Por
Júlia Borba, na Folha:
O consumidor mal começou a sentir no bolso o impacto das chamadas bandeiras tarifárias e já terá de pagar mais mensalmente pelo custo extra da energia. Sistema que desde janeiro permite que o governo repasse todos os meses para a conta de luz flutuações no custo da eletricidade, a bandeira tarifária deve sofrer um reajuste de até 83% com a mudança do regime. A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vai analisar nesta sexta (6) proposta de reajustar o valor máximo cobrado hoje de R$ 3 a cada kilowatt-hora (kWh) para R$ 5,50. Nesta quinta-feira (5), o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) havia afirmado a jornalistas que o reajuste seria inferior a 50%.
A
bandeira vermelha, mais cara, vai passar a indicar não apenas que as usinas
térmicas estão sendo usadas em larga escala mas também que as empresas estão
tendo de comprar muita energia extra para atender a demanda ou que o risco
hidrológico aumentou (diferença entre energia contratada e a entregue pelas
geradoras). No caso da bandeira amarela, que sinaliza situação intermediária
desses gastos, o valor que será proposto será de R$ 2,50. Isso representará
aumento de 66,7% em relação à cobrança extra de R$ 1,50 a cada kilowatt-hora
(kWh) prevista atualmente quando a bandeira está nessa cor. A Aneel ainda irá
submeter as alterações a audiência pública. Após esse período, que deve ser
curto, os novos valores começam a valer. Ao que tudo indica, já para o mês de
março.
Ao
“Jornal Nacional” desta quinta Braga disse que, para economizar energia, o governo
estuda a possibilidade de prorrogar por um mês o horário de verão, que tem
previsão de término no dia 22. A decisão será tomada em reunião de governo no
dia 12.
(…)
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