segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PT tenta adiar o processo contra José Genoino

O PT tenta adiar pela terceira vez a abertura do processo de cassação do deputado José Genoino, condenado a 6 anos e 11 meses de cadeia no regime semiaberto. Numa queda de braço com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, a bancada petista sustenta que a análise do caso de Genoino tem que ser adiada pelo menos até 25 de fevereiro, quando vence sua licença médica.

Vice-presidente da Câmara, o deputado petista André Vargas subiu à tribuna nesta segunda-feira para defender a tese de que a licença exerce sobre o caso Genoino um “efeito suspensivo”. Seria a primeira vez na história que a suspensão de um processo viria antes da abertura.

Até a semana passada, o PT tentava livrar Genoino do processo pela via da aposentadoria. Porém, uma junta médica da Câmara concluiu que o problema cardíaco de Genoino não é grave o bastante para aposentá-lo por invalidez. Renovou a licença dele por 90 dias, quando fará novos exames. Com esse revés, o PT passou a esgrimir a tese do “efeito suspensivo”.

A Mesa diretora da Câmara reúne-se nesta terça para decidir o que fazer. Henrique Alves defenderá a abertura do processo de cassação. André Vargas pedirá a suspensão. E a encrenca terá de ser resolvida no voto. São sete os membros do Mesa. Além de Henrique e Vargas há Márcio Bittar (PSDB-AC), Antonio Carlos Biffi (PT-MS), Fábio Faria (PSD-RN), Simão Sessin (PP-RJ) e Marício Quintella (PR-AL).

Pelas contas do PT, a causa do adiamento já conta com três adesões. Afora os votos dos petistasVargas e Biffi, também o deputado Simão Sessin votaria a favor do oferecimento de um escudo a Genoino. Faltaria um voto para que a Câmara arrostasse um novo vexame.

Henrique Alves, Fábio Faria e Márcio Bittar já sinalizaram que não apoiarão o adiamento. Restaria ao PT convencer Maurício Quintella, que ainda não se pronunciou sobre a matéria em público.



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