quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Profissionalizar-se para que?

O governo lançou no ano passado um programa, porta de saída para a clientela do Bolsa Família.

A idéia era oferecer cursos profissionalizantes para os brasileiros pobres. Pretendia-se reservar 45% dos empregos criados em obras do PAC para os pobres pendurados no cadastro do Bolso Família.

Idealizaram-se cursos para profissões como: pintor, azulejista, encanador, carpinteiro, mestre-de-obras, desenhista, eletricista, tratorista, gesseiro, etc.

Tomada pelo que estava escrito no papel, a iniciativa parecia condenada ao êxito. Vista pelo resultado, tornou-se um fiasco.

O plano subiu no telhado por duas razões: foi atropelado pela crise global e, mais grave, fenece por falta de interesse dos candidatos a emprego.

Deve-se ao repórter Roldão Arruda a revelação: das 370 mil pessoas selecionadas pelo goveno como alunos portenciais dos cursos, só 18,5 mil (5%) demonstraram interesse.

Por que? Na opinião do governo, as pessoas receiam que, matriculando-se nos cursos profissionalizantes, perderão o capilé do Bolsa Família.

De nada adiantou o governo assegurar que ninguém seria desligado or programa senão depois que ficasse caracterizada a efetiva inserção no mercado de trabalho.

Consolida-se a impressão de que será mais difícil do que se imaginava retirar do Bolsa Família o caráter meramente assistencialista.

Do Blog Josias de Souza

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