quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Lulla, Amigo de Tiranos

Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 09 de julho de 2010.

“O Irã foi o primeiro país da Ásia a ter uma Constituição e mulheres à frente de Ministérios. Hoje livros são proibidos, e mulheres são condenadas ao apedrejamento por adultério. Sei que o presidente Lula disse que não é papel dele interferir nesse assunto, mas o fato é que, ao não interferir, ele já está interferindo. Não existe inocência neste mundo”. (Azar Nafisi)

O jornal americano Washington Post publicou no dia 3 de agosto, um artigo, assinado pelo colunista Jackson Diehl, afirmando que o presidente Lulla é o melhor amigo dos tiranos do mundo. Diehl foi motivado a escrever o texto depois de tomar conhecimento do ridículo pedido de Lulla, ao “amigo Ahmadinejad”, para que este autorizasse o asilo de Sakineh Mohammadi Ashtiani no Brasil já que “ela estaria causando problemas no Irã”. A inocência, ou ignorância, e despreparo de Lulla e do pessoal do Ministério das Relações Exteriores Brasileiro é público e notório e a cada ação ou pronunciamento escancaram ao mundo sua inépcia no trato das questões internacionais.

“Não é essa mulher a quem Lula oferece asilo que está incomodando Ahmadinejad, é ele que a está incomodando ao condená-la a morte. E digamos que ela venha para o Brasil. Todas as pessoas na fila do apedrejamento, as dezenas de jornalistas presos, as jovens encarceradas por usarem batom, todas as pessoas que incomodam Ahmadinejad terão que vir também para o Brasil, ou seja, 80% população. Não entendo como um democrata pode ser amigo de um inimigo da democracia. Apoiar Ahmadinejad vai contra a própria convicção de Lula de que não deve existir pena de morte”. (Azar Nafisi)

- Lula obstruído pelo Irã
By Jackson Diehl, The Washington Post, 3 de agosto de 2010.

“O melhor amigo dos tiranos em todo o mundo democrático - o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva - foi mais uma vez humilhado por um de seus clientes.

Trata-se de Mahmoud Ahmadinejad, o patrocinador do terrorismo e negador do Holocausto, a quem Lula abraçou pública e literalmente. No final da semana, pressionado por protestos domésticos, Lula apelou ao presidente iraniano para libertar Sakineh Ashtiani - uma mulher iraniana condenada a morrer lapidada sob acusação de adultério - e permitir-lhe exilar-se no Brasil.

‘Se a minha amizade e afeição pelo presidente do Irã têm importância, e se esta mulher está causando problemas lá, vamos acolhê-la aqui no Brasil’, proclamou Lula. Na terça-feira, o líder brasileiro recebeu a resposta: uma recusa direta do governo de Ahmadinejad, que com excessiva condescendência descreveu Lula como meigo: ‘Tanto quanto sabemos, ele é uma pessoa muito humana e emotiva que provavelmente não recebeu informação suficiente sobre o caso’, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast. ‘O que pode ser feito é informá-lo sobre os detalhes do caso desta pessoa que cometeu um crime e foi condenada em consequência’.

Os detalhes são estes: Ashtiani, 43, mãe de dois filhos, foi julgada culpada em 2006 por ter ‘um relacionamento ilícito’ com dois homens. Ela foi punida com 99 chibatadas. Depois a corte mudou a acusação de adultério e a sentenciou à morte por lapidação. Ela está sendo objeto de uma campanha internacional, inclusive no Brasil, onde uma petição questionando o fracasso de Lula em falar sobre os direitos humanos no Irã recebeu mais de 100 mil assinaturas.

Esta não é a primeira vez que Lula ficou embaraçado por causa de seu ‘amigo’ iraniano. Em maio, Ahmadinejad o induziu a desempenhar o papel de inocente útil [useful idiot], por ocasião da votação de sanções no Conselho de Segurança da ONU. Em Teerã, o presidente brasileiro assinou um memorando delineando um suposto compromisso sobre o programa nuclear iraniano - que se revelou imediatamente um roubo por Teerã e uma paralisação para os membros permanentes do Conselho de Segurança. Os votos de sanção prosseguiram.

Ahmadinejad também não é o único ditador a contar com o apoio incondicional de Lula. Em fevereiro último, Lula esteve muito ocupado acariciando Raul e Fidel Castro em Cuba, no momento em que o regime anunciava que um dissidente preso, Orlando Zapata Tamayo, havia morrido em decorrência de uma greve de fome. Lula disse que ‘lamentava’ a morte, mas prosseguiu sua visita, mesmo quando o governo lançava uma campanha de propaganda escusando-se pela morte de Zapata.

O mandato de Lula como presidente está chegando ao seu termo; ele está fazendo cerrada campanha para sua sucessora escolhida, Dilma Roussef. Comentários no Brasil dizem que Lula também sonha tornar-se o próximo secretário-geral da ONU. De onde seu desejo de poder demonstrar que é capaz de persuadir governantes tais como Ahmanidejad a ouvir a voz da razão. Só que ele aparentemente não pode”.


Solicito Publicação

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br

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