terça-feira, 13 de novembro de 2012

Afronta a dignidade profissional de advogado.

Impressionante o salseiro armado por Ricardo Lewandowski no julgamento do mensalão. Impressionante, mas não surpreendente. 

Vamos aos fatos: 

1 – Joaquim Barbosa pode decidir votar na sequência que achar melhor; 

2 – a expectativa de que se votassem hoje as penas do núcleo banqueiro era não mais do que isto — inclusive deste blog: expectativa; 

3 – Barbosa jamais anunciou que assim seria feito; não distribui pauta prévia; 

4 – o argumento de Lewandowski de que não se poderia atribuir a pena a Dirceu porque seu advogado estava ausente está abaixo do ridículo: os advogados são permanentemente convocados para a sessão; 

5 – Barbosa não é obrigado a cumprir as expectativas da imprensa; 

6 – Lewandowski nem mesmo votava no caso Dirceu porque ele absolvera o réu dos dois crimes; 

7 – a acusação de que a suposta mudança da pauta atenta contra a transparência é absurda. Por quê? O que Barbosa fez que estivesse fora do previsto ou do regular? 

Entendo, como afirmou Barbosa, que Lewandowski, ao interromper o julgamento para levantar uma questão despropositada, estava, sim, num esforço de obstrução do trabalho — às vésperas da saída do ministro Ayres Britto. Mas entendo também que, ao relator, bastava dar sequência aos trabalhos, sem precisar desferir a acusação que permitiu ao outro dar o seu chilique. 

Constrangedora, do começo ao fim, a atitude de Lewandowski na corte nesta segunda.

O chilique do ministrozinho foi uma atitude infantil, não condizente com a conduta que se espera de um Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF.

Quem nomeou esta "coisa" como ministro? 

A seguir seus passos, a OAB deveria pedir que ele se afastasse do Tribunal, pois, o espetáculo deprimente proporcionado por Lewandoski é uma afronta à dignidade profissional.


Nenhum comentário: