Luiza Damé, O Globo
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira aplicar "censura ética" à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, acusada de tráfico de influência no governo federal. A punição ocorre seis meses depois que Erenice deixou o cargo, no auge das denúncias. A ex-ministra era o braço direito da presidente Dilma Rousseff, quando ela foi ministra da Casa Civil no governo Lula.
É a segunda vez que a comissão aplica "censura ética" à ex-ministra. No dia 17 de setembro do ano passado, um dia depois de sua demissão do governo, a Comissão de Ética censurou Erenice porque ela não apresentou a Declaração Confidencial de Informações, prevista no artigo 14 do Código de Conduta da Alta Administração Federal. Esse documento tem de ser entregue a comissão no prazo de 10 dias após a posse, com informações sobre patrimônio, sociedade em empresas e a relação de seus parentes com o serviço público.
- Decidimos aplicar uma nova censura ética à ex-ministra. Essa é a sanção que a comissão dispõe para ex-servidores. Isso significa a não aceitação pelo Estado brasileiro da conduta da ex-ministra. Significa que a conduta não é compatível com o que é justo se esperar de um ministro de Estado - afirmou o relator do processo na comissão, Fábio Coutinho.
Segundo ele, a decisão não impede que Erenice volte ao serviço público. Ela terá dez dias a partir da notificação, que deve ocorrer esta semana, para pedir revisão da decisão.
- Decisão sobre nomeação futura (de Erenice para um cargo público) vai depender da autoridade. A comissão fez duas censuras éticas à mesma pessoa - disse Coutinho.
Vejam só: duas censuras éticas, todas as besteiras que cometeu (para ser educado), e ninguém é punido, responsabilizado....
Que país é este que perde seu referencial?
Que país é este onde todos cometem fatos que atentam contra a moralidade pública e ninguém é punido?
Nenhum comentário:
Postar um comentário