Ri
cá comigo ao acompanhar uma das reportagens de TV nesta segunda sobre o
protesto no Rio. A jornalista informava que a manifestação era liderada pelos
professores, mas contou com o apoio de bancários em greve e do movimento
LGTBXYZ (Gays, Lésbicas, Simpatizantes e afins). É mesmo?
Por
que o sindicalismo gay participa de um protesto de professores contra o plano
de carreira? Mais ainda: por que isso é notícia? Deve-se supor, a partir daí,
que todos os gays são favoráveis ao protesto? Deve-se partir do princípio de
que, por ser gay, lésbica (ou qualquer outra daquelas letras), o sujeito está
proibido de se opor ao movimento? E se um homossexual apoiar o plano de
carreira de Prefeitura? Ele passa a ser hétero por isso ou será apenas um
traidor da categoria?
Sempre
que faço aqui a distinção entre gays e o sindicalismo gay, entre o indivíduo
homossexual e o gayzismo, há quem reclame. Eis aí um caso evidente,
escancarado. Ocorre-me outra coisa: será que não existem gays conservadores em
política, gays de direita? Todos eles são forçados a ser de esquerda, a militar
no PSOL do deputado federal Jean Wyllys? Não por acaso, é justamente o PSOL que
lidera essa paralisação reacionária, que atenta contra os interesses das
crianças pobres. Os ricos da Zona Sul estudam em escola privada, certo?
Que
bancários em greve endossem a manifestação, vá lá. Trata-se de categorias
profissionais unindo seus respectivos protestos. Mas os gays? Digam-me cá:
seria concebível um movimento também de homossexuais e associados contra a
greve, ou isso se descarta como absurdo porque se supõe que a condição sexual
implica uma ideologia?
Por Reinaldo Azevedo
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