O governo lançou no ano passado um programa, porta de saída para a clientela do Bolsa Família.
A idéia era oferecer cursos profissionalizantes para os brasileiros pobres.
Idealizaram-se cursos para profissões como: pintor, azulejista, encanador, carpinteiro, mestre-de-obras, desenhista, eletricista, tratorista, gesseiro, etc.
Tomada pelo que estava escrito no papel, a iniciativa parecia condenada ao êxito. Vista pelo resultado, tornou-se um fiasco.
O plano subiu no telhado por duas razões: foi atropelado pela crise global e, mais grave, fenece por falta de interesse dos candidatos a emprego.
Deve-se ao repórter Roldão Arruda a revelação: das 370 mil pessoas selecionadas pelo goveno como alunos portenciais dos cursos, só 18,5 mil (5%) demonstraram interesse.
Por que? Na opinião do governo, as pessoas receiam que, matriculando-se nos cursos profissionalizantes, perderão o capilé do Bolsa Família.
De nada adiantou o governo assegurar que ninguém seria desligado or programa senão depois que ficasse caracterizada a efetiva inserção no mercado de trabalho.
Consolida-se a impressão de que será mais difícil do que se imaginava retirar do Bolsa Família o caráter meramente assistencialista.
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