A
reação de José Genoino à decretação da prisão é a mais grotesca de todas,
embora obedeça a um script partidário — basta ver a nota do PT.
Ao sair de sua casa, o deputado petista levantou o punho, o sinal
característico da militância socialista.
Na
Polícia Federal, militantes petistas já o aguardavam. Convenham: os olhos
arregalados falam mais do que mil palavras.
Ao
chegar à PF, em São Paulo, mais uma vez, Genoino fez a saudação socialista e
gritou um “Viva o PT!”
Tudo
muito constrangedor. Segundo informa a Folha, ainda em sua casa, o deputado comentou: “Fui em cana, cela fechada, sem
banho de sol, torturado e estou aqui, de novo com o espírito dos anos 70”. Disse mais:“Na ditadura, em cinco anos eu fui
preso, torturado, julgado, condenado e cumpri a pena. Agora, estou há oito anos
esperando”.
As
duas são falsas, além de estúpidas, são vergonhosas. Estúpidas porque compara
períodos incomparáveis. O guerrilheiro Genoino foi preso por uma ditadura; o
deputado Genoino, por uma democracia. O processo só não foi sumário porque
democracias não fazem juízos sumários. A fala do petista é especialmente
asquerosa porque chega a imputar à ditadura que o torturou uma certa
superioridade moral.
E
que se note: é evidente que ele jamais deveria ter sido torturado, mas, no
passado, qualquer regime — democrático ou ditatorial — o teria prendido por
aquilo que fez.
Assim,
a história de que fosse um paladino das liberdades é falsa, estupidamente
mentirosa. Trata-se, em suma, de uma farsa. Ainda assim, comparar o que vive
nos dias de hoje ao que viveu no passado constitui outro absurdo.
Genoino,
em suma, inventa uma narrativa que é a farsa da farsa.
Por
Reinaldo Azevedo
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