. Secretaria de Direitos Humanos: Maria do Rosário (PT-RS)
7. Secretaria da Pesca: Ideli Salvatti (PT-SC)
8. Comunicações: Paulo Bernardo (PT-PR)
9. Transportes: Alfredo Nascimento (PR)
10. Comunicação Social da Presidência: Helena Chagas

Com essa nova leva, subiu para 16 o número de ministros já formalizados por Dilma. Antes, haviam sido divulgados os seguinte nomes:

1. Casa Civil: Antonio Palocci (PT-SP)
2. Secretaria-Geral da Presidência: Gilberto Carvalho (PT-SP)
3. Justiça: José Eduardo Cardozo (PT-SP)
4. Fazenda: Guido Mantega (PT-SP)
5. Planejamento: Miriam Belchior (PT-SP)
6. Banco Central: Alexandre Tombini.
No Ministério da Previdência, alguém que nada entende da área. No das Minas e Energia e no Turismo, dois indicados pelo Sarney, aquele que Lula chamava de "ladrão"...
Na Secretaria da Pesca, uma política derrotada, que não podia ficar sem emprego...
E assim caminhamos, sustentando este povo... pobre BrasiL!

Brasil tem mais de 14 milhões de analfabetos

Juliana Castro, O Globo

Uma pesquisa divulgada pelo Ipea, nesta quinta-feira, mostra que o Brasil tinha no ano passado mais de 14 milhões de analfabetos acima dos 15 anos, o equivalente a 9,7% da população nesta faixa etária.

Em 2004, o número de brasileiros que não sabia ler e escrever era de pouco mais de 15 milhões. Ou seja, em cinco anos, a redução no número de analfabetos foi de 7%.

Ou seja, a atuação do governo Lula nesta área foi um fracasso. E ainda votaram na continuidade...

Para 64% da população, corrupção aumentou

Roberto Maltchik

A proliferação de casos de desvio de recursos públicos e a frequência de escândalos levaram 64% dos brasileiros a acreditar que a corrupção aumentou nos últimos três anos.

O país tem o 32º maior índice de cidadãos que observam o aumento da corrupção, numa lista com 86 nações. Senegal está no topo, com 88% da população convencidas de que a corrupção piorou, seguido da Romênia (87%) e da Venezuela (86%).

Com o Brasil, estão Itália (65%), Lituânia (63%) e África do Sul (62%). Na média geral, seis entre cada dez pessoas avaliam que os desmandos aumentaram em seus países, segundo pesquisa Barômetro Global de Corrupção 2010, divulgada pela Transparência Internacional.

A pesquisa também revela que a população brasileira trata o Legislativo e os partidos políticos como instituições à venda, extremamente suscetíveis ao poder do dinheiro para o comércio de vantagens nas relações entre o público e o privado.

Numa escala de cinco níveis, em que o nível 1 indica a inexistência de corrupção, e o 5, total suscetibilidade, casas legislativas e partidos atingem o patamar de 4,1 pontos. Em segundo lugar, a polícia aparece com 3,8 pontos.

— A pesquisa aponta para os lugares certos. Onde é que temos os maiores problemas? Onde está o nó? Partidos políticos, Legislativo e polícias, especialmente as estaduais — diz o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.

A pesquisa encomendada ao instituto Ibope Inteligência ouviu mil brasileiros, em junho deste ano. Nos 86 países, a Transparência ouviu 91.781 pessoas. A margem de erro varia entre 2,18% e 4,4%.

O diretor para América Latina da Transparência Internacional, Alejandro Salas, frisou que o Brasil é reconhecidamente um país onde o clientelismo e o abuso do poder, promovidos pela classe política, ainda prosperam.

— Há dois mundos no Brasil. Um dos consumidores e da maioria dos empresários, que já amadureceram e lidam bem com a transparência. O outro é o dos políticos e dos apadrinhados por eles — afirma.

Os dados da pesquisa mostram que 54% dos entrevistados consideram insuficientes as ações governamentais para lutar contra os ataques aos cofres públicos.

O estudo revela ceticismo ainda maior no mundo desenvolvido. Na Noruega, 61% dos entrevistados não creem em medidas oficiais contra a corrupção. Nos Estados Unidos, 71% das pessoas desconfiam da eficiência governamental.

— Isso é consequência da grande frustração provocada junto à população dos países ricos com a crise econômica. Os cidadãos não viram uma reação adequada diante dos desvios descobertos a partir de 2008 — avalia Salas.

Porém, os brasileiros negam que participem de atos de corrupção. Só 4% admitem que no último ano pagaram "um trocado" para fugir de blitz policial ou antecipar a instalação de serviços de água ou luz, equiparando seu comportamento ao de contribuintes do Canadá, de Israel ou da Irlanda.

Para 37% dos entrevistados, a imprensa tem um papel importante no combate à corrupção.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um século de hipocrisia

Escrito por Rodrigo Constantino


"É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: que admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte; ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola..." (Roberto Campos)
O arquiteto Oscar Niemeyer completou um século de vida sob grande reverência da mídia. Ele foi tratado como "gênio" e um "orgulho nacional", respeitado no mundo todo. Não vem ao caso julgar suas obras em si, em primeiro lugar porque não sou arquiteto e não seria capaz de fazer uma análise técnica, e em segundo lugar porque isso é irrelevante para o que pretendo aqui tratar.

Entendo perfeitamente que podemos separar as obras do seu autor, e julgá-los independentemente. Alguém pode detestar a pessoa em si, mas respeitar seu trabalho. O problema é que vejo justamente uma grande confusão no caso de Niemeyer e tantos outros "artistas e intelectuais". O que acaba sendo admirado, quando não idolatrado, é a própria pessoa. E, enquanto figura humana, não há nada admirável num sujeito que defendeu o comunismo a vida inteira.

Niemeyer, sejamos bem francos, não passa de um hipócrita. Seus inúmeros trabalhos realizados para governos, principalmente o de JK, lhe renderam uma bela fortuna. O arquiteto mamou e muito nas tetas estatais, tornando-se um homem bem rico. No entanto, ele insiste em pregar, da boca para fora, o regime comunista, a "igualdade" material entre todos. Não consta nas minhas informações que ele tenha doado sua fortuna para os pobres. Enquanto isso, o capitalista "egoísta" Bill Gates já doou vários bilhões à caridade. Além disso, a "igualdade" pregada por Niemeyer é aquela existente em Cuba, cuja ditadura cruel o arquiteto até hoje defende.

Gostaria de entender como alguém que defende Fidel Castro, o maior genocida da América Latina, pode ser uma figura respeitável enquanto ser humano. São coisas completamente contraditórias e impossíveis de se conciliar. Mostre-me alguém que admira Fidel Castro e eu lhe garanto se tratar ou de um perfeito idiota ou de um grande safado. E vamos combinar que a ignorância é cada vez menos possível como desculpa para defender algo tão nefasto como o regime cubano, restando apenas a opção da falta de caráter mesmo. Ainda mais no caso de Niemeyer.

Na prática, Niemeyer é um capitalista, não um comunista. Mas um capitalista da pior espécie: o que usa a retórica socialista para enganar os otários. Sua festa do centenário ocorreu em São Conrado, bairro de luxo no Rio, para 400 convidados. Bem ao lado, vivem os milhares de favelados da Rocinha.
Artistas de esquerda são assim mesmo: adoram os pobres, de preferência bem longe.

Outro aclamado artista socialista é Chico Buarque, mais um que admira Cuba bem de longe, de sua mansão. E cobra caro em seus shows, mantendo os pobres bem afastados de seus eventos. A definição de socialista feita por Roberto Campos nos remete diretamente a estes artistas: "No meu dicionário, 'socialista' é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros".

Aquelas pessoas que realmente são admiráveis, como tantos empresários que criam riqueza através de inovações que beneficiam as massas, acabam vítima da inveja esquerdista. O sujeito que ficou rico porque montou um negócio, gerou empregos e criou valor para o mercado, reconhecido através de trocas voluntárias, é tachado de "egoísta", "insensível" ou mesmo "explorador" por aqueles mordidos pela mosca marxista. Mas quando o ricaço é algum hipócrita que prega aos quatro ventos as "maravilhas" do socialismo, vivendo no maior luxo que apenas o capitalismo pode propiciar, então ele é ovacionado por uma legião de perfeitos idiotas, de preferência se boa parte de sua fortuna for fruto de relações simbióticas com o governo. Em resumo, os esquerdistas costumam invejar aquele que deveria ser admirado, e admirar aquele que deveria ser execrado. É muita inversão de valores!

Recentemente, mais três cubanos fugiram da ilha-presídio de Fidel Castro.


Eles eram artistas, como o cantor Chico Buarque, por exemplo. Aproveitaram a oportunidade e abandonaram o "paraíso" comunista, que faz até o Brasil parecer um lugar decente. Eu gostaria de aproveitar a ocasião para fazer uma proposta: trocar esses três "fugitivos" que buscam a liberdade por Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Luiz Fernando Verissimo, três adorados artistas brasileiros, defensores do modelo cubano. Claro que não seria uma troca compulsória, pois estas coisas autoritárias eu deixo com os comunistas, que abominam a liberdade individual. A proposta é uma sugestão, na verdade. Acho que esses três comunistas mostrariam ao mundo que colocam suas ações onde estão suas palavras, provando que realmente admiram Cuba. Verissimo recentemente chegou a escrever um artigo defendendo Zapata e Che Guevara.

Não seria maravilhoso ele demonstrar a todos como de fato adora o resultado dos ideais dessas pitorescas figuras?

Enfim, Niemeyer completa cem anos de vida. Um centenário defendendo atrocidades, com incrível incapacidade de mudar as crenças diante dos fatos.

O que alguém como Niemeyer tem para ser admirado, enquanto pessoa? Os "heróis" dos brasileiros me dão calafrios! Eu só lamento, nessas horas, não acreditar em inferno. Creio que nada seria mais justo para um Niemeyer quando batesse as botas do que ter de viver eternamente num lugar como Cuba, a visão perfeita de um inferno, muito mais que a de Dante. E claro, sem ser amigo do diabo, pois uma coisa é viver em Cuba fazendo parte da nomenklatura de Fidel, com direito a casas luxuosas e Mercedes na garagem, e outra completamente diferente é ser um pobre coitado qualquer lá. Acredito que esse seria um castigo merecido para esse defensor de Cuba, que completa um século de hipocrisia sendo idolatrado pelos idiotas.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Lula completa 470 dias de viagens ao exterior

Eduardo Scolese

Tempo equivale a 16% do mandato de 8 anos

Editor-Assistente de Poder

Ao participar ontem e hoje de encontro da Cúpula Ibero-Americana, desta vez em Mar del Plata, na Argentina, o presidente Lula encerrará como recordista absoluto seu ciclo de viagens ao exterior.

Hoje, quando embarcar de volta ao Brasil, terá completado 470 dias em deslocamentos internacionais -o equivalente a 16% de seu mandato de oito anos na Presidência, iniciado em 2003.

A marca não passa perto da de seus antecessores. Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, em seus oito anos no Planalto, passou 347 dias em viagens fora do Brasil (12% do mandato).

Bem atrás aparecem Itamar Franco (5%), José Sarney (8%) e Fernando Collor (10%).
Com essa passagem pela Argentina, Lula também arredondará uma marca: a de 150 dias em viagens pela América do Sul. Entre 1995 e 2002, FHC passou 113 dias em vizinhos sul-americanos.

Na comparação entre os dois, o petista vence de goleada em dias na África (54 a 13). Na Europa, por exemplo, a vantagem de Lula é mais apertada (137 a 116).

No pacote de milhagem do presidente, estão 248 visitas ao exterior, com 87 diferentes nações, além da Antártida.

Só pela Argentina Lula passou 18 vezes. Pelos EUA e Venezuela, 13 cada um.

Adams, da família Luiz Inácio, deve ser o 11º do Supremo

Por Felipe Recondo, no Estadão:

Apontado como candidato único ao Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha fora da corrida pela vaga, Adams ficou sozinho nessa disputa.

A indicação poderá ser confirmada até sexta-feira, afirmaram líderes governistas ao próprio Adams. Nesse caso, o processo de aprovação seguirá ritmo de urgência: sabatina na Comissão de Constituição e Justiça num dia e aprovação do nome no plenário do Senado, no mais tardar, no dia seguinte. Na próxima semana, Adams terá quatro audiências com o presidente Lula. A última delas, na quinta-feira à tarde, sobre a indicação de juízes para tribunais.

A indicação do novo ministro era esperada para o retorno do presidente da viagem à Coreia do Sul, após o feriado do dia 15 de novembro. Mas Lula revelou a pessoas próximas que preferiu deixar para os últimos dias a escolha por uma razão principal. Não queria que o escolhido fosse alvo de pressões de partidos interessados em derrubar a Lei da Ficha Limpa. Como o julgamento no STF teve um resultado improvisado após o empate na votação, será o novo ministro que dará a palavra final nessa contenda.

Esse será o primeiro grande julgamento de Adams no tribunal. Mas a principal ação que julgará é a do mensalão petista, caso que pode entrar em pauta já em 2011. Outros assuntos polêmicos são a constitucionalidade da política de cotas raciais nas universidades, apoiada pelo governo, o aborto de fetos anencéfalos e o poder de investigação do Ministério Público. Em outros processos, em que tenha dado pareceres como advogado da União, Adams estará impedido de julgar

sábado, 20 de novembro de 2010

Na economia, Dilma descumpre primeira promessa de campanha antes mesmo de tomar posse

Por Adriana Fernandes e Fabio Graner, no Estadão:

Na direção oposta ao discurso da presidente eleita Dilma Rousseff, que é preciso “apertar o cinto”, o governo federal abriu ainda mais a torneira do gasto e ampliou em R$ 18,6 bilhões as despesas previstas para este ano. É o terceiro desbloqueio de gastos do orçamento feito pelo governo em 2010.

O pé no acelerador das despesas federais no apagar das luzes do governo Lula veio acompanhado de redução da meta de superávit primário das contas do setor público em 2010 e 2011, numa sinalização que haverá mudanças mais profundas na política fiscal no primeiro ano do governo Dilma.

A Eletrobrás, estatal que conta com forte ingerência do PMDB, principal partido aliado do governo, será retirada do cálculo do superávit primário, permitindo a redução da meta de 3,3% para 3,1% do PIB deste ano. Em 2011, de acordo com os parâmetros econômicos atuais, a meta será ainda menor: 3% do PIB. A reação ontem às três medidas foi de desconfiança. As apostas de alta nos juros subiram no mercado futuro, diante de evidências de que a moderação das despesas ainda é apenas discurso.

Nas últimas semanas, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) deram declarações de que o momento era de redução de gastos. Mantega chegou a criticar a Comissão de Orçamento do Congresso Nacional por ter aumentado em quase R$ 20 bilhões a previsão de arrecadação na proposta de Orçamento de 2011, o que, segundo ele, só serviria para ampliar a pressão por mais despesas.

domingo, 14 de novembro de 2010

Petrobras tem 43 contratos com marido de ministeriável

FOLHA DE S. PAULO

Negócios saltaram em 2007, quando Graça Foster assumiu diretoria da estatal

Engenheira é cotada para assumir cargo no 1º escalão do governo Dilma; Petrobras nega que haja favorecimento

Fernanda Odilla

A empresa do marido de Maria das Graças Foster, nome forte para o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff, multiplicou os contratos com a Petrobras a partir de 2007, ano em que a engenheira ganhou cargo de direção na estatal.

Nos últimos três anos, a C.Foster, de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades da estatal.

Entre 2005 e 2007, apenas um processo de compra (sem licitação) havia sido feito com a empresa do marido de Graça, segundo a Petrobras.

A C.Foster, que já vendeu R$ 614 mil em equipamentos para a Petrobras, começou na década de 1980 com foco no setor de óleo e gás, área hoje sob a responsabilidade de Graça Foster.

Funcionária de carreira da Petrobras, Graça é cotada para um cargo no primeiro escalão do governo dilmista, como a presidência da Petrobras, a Casa Civil, a Secretaria-Geral da Presidência ou outro posto próximo da presidente eleita, de quem ganhou confiança.

Foi por indicação de Dilma que Graça ganhou, a partir de 2003, posições de destaque no Ministério de Minas e Energia, Petroquisa e BR Distribuidora e, há três anos, assumiu a diretoria de Gás e Energia da Petrobras.

Antes de a C.Foster firmar esses 42 contratos com a Petrobras, a relação de Graça com a empresa do marido, Colin Vaughan Foster, já havia gerado mal-estar.

Em 2004, uma denúncia contra a engenheira, relacionada ao suposto favorecimento à empresa do marido, foi encaminhada à Casa Civil.

O então ministro José Dirceu pediu esclarecimentos ao Ministério de Minas e Energia, sob o comando de Dilma. A fonte da denúncia não é identificada nos documentos obtidos pela Folha.

Empreiteiras com obras irregulares deram R$ 70,5 mi ao PT

De Alfredo Junqueira, de O Estado de S.Paulo

Empresas responsáveis por obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) doaram R$ 240,5 milhões para campanhas políticas ao longo do primeiro turno das eleições deste ano.

O partido mais beneficiado pelas contribuições dessas empreiteiras foi o PT, cujas campanhas receberam R$ 70,5 milhões. Somente a direção nacional da legenda foi agraciada com R$ 18,7 milhões.

Com base em processos disponíveis no site do TCU, o Estado identificou empresas responsáveis ou integrantes de consórcios de 9 das 18 obras do PAC que apresentaram irregularidades graves e que, portanto, terão de ser paralisadas.

Entram nesse grupo a Camargo Corrêa, integrante do consórcio contratado para realizar melhoramentos no Aeroporto de Vitória (ES). Foi a empreiteira que mais doou no primeiro turno: R$ 91,7 milhões.

Em seguida, vem a Construtora Queiroz Galvão. A empresa é responsável pela construção do Canal do Sertão, em Alagoas, da Adutora Pirapama, em Pernambuco, e faz parte do pool de empreiteiras que deveria reformar e ampliar o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

A construtora contribuiu com R$ 58,2 milhões.

Ainda integram o grupo as construtoras OAS (R$ 41,2 milhões), Egesa (12,3 milhões), Mendes Júnior (R$ 12,2 milhões), Constran (R$ 3,8 milhões), EIT - Empresa Industrial Técnica (R$ 9,7 milhões), Serveng (R$ 9,3 milhões) e Odebrecht (R$ 2,1 milhões). Todos esses montantes deverão ainda ser reajustados.

O prazo para a prestação de contas dos candidatos que participaram do segundo turno - inclusive da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), e do candidato derrotado José Serra (PSDB) - termina no próximo dia 30.

Depois do PT, a legenda que mais recebeu recursos das empreiteiras das obras irregulares do PAC foi o PMDB, com R$ 38,4 milhões.

Logo atrás aparece o PSDB, com R$ 38,1 milhões. O crescimento do PSB nas urnas se refletiu nas doações às campanhas do partido.

Os socialistas, que passam a governar seis Estados a partir do dia 1.º de janeiro, ficaram em quarto lugar, com R$ 25,3 milhões - superando até o DEM, que recebeu R$ 16,5 milhões.

O PV, da candidata derrotada à Presidência, Marina Silva, aparece apenas na nona posição, com R$ 4,2 milhões em doações. A campanha dela recebeu duas contribuições diretas por parte da Camargo Corrêa, totalizando R$ 1 milhão.

No ranking das doações individuais, os oito beneficiários com maior volume de recursos são integrantes do PT ou de partidos aliados. O líder é Aloizio Mercadante, candidato petista derrotado ao governo de São Paulo, que recebeu R$ 5,5 milhões dessas construtoras.

Também derrotado ao governo do Paraná, Osmar Dias (PDT) vem em segundo, com R$ 5 milhões. O governador reeleito do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), é o terceiro, com R$ 3,3 milhões.

sábado, 6 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

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MÁGICOS DAS CONTAS

COLUNA NO GLOBO

O governo Lula está produzindo o maior retrocesso na História recente do país na transparência das contas públicas. Ontem foi um dia de não se esquecer. Dia em que o governo fez a mágica de transformar dívida em receita. E assim produziu o maior superávit primário do país em setembro, quando, na verdade, o Tesouro teve um déficit de R$ 5,8 bilhões.

O passo a passo do governo nessa confusão é o seguinte: 1) o Tesouro emitiu dívida no valor de R$ 74,8 bilhões. 2) transferiu uma parte, R$ 42,9 bilhões, diretamente à Petrobras, para subscrever as ações da empresa. 3) entregou o resto, R$ 31,9 bilhões, ao BNDES e ao Fundo Soberano. 4) BNDES e FSB repassaram esses títulos à Petrobras para pagar pelas ações que também compraram. 5) a Petrobras pegou todos esses títulos que recebeu e com eles pagou a cessão onerosa dos barris de petróleo do pré-sal. 6) o governo descontou o dinheiro que gastou na subscrição e considerou que o resto, R$ 31,9 bilhões, era receita.
De acordo com o secretário do Tesouro, Arno Augustin, isso é igualzinho à receita de concessão que o governo Fernando Henrique registrou no seu superávit primário quando vendeu a Telebrás. Não é não. Aquele momento o governo estava vendendo ativos e recebendo em dinheiro. Agora ele está transferindo petróleo, ainda não retirado, e recebendo de volta títulos da dívida que ele mesmo emitiu. Se fosse igual à receita de privatização, como Augustin fala, por que então o governo precisou que o dinheiro passasse pelo BNDES? É para que na passagem acontecesse a mágica de o título de uma dívida do Tesouro virar receita.
O secretário disse que “essa ideia de que o BNDES participou por causa do superávit é errada.” Segundo ele, se o BNDES não entrasse o Tesouro perderia participação na Petrobras. Conversa. O governo não fez diretamente porque ficaria mais explícito o truque de fazer sopa de pedra.

Para completar a confusão, os R$ 24 bi em títulos que foram para o BNDES — o resto dos R$ 31,9 bi foi para o Fundo Soberano — entraram na conta da dívida pública bruta, mas não na dívida líquida porque o governo alega que é “empréstimo” e um dia o BNDES vai pagar. Portanto, a dívida líquida não sobe, apesar de o governo ter se endividado. Foi assim com outros R$ 180 bi em títulos transferidos para o BNDES.

O governo está desmoralizando os indicadores de superávit primário e dívida líquida. Pelos números, está tudo bem: superávit na meta e dívida com tendência de queda.

Maílson da Nóbrega acha que o governo não está apenas fazendo mágica, está destruindo a transparência e a solidez das estatísticas do país pelas quais vários governos trabalharam:
— Eles produziram artificialmente receitas públicas para simular um superávit inexistente, que não resulta de esforço de austeridade fiscal. Além disso, zombam dos analistas. Será que acham que jornalistas, economistas, consultores não perceberam a manobra? Esse truque não tem fim, porque eles podem agora vender petróleo futuro e dizer que é receita.

O assunto “contas públicas” é considerado o mais árido da economia. Mas quanto mais transparentes forem as contas mais capaz é a sociedade de saber o que o governo está fazendo com o dinheiro coletivo e mais poder tem de influir no destino dos recursos. A névoa nas contas públicas retira esse poder.

Esse não é o primeiro truque, é apenas o mais extravagante. Em agosto do ano passado, a MP 468 permitiu que o governo usasse depósitos judiciais como receita. Contribuinte que entra na Justiça discutindo a legalidade de um imposto tem que depositar a quantia contestada. Esse valor pode ser do governo, ou não. Mas pela MP, R$ 5 bi entraram como receita em 2009 e R$ 6,4 bi, em 2010.

No final do ano passado, outra MP, a 478, permitiu ao Tesouro vender antecipadamente os dividendos que tem a receber de estatais e empresas de economia mista. O BNDES comprou e repassou ao Tesouro R$ 5,2 bilhões que ele teria de dividendos da Eletrobrás.

O governo decidiu excluir os investimentos do PAC da contabilidade das despesas. Alguns gastos já estavam excluídos da conta porque estavam no Plano Piloto de Investimentos. Só que para entrar no PPI o investimento tem seguir várias regras e ter metas de desempenho. O governo fez o PPI perder suas qualidades e enquadrou o PAC na mesma brecha fiscal. Na série estatística está registrado que o governo cumpriu a meta. Só cumpriu por manobras assim.

No governo militar inventou-se uma fórmula que criava dinheiro. Era a conta conjunta entre Banco Central e Banco do Brasil. O governo mandava o Banco do Brasil pagar e depois pegar no BC. Assim surgiu o “orçamento monetário”, uma espécie de orçamento do B no qual cabiam todas as despesas. Essas e outras maluquices deixaram uma montanha de dívida não contabilizada. O governo Fernando Henrique tirou as dívidas do armário e pôs na conta.

Foi com mágicas como a do orçamento monetário que o Brasil produziu uma inflação alta, longa e que virou hiperinflação. Já vimos esse filme, morremos no final. O problema é que quando chega o final, quem fez o mal não está aí para responder por ele.

Galeria dos Presidentes


terça-feira, 2 de novembro de 2010

As mentiras continuam a serem contadas

Segundo Jacob Gorender, historiador de esquerda e autor do livro Combate nas Trevas, o Colina (Comando de Libertação Nacional), um dos grupos a que Dilma pertenceu, foi um dos poucos a fazer a defesa clara do terrorismo. Como diz Reinaldo Azevedo, “talvez ela pertencesse à facção lítero-musical do grupo, que organizava chás beneficentes com as senhoras respeitáveis da sociedade mineira”. Enquanto alguns pegavam na metranca, outros pegavam no cabo da xícara. Depois ela fez parte da VAR-Palmares, uma organização também com alto índice de letalidade — pelo bem da humanidade. Mas ela resistiu. Deve ser o caso de uma dupla personalidade, não é mesmo?

Outra ironia é a de que vimos o presidente em palanque a afirmar que o eleitor não permitiria que o Brasil voltasse ao passado. Qual passado? O da inflação descontrolada de Sarney? Não, né? Sarney hoje é Lula. O do destrambelhamento colorido? Não, né? Collor hoje é Lula. O Brasil não voltaria ao passado de FHC, aquele do Plano Real, que consertou a economia e pôs fim justamente à inflação.

O passado ainda persiste no lulismo e de deve permanecer no “dilmismo”, com Sarney, Renan, Collor, Tiriricas, etc...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Se eleita, primeira viagem de Dilma será à África

DEU NA FOLHA DE S. PAULO

Se eleita no domingo, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, já tem montada uma agenda de viagens internacionais em que desfilará de braços dados com o presidente Lula.
O comando da campanha dilmista começou a esboçar seus primeiros passos após a eleição. A tendência é que ela vá com a comitiva presidencial a Moçambique, África, em 9 de novembro, conhecer a fábrica brasileira de antiretrovirais.

A viagem começaria após os seis dias de férias que ela pretende tirar a partir do dia 2, caso seja eleita.

Dilma encerra a campanha em Belo Horizonte, no sábado. No domingo, vota em Porto Alegre e deve acompanhar a apuração no Palácio da Alvorada, em Brasília, com Lula e ministros.

Na noite de domingo, a petista fará um pronunciamento em um hotel da cidade. Caso vença, segue para uma festa e concede entrevista na segunda.

Segundo integrantes do QG dilmista e interlocutores de Lula, a ideia original era que o primeiro compromisso como eleita fosse a viagem a Seul, para a reunião do G-20.

Dilma, porém, irá na comitiva de Lula que agendou a passagem por Maputo no caminho para a Coreia do Sul.

A Presidência negocia a participação de Dilma no G-20.

Isso que dá o povo acreditar nas mentiras que dizem. Nem foi eleita, e já planeja gastar dinheiro público, viajando.

Aliás, o petismo está resolvendo todas suas frustrações, não é mesmo? Sem trabalhar, mas ganhando dinheiro de forma fácil, viajam para tudo quanto é canto deste planeta. em psicoterapia precisam, não é mesmo?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Escândalo no SBT! Ou: Assim anda a liberdade de imprensa no Brasil! Ou: E o PT ainda quer conselhos para “controlar a mídia!

Leiam o que informa Renata Lo Prete na Folha Online.

O SBT-Nordeste procurou a campanha de José Serra para cancelar a entrevista que faria com o candidato tucano à Presidência da República nesta quarta-feira, às 12h20, em substituição ao debate inviabilizado pela recusa de Dilma Rousseff (PT) em participar.

O evento, sobre temas específicos da região, seria transmitido por dez emissoras afiliadas ao SBT, com geração pela TV Aratu de Salvador. Quando da negociação das regras do debate com as duas campanhas, ficou estabelecido por escrito que, em caso de desistência de um dos participantes, o outro seria entrevistado por 30 minutos, e a ausência do oponente seria mencionada pelo mediador no início de cada bloco.

O SBT-Nordeste, porém, alegou a assessores de Serra ter recebido pressão da cúpula nacional da emissora para não realizar a entrevista.

É uma vergonha! Deve ser por isso que o SBT está perdendo audiência ... tomara que afunde de vez e pare de sobreviver com propagandas lulistas.


Tempos modernos


Piadinha eleitoral

Por que a Dilma não sobe em árvore?

R: Porque o José Serra

domingo, 24 de outubro de 2010

Conselheiro do FBI diz que 1% da população é psicopata

Robert Hare, de 76 anos, é professor emérito da University of British Columbia. Há quase 40 anos é um estudioso da psicopatia e criou, em 1991, uma escala que padronizou a definição do desvio da patologia.

A Hare PCL-R (Psychopathy Checklist Revised) foi traduzida para o português no ano 2000 e é utilizada em presídios e empresas de todo o mundo. Hare atua como conselheiro do FBI, onde também participa de uma unidade de investigação de assassinos em série.

É autor dos livros Without Conscience: The Disturbing World of the Psychopaths Among Us e Snakes in Suits: When Psychopaths Go To Work, lançado em 2006. Ele fara palestra hoje, às 8h, no Expo Unimed, durante a 40.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia.

Paraná Online - Como foi elaborada a escala?

Robert Hare - Comecei a pesquisar sobre o assunto entre meu mestrado e meu doutorado, enquanto trabalhava como psicólogo em uma penitenciária de segurança máxima.
Lá, eu percebi que não havia um padrão para definir o quanto a pessoa era perigosa para a sociedade. Depois que me tornei professor, fazia mais de 12 horas de pesquisas diárias para chegar à escala. Foi muito difícil.

Paraná Online - E como ela começou a ser aplicada por outras pessoas?

RH - A escala foi criada para medir psicopatia, para pesquisa, mas pessoas que trabalham com a lei perceberam nela uma ferramenta valiosa. Ela começou a ser utilizada para analisar casos de reincidência e funcionou bem quando aplicada antes da soltura dos presos, para saber se eles poderiam ser reinseridos na sociedade.


Em Colorado, por exemplo, ela é aplicada em maníacos sexuais, mas é utilizada em vários lugares do mundo. É também utilizada por empresas que contratam presidiários e ainda serve para saber em que tipo de pessoa vale a pena investir num tratamento, porque não há como tratar um psicopata adulto dependendo do nível de psicopatia que ele atingiu. No caso de um jovem, é possível otimizar as ações futuras.

Paraná Online - O que fazer quando a pessoa não terá cura?

RH - Rezar (risos). O importante é compreender o assunto, porque muitas pessoas sabem que o suspeito é uma pessoa perigosa, mas não tem noção de que ele pode ser um psicopata. Geralmente vamos pela primeira impressão, nem pesquisamos sobre pessoas que chegam bem vestidas e que falam bem. Elas nos convencem. O termo correto para descrever um psicopata é “sem consciência”.

Paraná Online - Como o psicopata começa a agir?

RH - O que os move é a adrenalina. É como uma droga, da qual ele sempre quer mais. Ele pode começar roubando uma roupa íntima, depois se desafiar a passar a mão em alguma mulher sem a autorização dela. Se a adrenalina subir, pode querer então estuprar, e chegar a matar. Se gostar da sensação do homicídio, pode querer matar mais.

Paraná Online - Mas eles não se importam com as vítimas?

RH - Não. Eles não sentem culpa e só se preocupam com eles mesmos. Por isso podem roubar filhos, a mãe ou a esposa, sem se importar. Para eles não fará diferença se o roubo for resolver o que eles precisam. Fazem isso ao contrário da maioria das pessoas envolvidas no mundo do crime, que quebram regras, mas sentem-se culpas em algum momento.

Paraná Online - Como diferenciar um assassino em série de um psicopata e de um maníaco sexual?

RH - Nem todo psicopata é um assassino em série, mas 90% dos assassinos em série são psicopatas. Nos casos de autores de crimes sexuais, quando são psicopatas, escolhem mulheres em idade fértil, porque querem espalhar seus genes. Já os abusadores de crianças são pessoas sozinhas, que muitas vezes acham que estão fazendo um favor para a vítima e que estão apenas mostrando que amam ela. Eles têm um distúrbio emocional, mas em poucos casos chega a ser psicopatia.

Paraná Online - E quando, depois do abuso sexual, o estuprador se torna assassino?

RH - A maioria das pessoas que estupram e matam a vítima para não serem identificadas provavelmente tem a chance de ter psicopatia, porque poderiam usar uma máscara para não se identificar, por exemplo, mas preferiram eliminar uma vida, no auge do egoísmo, apenas para manter o crime em segredo.

Paraná Online - Em Curitiba, a Rachel Genofre, de apenas 9 anos, foi estuprada, morta e colocada em uma mochila, que foi abandonada na Rodoferroviária da cidade. O assassino até hoje não foi localizado, mas pelas características do crime, dá para se dizer que ele é psicopata?

RH - Sim, mas também pode ser uma patologia diferente, ainda mais grave.

Paraná Online - Como os psicopatas estão espalhados pelo mundo, de acordo com suas pesquisas?

RH - 1% da população mundial é psicopata, e todas as pessoas vão conhecer pelo menos 15 psicopatas ao longo da vida. A medição é como auferir a pressão do sangue, tem vários níveis. Entre os homens presos, 15% tem o nível mais alto da escala, que vai de zero a 40, onde acima de 30 a pessoa é considerada psicopata. Na América do Norte a média das pessoas está no nível 22.

Paraná Online - Seu livro mais recente é mais específico do que o primeiro?

RH - Um pouco. Trata da facilidade que os psicopatas têm no mundo corporativo. Eles fazem a chefia acreditar que serão bons para a empresa, tem boa aparência, se vendem bem, e falam o que as pessoas precisam ouvir, por isso tem facilidade de conquistar o poder para fazer o que querem.

Paraná Online - E no Brasil, como está o estudo sobre psicopatia?

RH - A escala é pouco utilizada no Brasil, porque o País ainda está começando a entender sobre o assunto. Na Europa e América do Norte todos sabem que um psicopata é alguém que alcança o nível alto na minha escala. Meus dois livros foram traduzidos para várias línguas, até para o russo, mas não para o português. Verifiquei dados de alguns autores brasileiros que publicaram livros sobre o assunto e encontrei vários erros.

Paraná Online - O senhor acredita que os programas sobre assassinos em série são educativos para a população?

RH - A realidade não é como na televisão. Acho estes programas chatos. As pessoas se interessam tanto por assassinos em série, mas não se aprende nada com eles. O psicopata mais preocupante está na população e não se sabe quem ele é. Muitas vezes ele nem mata.

Os agressores

E depois o PT fala em democracia... E há imbecis que acreditam ainda!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SEM MEDO DO PASSADO

Fernando Henrique Cardoso

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, auto glorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?
A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo?
Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobrás, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobrás produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.
Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).


Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.

domingo, 17 de outubro de 2010

Sétimo dia

Missa de sétimo dia de falecimento de meu pai - 19/10/2010 às 19h00 Igreja de Santa Luzia, Rua Gen. Agostinho P Alves Filho, 529, Mercês, Curitiba - PR

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Nota de Falecimento

É com grande pesar que comunico o falecimento, na data de hoje, de meu pai, Luiz Gouvêa Galleazzo.
O guardamento será realizado na Capela do Vaticano, com enterro às 17 horas.

sábado, 9 de outubro de 2010

Ciro Gomes, coordenador de Dilma, diz o que pensa de Temer, o vice: “É chefe de ajuntamento de assaltantes”. E ainda: Serra é mais preparado!

Ciro Gomes, um dos novos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República, concedeu uma entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV. Ela foi ao ar na madrugada de 26 de abril, há menos de seis meses. Três dias antes, ele havia falado a Carlos Nascimento, do SBT. Assistam ao vídeo.

Ciro sobre o PMDB:
“É que, hoje, quem manda no PMDB não tem o menor escrúpulo: nem ético, nem republicano, nem compromisso público, nada! É um ajuntamento de assaltantes na minha opinião. Eu acho que o Michel Temer hoje é o chefe dessa turma.”
Aliança do PT com o PMDB
“Nas eleições gerais de 2010, vamos ter clareza, a aliança do PT com o PMDB é para traficar minutos de televisão; é para asfixiar o debate, não é para governar. Porque, para governar, a gente faz aliança depois”.
Sobre o Ibope
“O Ibope, o Montenegro vende até a mãe para ganhar dinheiro. Esse aí eu conheço de longuíssima data! Mas vende [pesquisa] e vende mesmo!”
Sobre Lula e o PT golpista
“Olhe aqui: o Lula e o PT ficaram contra a Constituição brasileira de 1988. Vamos lá! O Fernando Henrique começou a experiência de governança dele, como presidente da República, já com a obra fundamental para a história brasileira em curso, que era o Plano Real. E o PT ficou contra!O Lula ficou contra! O Lula ficou contra o governo Fernando Henrique a ponto de o PT, não Lula, ter feito uma campanha golpista: “Fora FHC”
Quem é o melhor candidato?
“Agora, perguntado, evidentemente, a gente tem de dizer a verdade. Todo mundo sabe que eu sou adversário do Serra desde sempre. Agora, o Serra é mais preparado do que a Dilma. Por quê? Porque já foi governador, porque já foi prefeito, porque já foi ministro duas vezes, já foi deputado, já disputou eleições, já ganhou, já perdeu, e ela nunca disputou nenhuma eleição.”
E ainda quer convencer quem a votar nela, Ciro? Se até você nao votou e não vota...

Lula 'não vale nada' e é 'um picareta', afirma o casseta Marcelo Madureira

Parabéns grande mestre!

O promotor de Justiça Celso Jair Mainardi foi nomeado pelo governador Orlando Pessuti (PMDB) para o cargo de desembargador no Tribunal de Justiça do Paraná.
Ele assume no lugar do desembargador Carlos Augusto Hoffmann, ex-presidente do Tribunal, e que se aposentou. A posse do desembargador está marcada para o próximo dia 28.
Mainardi é gaúcho e cursou Direito na Universidade Estadual de Londrina, em 1985. Foi segundo tenente de Infantaria do Exército e integrou a Polícia Federal, antes de ingressar no Ministério Público do Paraná, em 1990. É mestre em Direito pela Unicuritiba, onde também leciona, na graduação e na pós-graduação em Direito.
Merecida promoção, pelo seu conhecimento, humildade e atitude ética.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Má gestão em psicologia?

Conforme a nota publicada na revista Contato (edição 71 – Set/Out/2010), o CRP deixará de produzir calendários e agendas para o ano de 2011, devido ao alto índice de inadimplência.
Inadimplência esta, ressalte-se, que estava a níveis reduzidos em 2007, último ano da gestão CONEXÃOPSI.

Alguns comentários devem ser realizados e várias perguntas ficarão sem respostas.
Desejo que o CRP-08 esclareça a categoria.

O CRP-08, em 2007, tinha inadimplência de 8%, na gestão CONEXÃOPSI.

De lá pra cá, o índice foi aumentando, o que nos causa espécie. Porque este nível tão alto, que impede a realização de calendários e agendas, dentre outras atividades? Porque será que se chegou a este alto nível? Reflexo da gestão ditatorial? Gastos excessivos? Ações mal planejadas?

Insta salientar que, à época do lançamento de agendas e calendários, fui crítico em relação a tais atitudes. Achei gasto desnecessário. Mas o viés eleitoral falou mais alto...

Analisemos algumas coisas que ocorrem na gestão que foi reeleita, até porque, chapa única.

Em primeiro lugar, o índice de inadimplência cresce por causa do alto valor da anuidade. Na gestão CONEXÃOPSI, a anuidade ficou congelada por 03 anos, e isso fez com que caísse a media histórica, que era em torno de 18% a.a., para algo em torno de 8 %.


Valores que são reajustados todos os anos, sem explicações ou justificativas plausíveis, causam estes adiamentos no pagamento do tributo. Psicólogo algum gosta de saber que, novamente, sua anuidade subiu e ele não viu resultado algum. Esta política de altas anuais, sem retorno ao profissional, trazem o desestímulo ao pagamento.


Ressalte-se que, ainda que utilizem os mecanismos das prévias orçamentárias, copiado da gestão CONEXÃOPSI, isto de nada adianta, pois a gestão é autoritária e ditatorial. Não permite mudanças ao modelo engessado de gestão e administração e muito menos, mudanças na aplicação do dinheiro.

Lembro também quando critiquei a produção das agendas dos psicólogos, afirmando que o gasto era “inútil”, porque a grande maioria utiliza hoje agendas eletrônicas de celulares e computadores. São atos impensados, mal planejados, que não visam o interesse primário da autarquia. Gasto mal planejado é gasto dobrado!

Estamos em setembro, mês em que o CRP-08 sempre possuía dinheiro em caixa. Só para lembrar, entregamos a autarquia com uma “sobra” de R$ 1 milhão.

Um milhão de reais “plus” com a arrecadação da anuidade prestes a iniciar-se. Mas, mesmo assim, ouvi do atual presidente: “quero saber é do dinheiro no banco! Tem o comprovante aí?”

Isso é o demonstrativo de uma gestão que não soube utilizar correta e adequadamente o dinheiro arrecadado. Arrecadou mal, aplicou mal, geriu mal. E chega a 2011, reclamando de dinheiro...

Se isto é sucesso, prefiro o fracasso de ter sido coerente, baixando valores de anuidades, reduzindo inadimplência, adquirindo imóveis para a autarquia, enfim, ter gerido de forma ímpar o dinheiro dos psicólogos.

E mais um dado que corrobora a má gestão atual: fecharam a subsede de Umuarama, alegando que não havia arrecadação.

A balela da má-gestão, que imputa a outrem os atos de fracasso.

Só para lembrar-lhes da história, digo que a subsede de Umuarama era deficitária em 2005. Após longos estudos e com intenso trabalho, foi possível deixá-la “redondinha”, inclusive com algum valor que os próprios profissionais da região poderiam utilizar. Acertamos o cadastro, realizamos várias atividades na cidade, o CRP-08 tornou-se presente na região, mostrando seus atos e acolhendo os profissionais. Isto possibilitou com que o profissional passasse a acreditar na autarquia.

O que aconteceu para fecharem a representação da região? Falta de verbas ou vingança política? São coisas que não consigo entender.

Na gestão CONEXÃOPSI, o CRP-08 estava presente, conferindo ao profissional o acolhimento que ele necessitava, sem deixar de lados as questões problemáticas, como infrações éticas e cobrança de anuidades.

Cobrar valores nunca foi um ato simpático, mas soubemos realizá-lo e de forma absolutamente impecável. É só resgatarem os balancetes e prestações de contas da época para comprovarem o que digo aqui.

A atual gestão carece de fundamentos sólidos de gestão e, principalmente, de gestão administrativa.

Como sugestão, seria ótimo que capacitassem seus conselheiros em conceitos básicos de administração pública, de orçamento, de licitações, etc. Até para que consigam retomar os elogios públicos que o CRP-08 recebia: a melhor gestão pública dentre os Conselhos Profissionais de Psicologia.