sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Gurgel faltou ou não faltou com o seu dever?

Prevaricar quer dizer faltar aos deveres do seu cargo. Ou proceder mal. Ou incorrer em falta.

Roberto Gurgel, Procurador Geral da República, poderia ter arguido a suspeição de Dias Tóffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, para evitar que ele participasse do julgamento do mensalão.

Dias Tóffoli foi advogado do PT, assessor do ex-ministro José Dirceu e Advogado Geral da União nomeado por Lula. Em 2006, depois de os réus do mensalão terem sido denunciados, ele escreveu em petição à Justiça Eleitoral que o mensalão não fôra comprovado.

Gurgel poderia também não ter arguido a suspeição de Tóffoli por não ver motivo para fazê-lo. O que ele não poderia era dizer, como disse ontem a um grupo de jornalistas: - Se tivesse pedido o afastamento dele atrasaria o julgamento.

Quer dizer: o que pesou para evitar o que muitos esperavam de Gurgel foi a preocupação dele em não atrasar o julgamento. Para não atrasar, Gurgel concorda com a participação de um ministro que ele indiretamente admite considerar suspeito.

Prevaricou!

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