quinta-feira, 11 de junho de 2009

Lula defende continuidade de obras mesmo suspeitas

Numa cerimônia com prefeitos para liberar recursos para obras contra enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu motivações eleitorais na maneira com que os políticos tratam as ocupações irregulares. O presidente também defendeu continuidade de obras mesmo com suspeita de superfaturamento.

Para o presidente, a paralisação de obras por alguns meses pode ter o mesmo efeito de prejuízo ao erário que um eventual superfaturamento.

Como fizera na Costa Rica, Lula voltou a criticar os agentes fiscalizadores que, segundo sua análise, cresceram em número e atuação com a estagnação do investimento por parte do Estado:

- Tem sempre uma vírgula que impede a coisa acontecer. Aí não procuremos culpados. O culpado é sempre o que está à nossa frente, mas às vezes a culpa é de todos nós - disse Lula, durante o lançamento do PAC Drenagem, que prevê repasse de R$ 4,7 bilhões para 18 estados e 109 municípios (10 deles no Rio) atingidos pelas enchentes.

- Podemos colocar um jeito de melhorar, mas as obras não podem parar. Quer fiscalizar, vamos abrir processo. Mas eu não posso parar uma obra porque o custo de paralisar uma obra durante sete meses é, quem sabe, maior do que o valor que a pessoa entende que a obra estava superfaturada - afirmou o presidente, que em seguida defendeu uma fiscalização rígida, mas não irresponsável.

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