quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TCU: na posse, ministra sinaliza posição pró-governo

Tomou posse no TCU a ex-deputada Ana Arraes (PSB-PE). No discurso inaugural, disse a que veio.

Ao lado do filho, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), Ana falou para uma plateia que incluía Dilma Rousseff. Repisou a tese segundo a qual a fiscalização do TCU não pode resultar na paralisação de obras. "O controle deve servir para aperfeiçoar a gestão dos governos e não para paralisá-la, quando não inviabilizando-a, pois é fugaz o tempo de quem governa." Para os ouvidos de Dilma, as palavras da ministra soaram como música.

O governo trava, desde a gestão Lula, uma batalha contra o TCU. Sempre que suas auditorias detectatam irregularidades graves em obras, o tribunal recomenda ao Congresso o bloqueio dos pagamentos. Sob críticas de Lula e Dilma, à época gerente do PAC, o Legislativo levou em conta as recomendações do tribunal, determinando a paralisação de várias obras. Entre elas a refinaria Abreu e Lima, empreendimento da Petrobras assentado no Estado governado pelo filho da nova ministra. 

Lula lidava com as paralisações de duas maneiras: criticava o TCU e exercia o seu poder de veto, restabelecendo o fluxo financeiro das obras. Assim, na base do vai ou racha, o ex-soberano tocou suas obras. Mesmo aquelas que o TCU considerava rachadas. 

Com a posse de Ana Arraes, o governo ganhou voz no plenário do TCU. “O controle não pode estar dissociado do compromisso com as políticas públicas", disse ela. Acha que a tarefa primordial do tribunal é "aproximar o tempo do controle do tempo da gestão", seja lá o que isso signifique. 

Significa imoralidade, pilantragem!

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