“Não cabe o pedido de explicações quando não houver dubiedade ou ambiguidade nas declarações questionadas”.
Com este argumento o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, determinou o arquivamento (negou seguimento) da interpelação judicial ajuizada na Corte contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo cidadão brasileiro Clóvis Victorio Mezzomo.
Ele ajuizou a ação no STF alegando ter se sentido pessoalmente ofendido pela declaração do presidente, feita à imprensa, de que a atual crise econômica mundial é “fomentada por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise pareciam que sabiam tudo, e que agora demonstra não saber nada (sic)”. A afirmação foi feita durante a visita ao Brasil do primeiro-ministro inglês, Gordon Brown.
Como cidadão de ascendência italiana, branco e de olhos verdes, Clóvis afirmou que se sentiu pessoalmente ofendido, e pretendia processar o presidente pelo crime de racismo.
Se fosse outra pessoa, não o presidente, certamente a “Corte” mandaria prender quem fizesse tal afirmação “racista”.
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