O
terror petista já está em curso. A “analista” do Santander, que não teve seu
nome divulgado, já foi demitida. A informação foi passada aos jornalistas pelo
presidente mundial do banco, Emilio Botín, que foi chamado por Lula, nesta
segunda, durante encontro da CUT, de “meu querido”. O chefão petista, aliás,
puxou o saco do banqueiro e demonizou a pobre bancária. Afirmou que a moça não
sabia “porra nenhuma”, nesses termos, e que o seu amigão deveria dar a ele,
Lula, o bônus que caberia à então funcionária.
Só para lembrar: correntistas
com conta acima de R$ 10 mil receberam uma avaliação sobre a situação política
e econômica do país. O texto informava que os indicadores pioram se aumentam as
chances de Dilma ser reeleita. Grande coisa! Isso já virou lugar-comum. Os
petistas, no entanto, se aproveitaram para inventar uma guerra dos ditos
“ricos” contra o PT. Prefeituras do partido que têm a conta-salário no banco
falam em romper o contrato. A militância estimula os filiados a retirar seu
dinheiro da instituição. Não passa de oportunismo eleitoral.
Certa feita, um adversário de
Marat, o porra-louca jacobino da Revolução Francesa, afirmou sobre o seu furor
punitivo: “Deem um copo de sangue a este canibal, que ele está com sede”. Falo
o mesmo sobre Lula e o petismo: deem copos de sangue aos canibais; eles estão
com sede.
É claro que se trata de uma
ação para intimidar o debate. A partir de agora, nas instituições financeiras,
bancos ou não, está instalado o clima de terror jacobino. Até parece que isso
vai mudar alguma coisa. Não vai, não. Tudo tende a piorar.
O PT apelou ao TSE — e obteve
uma liminar absurda — para tirar da Internet dois textos da consultoria
Empiricus Research que o partido considera que lhe são negativos. O conjunto da
obra é péssimo e indica que o PT não tem um compromisso inegociável com a
liberdade de expressão. Não custa lembrar que essa é a legenda que definiu como
um de seus principais objetivos o chamado “controle social da mídia”. Imaginem
como seria a liberdade de expressão entregue a esses patriotas…
Que coisa! O partido que, na
década de 80, queria ser a encarnação da liberdade de expressão agora quer se
manter no poder apelando à censura, ao terror e ao silêncio.
Por Reinaldo Azevedo
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