terça-feira, 11 de novembro de 2008

E a crise econômica afetou a psicologia

O psicólogo desembolsa valores diários para exercer sua profissão, como qualquer outro cidadão. São valores gastos (ou investidos, conforme o olhar) em aluguéis de consultórios e clínicas, investimentos em aprimoramento, cursos, simpósios, etc. A psicologia é uma profissão onde o profissional sempre está investindo em conhecimento, em processo psicoterápico, em supervisões.

Além dos investimentos citados acima, é sabido que, para poder exercer sua prática profissional, deve o psicólogo pagar um tributo ao Estado. Este tributo, chamado de anuidade, é pago aos Conselhos Regionais de Psicologia. Os Regionais, por sua vez, repassam 25% ao Conselho Federal de Psicologia – CFP e retém 75% dos valores obtidos.

No Paraná, a anuidade do psicólogo ficou congelada, de 2004 até 2008, resultado das ações efetivas da gestão Conexãopsi.

Este ano, a proposta da gestão atual, conforme resultado da Assembléia Orçamentária, foi de reajustar a anuidade e demais taxas. Ou seja, a anuidade do psicólogo, em 2009, ficará mais cara.

O reajuste na anuidade foi de 8,51%. Nas demais taxas, o reajuste foi de 5,04%. Com isto, a anuidade passa de R$ 312,21 para R$ 335,00, resultando um gasto de R$ 22,79 a mais no ano vindouro.

Mas, porque que resolveram subir o valor da anuidade? Segundo o tesoureiro do CRP-08, “para que o Conselho não tenha déficit, é necessário aumentar a anuidade repondo perdas da inflação”. (pág. 20 – Revista Contato n°.60)

Bem, relembro-me que, em 2007, a Conexãopsi passou à atual gestão um CRP-08 em dia com suas obrigações, com todas as contas pagas e com um caixa de um milhão de reais. Ainda, entregou aos psicólogos a sede própria de Londrina (adquirida e paga com os recursos dos psicólogos), realizou diversos eventos e melhorias aos profissionais da psicologia e conseguiu manter a anuidade no mesmo valor por três anos consecutivos.

O que aconteceu que, no espaço de um ano, o Conselho resolveu aumentar os valores de anuidades e taxas?

Será que há problemas de caixa? Gastos excessivos? Planejamento errôneo? Ou será que os efeitos da crise já se faziam sentir em setembro?

Fica a pergunta, para que todos os psicólogos possam refletir e entender o funcionamento do seu órgão de classe.

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