terça-feira, 18 de junho de 2013

Brasil: o risco da dependência total e da impunidade

Uma das doenças das democracias é a emergência de minorais radicalizadas ou de grupos sectários que reivindicam o direito de impor à coletividade as suas vontades. Confundem a tolerância que devem ter os regimes democráticos com uma ditadura de minorias. Assim, para esses grupos, nada mais natural do que tomar de assalto as ruas ou as instituições e impor uma decisão na base do berro — e, se necessário, da violência. Desculpem-me! Eu não posso esquecer que, há coisa de dois meses, grupinhos de 20 ou 30 pessoas simplesmente impediam o funcionamento da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, com amplo apoio da imprensa — o mesmo com que contou o Movimento Passe Livre. Isso que chamo “fascismo de minoria” é chamado por aí, com impressionante desassombro, de “direito” e “liberdade de expressão”. Não é um mal exclusivo do Brasil.



Já a impunidade tem a nossa cara. Está se tornando corriqueira no país a noção de que desrespeitar a lei para fazer justiça social é mais do que um direito; seria mesmo um dever. Assim, o Movimento Passe Livre e seus companheiros de extrema esquerda só estariam querendo o bem dos paulistanos e dos brasileiros. E por que não poderiam, então, parar a cidade? Afinal, não é isso o que faz, dia sim, dia também, o MST, sem que se lhe advenha qualquer consequência? Não estão aí os índios, com o amparo de Gilberto Carvalho, a invadir terras, a incendiar propriedades, a expulsar proprietários?  Outro traço que vai nos definindo como país é a noção de que o Estado é o grande provedor de tudo. Logo, perguntam, por que o transporte não pode ser gratuito?

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