Está
nascendo uma nova minoria superprotegida no Brasil: a dos consumidores de
droga. Como não existem pensamento conservador e oposição robusta no país, os
progressistas e os idiotas se abraçam e tomam conta do debate, com apoio de
setores consideráveis da imprensa. Leiam o que informa o Estadão
Online. Volto em seguida.
Por Eduardo Bresciani:
A Câmara dos Deputados aprovou a criação de uma cota em licitações públicas para a contratação de dependentes químicos em processo de recuperação. A medida foi aprovada dentro do projeto que altera o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas permitindo a internação involuntária de dependentes com base em pedido de familiares ou trabalhadores da área da saúde. O projeto, porém, não teve a votação concluída e falta ainda decisão sobre o agravamento de pena para traficantes envolvidos em organizações criminosas. O tema terá ainda de ser analisado pela Câmara para que siga ao Senado.
A criação de uma cota para a
contratação de dependentes em recuperação provocou debate em plenário. O líder
do PDT, André Figueiredo (CE), afirmou que a medida poderia prejudicar outros
trabalhadores. “Não podemos incentivar o demérito, ou seja, que aquele que
nunca usou droga possa ser prejudicado pelo que já usou”. O argumento dos
parlamentares favoráveis à proposta é que o acesso ao trabalho é uma parte
importante do processo de recuperação do dependente. “Quem trabalha tem um
índice de reincidência muito menor”, argumentou o deputado Anthony Garotinho,
líder do PR.
A reserva de vagas é de 3% dos
empregos em licitações de obras públicas que gerem mais de 30 postos de
trabalho. Na votação, a bancada do PT tentou retirar do texto um artigo que
retira a possibilidade de emprego por meio da cota a dependentes que tiverem
recaídas. O plenário, porém, manteve a exigência de abstinência do uso para ser
beneficiado. Além de se manter longe do vício, o dependente em recuperação terá
de atender os requisitos solicitados pela empresa, cumprir as normas do
empregador e seguir seu plano individual de atendimento.
Comento
Pois é… Há os que querem liberar todas
as drogas no Brasil, como vocês bem sabem. E, com maior cara-de-pau, dizem que
o sistema público de saúde deve se encarregar dos viciados. Eles ajudam a pôr
as drogas nas ruas, e o estado que se vire. Ninguém fala em custo.
Agora vem essa história de
garantir cotas a viciados em recuperação. É um acinte à lógica, ao bom senso e
mais um sintoma do coitadismo que toma conta do país. Por que não se garante
cota a operário que, sei lá, tenha lido ao menos três livros no ano, por
exemplo?
Não existe um cadastro de
viciados no país. Se o cara estiver “limpo”, nada em sua ficha vai denunciá-lo
como um ex-dependente. Garantir emprego a quem, em algum momento, fez uma
escolha errada em detrimento de quem não errou é garantir um prêmio ao mau
comportamento.
E o PT ainda achou pouco.
Queria a garantia do emprego também para o reincidente. Daqui a pouco, os
drogados e ex-drogados terão acesso privilegiado ao Bolsa Família, ao Minha
Casa Minha Vida, ao caixa do banco… Em breve, mau negócio será ter ficha limpa.
Por Reinaldo Azevedo
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