quinta-feira, 14 de março de 2013

Royalties do petróleo – Gilmar Mendes dá um belo pito nos políticos. Ora, eles é que estão pedindo, não é?


Então… Depois os políticos reclamam. E certamente haverá um muxoxo aqui e ali contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, que, nesta quarta, afirmou o óbvio. Leio na Folha que Mendes comentou a pressão para que o STF tome logo uma decisão sobre a questão dos royalties do petróleo:

“Se levaram dois ou três anos para esse debate [no Congresso], agora o Supremo deve decidir em dois, três dias, em 15 dias? Não me parece ser esta a postura adequada para conduzir o tema. Eu formulo voto para que os políticos encontrem uma solução adequada para este tema”.
Excelente! Na mosca! Preciso como costuma ser. É um absurdo, já escrevi aqui tantas vezes, que esse tema tenha ido parar no tribunal. O maior responsável — leiam post anterior — é Luiz Inácio Lula da Silva, o amigão de Cabral, que continua a ser tratado pelo governador como se fosse presidente da República. Dilma vem em seguida. Se alguém tramou contra o Rio de Janeiro, como quer Cabral, esses dois encabeçam a lista.
Não obstante, o governador decidiu que os responsáveis são os credores do Rio. Contra Lula e Dilma, ele não disse uma vírgula, mas optou por dar calote nos credores do Rio até que o Supremo vote — e, no caso, teria de votar necessariamente a favor do seu pleito. O pior é que uma postura irresponsável como essa, absurda mesmo!, está sendo tratada até com simpatia por setores da imprensa. O ministro Gilmar Mendes foi irônico a respeito:
“Fico a imaginar se todos que tiverem um pleito no STF disserem que não vão fazer isso ou vão proceder dessa ou daquela forma até que o Supremo se pronuncie…”
Pois é… Nesse caso, os 11 do Supremo passariam a ser permanentemente chantageados, não é mesmo?
O Supremo não é babá dos políticos, obrigado agora a resolver as pendengas de meninos birrentos. Até presidência de comissão está indo parar no tribunal. Tenham paciência!
Por Reinaldo Azevedo

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