domingo, 6 de janeiro de 2013

Genoino abusa da desfaçatez e diz sentir-se confortável ao tomar posse na Câmara dos Deputados

Sob o ponto de vista legal, nada impedia José Genoino de tomar posse como deputado federal, o que aconteceu na quinta-feira (3), no Congresso Nacional. Se ilegalidade não existiu, sob a ótica da moralidade e da ética foi um acinte sem medidas. Mas Genoino não estará sozinho nessa empreitada, pois no Parlamento brasileiro há muitos transgressores contumazes que ainda não foram flagrados pela Justiça e como lobos continuam disfarçados sob pele de cordeiro. 

Até dias antes do fim do julgamento do Mensalão do PT, no Supremo Tribunal Federal, José Genoino enfrentava um processo de depressão, a ponto de precisar do incentivo dos amigos para sair daquela situação. Jogo de cena muito bem ensaiado, pois ao tomar posse na Câmara o petista não exibiu nenhum traço de alguém que é depressivo ou esteve nessas condições. Ao contrário, José Genoino exibiu a soberba de sempre e que marca nove em cada dez integrantes do PT, não sem antes afirmar que se sentia confortável. Qualquer brasileiro que saiba fazer contas também diria o mesmo. Genoino custará até a perda do mandato, o que será determinado pelo STF, pouco mais de R$ 130 mil por mês. Colocará no bolso R$ 26,7 mil, em valores brutos, a cada trinta dias, além das mordomias financeiras do cargo que podem render algum dinheiro extra ao final do mês. 

Tão logo foi condenado pelo STF, Genoino pediu demissão do cargo que tinha no Ministério da Defesa, pois não queria causar qualquer constrangimento ao governo da companheira de armas Dilma Rousseff. Contudo, constranger a parcela de bem da população brasileira é permitido. Às favas os 90 mil eleitores que votaram em José Genoino e o fizeram segundo suplente de uma coligação partidária que algumas vezes patrocina, outras endossa a corrupção. 

No momento em que o Brasil precisa de uma profunda assepsia na política, extirpando os que têm vocação ao banditismo, surge alguém amparado na lei para afrontar a moralidade que deveria ser o primeiro tom do Estado, como um todo. 

Nós continuamos insistindo que a posse de José Genoino ocorreu dentro da legalidade, mas é no mínimo imoral, quiçá não seja amoral. Os brasileiros precisam se unir, não cada um no sofá de casa, mas na rua, e exigir dos políticos a imediata mudança da legislação, impedindo que cenas vexatórias se repitam como se representassem a regra da normalidade.

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