Por
José Ernesto Credendio, Mario Cesar Carvalho e Rogério Pagnan, na Folha:
A Controladoria Geral do Município investiga um assessor especial da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo da gestão Fernando Haddad (PT) por suspeita de enriquecimento ilícito e de manter relações com a máfia do ISS (Imposto Sobre Serviços). O titular da secretaria é Eliseu Gabriel, vereador licenciado pelo PSB. O assessor especial, Tony Nagy, doou R$ 140 mil para a campanha a vereador de Gabriel no ano passado, quando era assistente parlamentar dele na Câmara. Desse montante, R$ 110 mil foram doados em dinheiro.
Gabriel diz não saber quanto
ele ganhava no ano passado. Mas cargo similar ao que ele ocupava recebia cerca
de R$ 2.000 líquidos por mês –ou seja, seria preciso cinco anos e oito meses
sem gastar um centavo para fazer uma doação de R$ 140 mil. Só para se ter uma
ideia do porte da doação de Nagy, o Itaú-Unibanco, o segundo maior banco do
país, contribuiu com R$ 30 mil na campanha de Gabriel, que consumiu um total de
R$ 1 milhão.
A lei prevê que uma pessoa
física pode doar no máximo 10% dos seus rendimentos brutos no ano anterior à
eleição. Por essa regra, Nagy teria de ter ganhos brutos de R$ 1,4 milhão em
2011. Atualmente, Nagy recebe um salário bruto de R$ 4.852, mora numa cobertura
avaliada em R$ 1,5 milhão na Vila Romana (zona oeste) e, eventualmente vai
trabalhar com um carro novo da BMW, segundo funcionários da secretaria ouvidos
pela Folha. Ele foi procurado desde anteontem pela reportagem, mas não foi
localizado.
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