No
dia em que os mensaleiros obtiveram a sua maior vitória desde que teve início o
julgamento do mensalão, só uma noticia não deve ter agradado muito à
organização criminosa: a definição do relator dos embargos infringentes: Luiz
Fux. Depois de Joaquim Barbosa, foi o ministro que mais votou em favor de
condenações. Também seguiu a linha da maior severidade na aplicação das penas.
Já houve uma primeira onda para
tentar desqualificá-lo. Setores do jornalismo próximos a José Dirceu serviram
de amplificadores da denúncia. Essa gente praticamente acusou Fux de, ainda
fora do tribunal, ter-se comprometido em livrar a cara dos mensaleiros. Poucos
se deram conta de duas coisas: a) se ele foi nomeado por isso, então
quem o escolheu estava cometendo crime de responsabilidade — no caso, Dilma
Rousseff; b) ainda que o ministro tivesse, então,
fingido uma adesão como precondição para ser nomeado, o fato é que não entregou
a mercadoria que lhe impuseram como paga, e isso depõe a seu favor, não contra.
De toda sorte, estou aqui
fazendo uma previsão: virá a segunda onda caça-Fux. É sempre assim. “A
Máquina”, vocês sabem qual, se encarrega de tentar destruir a reputação
daqueles que considera “inimigos” ou “traidores”.
Por Reinaldo Azevedo
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