terça-feira, 3 de abril de 2012

Família tenta provar que comunista morreu sob tortura

Evandro Éboli, O Globo

A família do ex-dirigente do PCdoB João Batista Franco Drumond, que morreu em 16 de dezembro de 1976, vítima dos agentes da ditadura, entrou com uma ação de retificação da certidão de óbito.

Na versão oficial dos militares, Drumond teria sido atropelado após fuga do DOI-Codi e do cerco policial. Amigos que foram presos e levados com ele ao DOI-Codi, porém, testemunham que Drumond morreu após sofrer sessões de tortura.

O episódio da morte de Drumond ficou conhecido como Chacina da Lapa, onde foram executados dois outros dirigentes do PCdoB: Pedro Pomar e Ângelo Arroyo.

A viúva de Drumond, a psicóloga Maria Ester Cristeli Drumond, que vive em Paris, quer excluir da certidão a informação de que seu companheiro morreu na avenida 9 de Julho e trocá-la por “falecido no dia 16 de dezembro de 1976, nas dependências do DOI-Codi II Exército, em São Paulo.” E onde se lê que a causa da morte foi “traumatismo craniano encefálico”, ela quer que seja retificado para morte “decorrente de torturas físicas.”



 

Nenhum comentário: